Boneca de Ferro vivendo no Peru- Parte 1
Olá,
gente! Hoje vou contar sobre a primeira viagem que fiz sozinha. A aventura que fez com que nunca mais eu conseguisse parar de viajar. Espero que gostem :)

Que orgulho poder
compartilhar esse momento tão linda da minha vida. Primeira vez que morei fora,
que fiz intercâmbio, que morei na casa de uma família que não era minha.
Primeira vez que enfrentei medos que nem imaginava ter e que tive que me virar
de verdade.
Primeira viagem de verdade, que fez com que eu voltasse para o Brasil totalmente diferente de quando fui. Na época, não tinha celular com câmera, por isso vou compartilhar fotos muitos simples tirada da minha camerazinha pré-histórica. É uma pena, porque se tivesse mais recursos teria feito registros incríveis, mas tudo o que tenho será compartilhado aqui com vocês :)
Primeira viagem de verdade, que fez com que eu voltasse para o Brasil totalmente diferente de quando fui. Na época, não tinha celular com câmera, por isso vou compartilhar fotos muitos simples tirada da minha camerazinha pré-histórica. É uma pena, porque se tivesse mais recursos teria feito registros incríveis, mas tudo o que tenho será compartilhado aqui com vocês :)
Essa viagem ao Peru aconteceu
depois que terminei o meu estágio de jornalismo na Record TV, em dezembro de
2008. Senti necessidade de melhorar o inglês e aprender espanhol. Na época o
dólar estava 1,54 reais, de graça. Quem dera se hoje estivesse assim. Tinha um
amigo repórter que costumava viajar sozinha e dizia que era a melhor coisa da
vida. Eu ria, não acreditava, mas ele me convenceu a provar uma vez e percebi
que ele tinha razão.
Porque escolhi o Peru
Estudar na Espanha era caro
para mim. Viajei com as economias feitas do tempo que trabalhei. Procurei
vários destinos na América do Sul e pesquisando sobre o Cusco achei uma cidade
interessantíssima e os preços não estavam altos. Não me arrependo. Foi a melhor
escolha que fiz, pois o espanhol de lá é maravilhoso, conheci lugares
incríveis, fiz amizades e descobri que a América do Sul, que costuma ser
esquecida pelos brasileiros, tem muita coisa a nos oferecer.
Procurei uma agência (que hoje
nem existe mais) e fechei um pacote para morar na casa de uma família na cidade
histórica Cusco. Passei por uma seleção e acabei fechando para ficar na casa de
uma senhora solteira chamada Amanda, que era vegetariana (não como carne
vermelha) e foi uma experiência sensacional. A netinha dela, a Simone, também
ficava boa parte do tempo com a avó. Formamos uma família.
Minha amada Cusco
Para quem não conhece nada de
Cusco, é uma cidade considerada um pedaço vivo da história antiga. Ela soma
mais de três mil anos, foi capital do império inca e é um grande império arqueológico
que recebe milhares de turistas ao longo do ano. Para quem gosta de história é
um prato cheio. Fora que esta do ladinho de Machu Picchu, um dos pontos turísticos mais famosos do mundo!
Um
mês de Intercâmbio e a mudança de planos
Um mês para aprender um idioma
com certeza não é suficiente. Mas foi um mês intenso. Diferente de quando
estive em NYC (clique aqui para saber também de como foi realizar mais esse sonho), me dediquei bastante aos estudos. Eu amo a língua espanhola,
então fica mais fácil. Praticar na rua, todos os dias também ajuda muito. Em um
mês, estudando várias horas por dia consegui pegar uma noção muito legal do
idioma.
Mas, na verdade acabei ficando mais do que o esperado. Vim
embora para o Brasil depois de um mês, fiquei uma semana por aqui e logo voltei
pra lá para mais seis meses. Isso tudo contei em outro post (clique aqui, claro, após lerem a primeira parte e vejam como foi o restante dessa aventura). :)
Na escola
Quem
viaja sozinha nunca está sozinha
Sempre me perguntam: “Está
sozinha nessa viagem? Por que?” “Está indo viajar sozinha? Nunca faria isso!”.
Gente, sozinha a gente nunca está. A gente conhece pessoas na rua, no trabalho
voluntário, na escola, na balada e até no avião, como aconteceu comigo nessa
viagem. Conheci duas pessoas muito especiais que se tornaram minhas amigas. A
Ana Carolina e a Aline, duas garotas de Ribeirão Preto (interior de SP) que
também estavam se aventurando pela primeira vez e por coincidência iam morar em
Cusco pertinho de mim e estudar na mesma escola. A Aline se tornou tão parceira
que até topou uma viagem para a Bolívia comigo de ônibus (tem um post contando
tudo dessa viagem, é só clicar aqui).

