Boneca de ferro na República Dominicana


Minha
passagem por essa ilha foi meio por acaso. Na verdade, meu destino final era o Haiti fui fazer um projeto voluntário por lá (clique aqui para conferir como foi essa experiência que mudou a minha vida), mas o meu voo
era São Paulo- Santo Domingo, então acabei me hospedando na cidade dois dias na
ida e três dias na volta do Haiti.
De Santo Domingo a Porto Príncipe (capital do Haiti) são oito horas de ônibus e um voo direto pra lá sairia muito mais caro. Ao todo foram cinco dias, então contarei como foi minha experiência e o que consegui aproveitar. Não é muito tempo, mas conheci bastante coisa legal.
De Santo Domingo a Porto Príncipe (capital do Haiti) são oito horas de ônibus e um voo direto pra lá sairia muito mais caro. Ao todo foram cinco dias, então contarei como foi minha experiência e o que consegui aproveitar. Não é muito tempo, mas conheci bastante coisa legal.
Hospedagem em Santo Domingo
Estive na
cidade em julho de 2016 e me hospedei no hostel La Choza. Foi o hostel indicado
pela líder do nosso grupo de voluntários que trabalhamos no Haiti. Foi lá que
nos encontramos pra partir para Porto Príncipe. Éramos em 13, somente eu e mais
duas meninas de São Paulo, o restante do Paraná.
Paguei 13 dólares a diária e era um hostel incrível. Empatou no quesito qualidade com o que eu fiquei em Montreal, no Canadá. Lindo, organizado, tinha wifi (não pegava nos quartos, mas deu pra usar) e cozinha. Apesar do banheiro ser compartilhado, era super limpo, impecável. Ah, o mais bacana: tinha piscina! Piscininha pequena, mas quase ninguém usava então deu pra me refrescar, já que o calor naquele lugar é i-n-s-u-p-o-r-t-á-v-e-l.
A dona da casa se chama Franchesca e é um amor de pessoa, tudo que puder fazer pra ajudar ela faz. Guardou até uma mala minha pra eu não levar tudo para o Haiti e depois ter que trazer de volta. Ela que me pegou no aeroporto e me cobrou um precinho super acessível. São 25 minutos de carro, não fica muito longe e está na famosa Zona Colonial, muito bem localizado e próximo dos pontos turísticos.
Paguei 13 dólares a diária e era um hostel incrível. Empatou no quesito qualidade com o que eu fiquei em Montreal, no Canadá. Lindo, organizado, tinha wifi (não pegava nos quartos, mas deu pra usar) e cozinha. Apesar do banheiro ser compartilhado, era super limpo, impecável. Ah, o mais bacana: tinha piscina! Piscininha pequena, mas quase ninguém usava então deu pra me refrescar, já que o calor naquele lugar é i-n-s-u-p-o-r-t-á-v-e-l.
A dona da casa se chama Franchesca e é um amor de pessoa, tudo que puder fazer pra ajudar ela faz. Guardou até uma mala minha pra eu não levar tudo para o Haiti e depois ter que trazer de volta. Ela que me pegou no aeroporto e me cobrou um precinho super acessível. São 25 minutos de carro, não fica muito longe e está na famosa Zona Colonial, muito bem localizado e próximo dos pontos turísticos.
Eu, Raquel, Claudinha e Jornana no nosso quartinho do hostel
Como passei no total
cinco dias aproveitei para conhecer, além das praias, a cidade em si, que é
pouco divulgada. Quando escuto sobre R.D só dizem das praias, por isso quis
visitar outros locais, explorar mais outros pontos turísticos. Com certeza Santo
Domingo é bem mais que praias bonitas, é uma capital rica em história.
Passeios
A moeda
local são os pesos dominicanos e alguns locais aceitam dólar, mas me
aconselharam a trocá-los pela moeda local que valeria mais a pena. O povo é bem
receptivo, mas os homens em si, mexem com a mulherada na rua o tempo todo.
Fiquei um pouco irritada porque muitos deles não respeitam, são insistentes e
te param no meio da rua pra te convidar pra jantar, pedir telefone, é um saco!
Mas, no geral consegui praticar meu espanhol, visitei tudo que podia a pé e
consegui me divertir muito.