Eu, a Ana e a Aline brindando com a cerveja Cusqueña, a melhor do mundo na minha opinião

Passando um perrengue logo na chegada
Minha aventura começou quando
saí do Brasil, mas se concretizou depois que o transfer que me pegou no
aeroporto e me deixou na casa da família e ela não estava. Cheia de malas,
sem saber falar o idioma. Tocava a campainha e nada. Sem telefone para ligar
pra alguém que pudesse me ajudar. Comecei a tocar nas casas vizinhas e uma
delas saiu, me acolheu e explicou que a Amanda (dona da casa) estava viajando).
Quase surtei, com a ajuda dela fui até a escola onde eu ia estudar, eles
localizaram a Amanda e ela voltou pra casa.
Resumindo: passaram a data errada da minha chegada pra ela!! Já pensou se ela estivesse viajando para outro estado ou país? Que confusão. Passei um nervoso inexplicável, briguei com todo mundo na escola (porque eles eram responsáveis por isso), mas deu tudo certo no final. Portanto, confirmem tudo isso antes porque não foi uma experiência agradável para uma "viajante de primeira viagem".
Morando na casa de uma família que não é a sua
Resumindo: passaram a data errada da minha chegada pra ela!! Já pensou se ela estivesse viajando para outro estado ou país? Que confusão. Passei um nervoso inexplicável, briguei com todo mundo na escola (porque eles eram responsáveis por isso), mas deu tudo certo no final. Portanto, confirmem tudo isso antes porque não foi uma experiência agradável para uma "viajante de primeira viagem".
Morando na casa de uma família que não é a sua
Fui muito bem recebida na casa
da Amanda. Tinha um quarto só pra mim. A casa era bem simples, antiga, mas tudo
limpo e organizado. A comida era boa, ela me ajudava com o espanhol (colocava
imãs de frutas e comidas na geladeira e me ensinava cada uma), era bem legal.
Simonita com os bichinhos que trouxe da Bolívia
Amanda e a netinha Simone
Morar na casa de uma família
desconhecida é viver outra cultura, fazer amizades, mas não podemos esquecer
que não estamos na nossa casa e temos que obedecer as regras. Ela era bem
exigente no quesito gastar água (banho tinha que ser curto, senão ela
desligava a água quente rs). Eu andava com uma cópia da chave e ela era bem preocupada
com a minha segurança, etc.
O que lembro bem que me deixou mais incomodada foi o fato de no Peru eles não terem o costume de colocar cortinas nos quartos. Cortina até tinha, mas uma de renda branca e entrava toda claridade do mundo logo que o dia clarear.a Passei noites péssimas por causa disso, tenho o sono muito leve.
O que lembro bem que me deixou mais incomodada foi o fato de no Peru eles não terem o costume de colocar cortinas nos quartos. Cortina até tinha, mas uma de renda branca e entrava toda claridade do mundo logo que o dia clarear.a Passei noites péssimas por causa disso, tenho o sono muito leve.
Pouca bagagem, né amores?
Cortina que não é cortina
Almocinho brasileiro feito pela Amanda
No quarto ao lado estava hospedada a Matilde, uma francesa super gente boa que se tornou uma grande amiga. Super viajada, veio me visitar no Brasil, ficou em casa uma semana. Ela foi uma das amizades mais lindas que fiz em viagens e foi uma grande parceira de aventuras em Cusco.
Achei a cartinha que fiz quando a Matilde foi embora. Quanta saudade!
A
escola e como foi viver literalmente nas alturas
Coca é uma tradição no Peru, eles cosomem bastante por causa da altitude. Há lojas que vendem produtos ariados, todos feitos da famosa Coca
No centro da cidade tinha uma loja muito interessante que vendia produtos de todos os tipos feitos de com folhas de coca. Pelo que pesquisei ainda existe. Mas, vejam bem o que vocês podem levar para o Brasil, muitas coisas não são permitidas.
Chocolates feitos de coca
Me adaptei bem a altura, mas
mesmo depois de bastante tempo ainda sentia um pouco de cansaço quando
caminhava. Tentei me matricular na academia, mas sentia muita dor de cabeça falta de ar, por isso parei.