Fui em uma temporada de chuvas, mas não me impediu de fazer quase tudo que queria. Apesar de chover, o calor continua e dormir não é uma tarefa fácil, é ventilador na cara e mesmo assim é difícil descansar.
Fui em uma temporada de chuvas, mas não me impediu de fazer quase tudo que queria. Apesar de chover, o calor continua e dormir não é uma tarefa fácil, é ventilador na cara e mesmo assim é difícil descansar.
Pesos Dominicanos
Conheci alguns
lugares muito legais, e vou compartilhar aqui para que vocês tenham uma ideia e
possam se programar caso passe alguns dias em Santo Domingo e queiram conhecer um
pouco mais da parte histórica.
Só conheci uma praia porque os dias chuvosos não ajudaram, já tinha passado pelo Caribe, na maravilhosa Curaçao (clique aqui e leia um pouquinho de como foi passar uma semaninha em Curacao) e já tinha conhecido as praias do Haiti que também são lindas. Queria um roteiro diferente, explorar a cidade de outra maneira. Há resorts tops na beira da praia, hotéis bacanas, mas estava fora da minha realidade naquele momento. Estava ali de passagem, meu destino era outro e estava indo fazer trabalho voluntário no Haiti. Por isso, meu post vai ser diferente da maioria que visita a ilha e compartilha suas experiências na ilha.
Só conheci uma praia porque os dias chuvosos não ajudaram, já tinha passado pelo Caribe, na maravilhosa Curaçao (clique aqui e leia um pouquinho de como foi passar uma semaninha em Curacao) e já tinha conhecido as praias do Haiti que também são lindas. Queria um roteiro diferente, explorar a cidade de outra maneira. Há resorts tops na beira da praia, hotéis bacanas, mas estava fora da minha realidade naquele momento. Estava ali de passagem, meu destino era outro e estava indo fazer trabalho voluntário no Haiti. Por isso, meu post vai ser diferente da maioria que visita a ilha e compartilha suas experiências na ilha.
Quem visita Santo Domingo normalmente é
levado primeiramente à Zona
Colonial, afinal, estamos na primeira
cidade das Américas. E foi lá mesmo que fiquei hospedada,
por isso foi ótimo não precisar gastar com transporte. O bairro é bem
conservado e tem passado constantemente por restaurações e urbanização. O que
vocês encontrarão lá:


·
Praça
de Espanha: é uma das atrações turísticas “obrigatórias”.
O local era uma base militar que ficava ao lado do porto e do forte, e hoje,
abriga museus e restaurantes. A maioria deles são de alta gastronomia bem
carinhos por sinal, e possuem mesas ao ar livre com vista para o porto. Um
local bem agradável e romântico para um passeio a dois, que não era meu caso
(rs).
·
Alcazar de Colon: durante décadas
este foi o palácio onde a família Colombo morou. Hoje em dia, o palácio abriga
um belíssimo museu com os cômodos originais da antiga residência, diversas
obras de arte e esculturas. Adoro visitar museus durante as minhas viagens,
mas confesso que alguns são meio monótonos, meio chatos de serem visitados e
com temas que não me atraem tanto. Mas, esse foi um museu que me surpreendeu
demais!
Paguei cem pesos pela entrada e eles me deram uma maquininha e um fone de ouvido com áudio em português. Cada cômodo da casa tinha uma explicação super detalhada. Me senti como se estivesse vivendo naquela época, uma sensação muito bacana. Sem dúvida um dos museus mais legais e entretidos que já visitei, que não se resume em apenas ler plaquinhas com textos explicativos que quase ninguém dá atenção. As peças são originais e há uma vista maravilhosa da varanda. Se todos os museus fossem tão interessantes assim frequentaria bem mais!
Paguei cem pesos pela entrada e eles me deram uma maquininha e um fone de ouvido com áudio em português. Cada cômodo da casa tinha uma explicação super detalhada. Me senti como se estivesse vivendo naquela época, uma sensação muito bacana. Sem dúvida um dos museus mais legais e entretidos que já visitei, que não se resume em apenas ler plaquinhas com textos explicativos que quase ninguém dá atenção. As peças são originais e há uma vista maravilhosa da varanda. Se todos os museus fossem tão interessantes assim frequentaria bem mais!
Os três lugares que citei acima foram os que escolhi
para visitar. O tempo era curto e eu não conseguiria visitar toda a parte
histórica. Para quem tiver mais tempo, dê uma passadinha na Fortaleza Osama,
Monasterio de San Francisco, Museo de Las Casas Reales, Calle de las Damas e
outros lugares históricos bem interessantes que ficam nas redondezas.
·
China Town: quem acompanha meus
posts sabe o vício que tenho em sair procurando bairros chineses nos
lugares que visito. Fiquei sabendo que em Santo Domingo também tinha um, e
claro que fui visitar e comprar umas “muambinhas” (rs). Esse bairro fica na
Zona Colonial. Comprei várias coisinhas legais, mas ele é bem diferente do que
estou acostumada a ver em outros países. Não tem somente lojinhas chinesas, é
tudo misturado e isso faz com que o local perca um pouco do encanto. É lotado e
caminhar no calor insuportável do Caribe não foi tão agradável. Mas, valeu o
passeio.
·
Parque Natural
Los Tres Ojos: ele fica em Santo Domingo Este, poucos
minutos do centro e é um conjunto de três cavernas de onde brotam lagos azuis
de água transparente. Foi descoberto em 1916, e estudiosos afirmam que a
formação das piscinas naturais é um fenômeno que ocorre pouquíssimas vezes, já
que os canais de água subterrânea emergem da terra formando esses lindos lagos.
Me julguem, mas eu não fui. Optei por conhecer uma praia recomendada pela dona do hostel. Por falta de tempo tive que optar. Pelas fotos que vi, era algo bem parecido com o que vi em Bonito-MS e fiquei sabendo que tinha que caminhar muito. Tinha voltado de algumas semanas de trabalho duro no Haiti, quase quatro quilos mais magra, dormindo mal todos os dias, totalmente destruída! Então, essa dica é baseada no que meus colegas de voluntariado me contaram. Dizem que o local tem boa estrutura com trilhas pavimentadas, esculturas em madeira e lanchonetes. É cansativo, mas que vale muito a pena.
Me julguem, mas eu não fui. Optei por conhecer uma praia recomendada pela dona do hostel. Por falta de tempo tive que optar. Pelas fotos que vi, era algo bem parecido com o que vi em Bonito-MS e fiquei sabendo que tinha que caminhar muito. Tinha voltado de algumas semanas de trabalho duro no Haiti, quase quatro quilos mais magra, dormindo mal todos os dias, totalmente destruída! Então, essa dica é baseada no que meus colegas de voluntariado me contaram. Dizem que o local tem boa estrutura com trilhas pavimentadas, esculturas em madeira e lanchonetes. É cansativo, mas que vale muito a pena.
Lago
de Azufre: é o primeiro lago que
fica logo na entrada. Seu nome, que significa lago
de enxofre, se deve à substância branca que se encontra no seu
fundo. Ele tem quatro metros de profundidade, mas, por causa
da transparência da água, é possível ver detalhes do fundo. Minhas amigas
confirmaram isso por mim (rs).
Minhas lindas amigas Jordana e Raquel no Lago Azufre
Visita rápida pelas praias dominicanas
Como contei anteriormente, só conheci uma praia nesses
três dias que fiquei antes de voltar ao Brasil. Quando se fala em República Dominicana logo vem à cabeça o azul do Caribe das
praias de Punta Cana que fica do ladinho, mas é um engano deixar de
pegar praia em Santo Domingo.
O pessoal que estava comigo acabou indo conhecer Boca
Chica, a praia mais popular da cidade, que tem águas cristalinas (como todas as
praias) e é muito turística também. Eles gostaram e tiraram fotos muito
legais!! É a praia mais perto do centro da capital (30 minutos de carro, 37km)
e é onde os nativos costumam frequentar.
Eu acabei indo conhecer outra praia. A dona do hostel que
eu estava hospedada disse que tinha uma praia melhor, mais bem frequentada,
etc. Coisa de nativo que quer dar dicas e nem sempre são as melhores (rs). A
praia se chama Juan Dolio, fica no distrito de Juan Dolio e demorei 1h15 pra
chegar lá. Dureza! Calor absurdo durante todo o trajeto! Paguei 100 pesos por
uma van que saia do China Town e me aventurei ao lado dos nativos.