Em relação a escola, estudei na
Amauta Spanish School. Fica bem pertinho da Praça Central e podia caminhar da
minha casa até lá. Estudava todos os dias, de três a quatro horas e as aulas
eram muito boas. Além disso, eles faziam passeios, reuniões, aulas de culinária, aulas de dança tinha muita coisa legal. Deram certificado no final do curso, tinham computadores para os alunos
utilizarem a internet depois do horário das aulas. Depois de oito anos não sei
como está, mas na época era muito boa.
A holandesa mais alta do mundo (rs)
Algumas aulas eram no bar, para tomar Cusqueña e praticar o espanhol
As gringas nas aulas de salsa da escola
Aula de culinária
Estudando no Vale Sagrado por uma semana
Na época a escola dava a oportunidade para oito alunos estudarem por uma semana em um sítio, que fica em Taray, que eles chamam de Vale Sagrado dos Incas. Eu e a Aline topamos. Foi muito legal, não foi cobrado nenhum valor a mais e pudemos descansar, estudar e ter um contato muito bacana com a natureza. Nada de celular, internet, e acho que isso fez com que pudéssemos aproveitar muito mais.
Sítio onde ficamos hospedados
Tínhamos o cozinheiro Raúl que preparava uma comida caseira maravilhosa
Casal de idosos americanos que embarcaram na aventura e foram exemplo de vida pra mim
Presenciamos um protesto contra o governo no centrinho da cidade
Todas as noites fazíamos fogueira. Nada de internet e telefone
Alimentação e vida Noturna em Cusco
Me alimentei muito bem enquanto estive em Cusco. Não frequentava muitos restaurantes porque comia na casa da família que estava hospedada. Mas, dá pra comer bem, uma comida bem parecida com a do Brasil. Só acho que eles exageram demais na fritura, principalmente no frango e batatas fritas.
Há muitos restaurantes limpos, mas outros bem sujos, que dão a impressão de um local "gorduroso", sabe? O prato mais famoso da culinária peruana para nós brasileiros talvez seja o ceviche, de preparo simples incluindo peixe cozido no limão, cebola, coentro, batata doce e milho, sendo que os dois últimos ingredientes são típicos do país. Dizem que a origem da palavra ceviche vem do Inglês “sea beach”, porque quando os marinheiros ingleses chegaram no Peru e provaram o prato, eram essas as palavras que eles diziam: “sea beach”, que acabou ficando ceviche para os peruanos. Se é verdade ou não, não importa, o que vale mesmo é o sabor desse prato que é item obrigatório em qualquer restaurante peruano e deve ser provado. Só eu não provei porque não como peixe (rs).
Há muitos restaurantes limpos, mas outros bem sujos, que dão a impressão de um local "gorduroso", sabe? O prato mais famoso da culinária peruana para nós brasileiros talvez seja o ceviche, de preparo simples incluindo peixe cozido no limão, cebola, coentro, batata doce e milho, sendo que os dois últimos ingredientes são típicos do país. Dizem que a origem da palavra ceviche vem do Inglês “sea beach”, porque quando os marinheiros ingleses chegaram no Peru e provaram o prato, eram essas as palavras que eles diziam: “sea beach”, que acabou ficando ceviche para os peruanos. Se é verdade ou não, não importa, o que vale mesmo é o sabor desse prato que é item obrigatório em qualquer restaurante peruano e deve ser provado. Só eu não provei porque não como peixe (rs).
Se tiverem a oportunidade, experimentem: a Inka Kola, a famosa coca-cola peruana que é um refrigerante amarelado, cor de Epocler, aliás até o gosto lembra o remédio, mas há quem goste, vale a pena experimentar.
Pisco sour, a caipirinha peruana é o drinque mais famosos do país, este é para quem quer provar algo mais forte e o preparo varia de acordo com o estabelecimento, mas em geral sempre contém clara de ovo, pimenta, limão, açúcar, gelo, além claro, o próprio pisco, que é uma água ardente derivada da uva.
Chicha morada, um suco feito do milho de cor roxa e especiarias como cravo e canela, servido frio, é bom para matar a sede. O refresco é tão popular no país que existem até versões vendidas em sucos de saquinhos em pó.
Nightlife em Cusco
Há dezenas de bares e baladinhas em volta da Plaza de Armas, que é a praça principal. A maioria delas toca música latina, os nativos ensinam salsa e vocês vão se deparar com pessoas de todos os cantos do planeta. No geral não são caras. Depois de oito anos acredito que muitos estabelecimentos fecharam, abriram, mas tenho certeza que vocês vão encontrar vários lugares legais, como o Mama África, que está aberto até hoje.