Realmente a praia é linda, com águas transparentes, mais
restrita, mas estava praticamente vazia. Por conta de um ciclone, o mar estava
agitado e uma semana antes seis turistas tinham morrido afogados. Conclusão:
estava proibido entrar no mar ou até mesmo chegar próximo a ele. Fiquei embaixo
de um quiosque lendo, tomando uma cervejinha e logo voltei pra casa. A praia
estava deserta. No caminho da volta, estava mais de meia hora a espera da van,
peguei a errada e o tempo do meu trajeto dobrou. Fora isso, sempre tenho azar com
motoristas: todos eles correm e esse em especial colocava o som no último
volume (último mesmo) e gritava pra acompanhar a canção. O povo super
acostumado e eu morrendo de dor de cabeça!! Pra chegar ao ponto de pedir pra
ele dar uma abaixadinha é porque o negócio estava feio (rs)! Portanto, se vocês não tiverem tempo como eu, frequente a praia mais próxima. Nem sempre a gente acerta, né?
Gastronomia e a vida noturna dos dominicanos
Tive poucos dias para provar a comida típica deles e na ida. Nosso grupo
de voluntários já estava com o dinheiro contato para a viagem ao Haiti e na
volta estava “na maior dureza”, portanto não dava pra sair por aí como turista
conhecendo restaurantes, etc. Somente uma noite saí com uma das meninas para comer
na pizzaria Pizzareli, na Zona Colonial e pagamos 25 dólares por uma pizza.
Super salgado! Mas, estávamos com tanta vontade (depois de passar semanas no
Haiti comendo pão e miojo) que até valeu a pena (rs).
Isso foi meu almoço, minha janta ou meu café da manhã por diversas vezes e diversos dias (rs)
Eu e a Claudinha comendo talvez a pizza mais cara do mundo (rs), mas também a mais desejada depois de, literalmente, passar fome no Haiti
A
gastronomia dominicana sofreu influência tanto do lado espanhol, quanto dos
africanos, por isso ela é uma gastronomia muito diversificada pelo que eu pude
perceber nesse pouco tempo. Caminhando em S.D, pude perceber que há alguns
pratos típicos e bem tradicionais como o Sancocho (ensopado
de carne de vaca), Moro (feijão, arroz e carne), Moro de Guandules con Coco (uma espécie de feijão
misturado com ervilha) e os Tostones (banana
verde frita com sal, vinagre e alho) Como sobremesa, via que a torta tres leches é a que mais vende por lá.
Quanto a
vida noturna em S.D, só saí no dia que fui comer a tão desejada e cara pizza,
nos outros caminhava feito louca pelos pontos turísticos e a noite desmaiava.
Cansaço acumulado, não tinha jeito. Ninguém do nosso grupo saía e só a
Claudinha que topou dar uma voltinha comigo essa noite. Depois de comermos a
“pizza de ouro”, caminhamos até um bar/balada que vimos ali perto e se chamava
Parada 77. Música latina para matar a vontade de dançar, salto alto e maquiagem depois de
semanas no Haiti sem saber o que era vaidade (rs) e novos colegas dominicanos,
super simpáticos por sinal. Nos divertimos e demos muita risada.
Dizem que a vida noturna da capital é agitada e tem muitas opções. Na Zona Colonial são opções mais tranquilas. Há mais bares e principalmente restaurantes. Quem for se hospedar em outras regiões e tiver mais tempo, vale a pena dar uma pesquisada para saber onde está a agitação.
Dizem que a vida noturna da capital é agitada e tem muitas opções. Na Zona Colonial são opções mais tranquilas. Há mais bares e principalmente restaurantes. Quem for se hospedar em outras regiões e tiver mais tempo, vale a pena dar uma pesquisada para saber onde está a agitação.
Eu, a Claudinha e uma dominicana super simpática que conhecemos na balada
Minha passagem pela República
Dominicana foi rápida, porém muito gratificante. Saí de lá com a ideia de que é
uma ilha com muito mais para oferecer do que divulgam por aí. Fui embora
satisfeita por visitar uma cidade tão rica em história. Foi uma grande aula.
Além disso, fui muito bem recebida pelos dominicanos. Quero muito voltar.
Gostaram do post? Dúvidas? Deixem comentários! Beijinhos :)
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