Táxi é algo barato na cidade e eu utilizava bastante quando voltava para casa de madrugada.
Praticamente saia todos os dias para dançar. Eu sou bailarina, apaixonada por salsa e os nativos dançam muito (bem diferente dos brasileiros). Praticava muito, a salsa é uma paixão na minha vida.
Gringos aprendendo a dançar salsa com os nativos
Aline e nosso professor de espanhol dançando salsa
Nós no Mama África, a baladinha mais famosa de Cusco
Clima em Cusco
A melhor época do ano para ir a Cusco e Machu Picchu é na época da seca, entre maio e setembro, considerada o inverno deles. Junho é o mês mais frio, mas em compensação quem vai neste mês pode se organizar para estar em Cusco na festa de Inti Raymi, em 24 de junho. A temperatura no inverno oscila entre 4ºC e 20ºC. Não é aconselhável ir no verão, especialmente entre dezembro e março, que foi exatamente quando estive por lá. O sol é fortíssimo, chove bastante, mas ao mesmo tempo faz um frio de doer a noite. O clima de Cusco é bem louco. Não saia sem protetor solar. O sol fica mais perto da gente devido a altura que estamos, não se esqueçam disso.
Turismo em Cusco
Há uma infinidade de lugares para conhecer, depende muito do tempo que vocês terão. Selecionei os que mais gostei e vou compartilhar agora.
É possível comprar os passeios no Brasil, mas não recomendo. Não comprei nenhum, fechei todos nas agências que ficam na praça central. Há muitas opções de agências, pesquise e penchinche muito porque alguns querem enfiar a faca nos brasileiros e oferecerem passeios que não valem a pena. Dá pra conseguir valores bem baixos, tem que ser esperto!
Vale Sagrado dos Incas
Foi um dos principais locais de produção de riqueza durante o Império Inca e hoje é um dos pontos mais visitados do Peru. Composto por inúmeros sítios arqueológicos, é, sem dúvida, prato cheio para os amantes de história. Impossível de ser completamente visitado em um ou dois dias e, a depender do interesse da pessoa, 3 dias não são suficientes. Mas, como grande parte dos turistas não dispõe de tanto tempo para explorar o país, muitos optam pelo passeio de um dia.
1-Chinchero: O primeiro sítio que visitamos foi Chinchero, um pequeno povoado pré-hispânico, onde as origens remontam aproximadamente mil anos. Famosa por suas ruínas históricas, o local foi escolhido pelo Inca Túpac Yupanqui para ser seu local de residência, onde mandou construir seus palácios. Chinchero, que fica a 3.772 metros acima do nível do mar, portanto é mais alta que Cusco. Já estávamos mais adaptados às condições da montanha e não sofremos por isso.
Na chegada a Chinchero passamos ainda numa casa com exposição e venda de artesanatos. Tivemos uma excelente aula com uma garota local, sobre lãs, cores e ervas. Impossível não levar nada. O povo de Chinchero ainda fala o idioma quéchua, dos Incas.
2- Moray: Este conjunto arqueológico era utilizado para experimentações agrícolas, em cada nível do solo existem diferentes pressões e temperaturas, a diferença de temperatura entre os níveis inferiores e superiores são de até 15ºC. Então os incas testavam diferentes sementes em diferentes níveis até descobrir onde seriam as melhores plantações para cada tipo de alimento.
O sucesso dos experimentos também se deve ao sistema permanente de irrigação,seleção de sementes e estabelecimento de um claendário de plantio e colheita (resultado de observações agrícolas e astrônomas). Outro fato importante é que níveis foram construídos em lugares onde a incidência de grandes ventos é pequena, e a irradiação solar é grande.
As linhas circulares seguem o formato das montanhas, criando depressões em forma de funil. A altitude é de 3.500m, o que dificulta um pouco as subidas e descidas pelos terraços. Apesar disso, aconselho a irem até o centro de pelo menos uma das depressões, a energia presente nesse espaço é muito emocionante, me senti realmente conectada com a natureza. Moray também é um lugar onde os xamãs, os peruanos e diversos místicos/religiosos, realizam oferendas e rituais para a Pacha Mama (Mãe Natureza).
3-Salineras de Maras: pertencem ao pequeno município de Mara e, como vocês já devem imaginar, servem para a extração de sal. Estas salineras são compostas por mais de 3 mil piscinas. A água salgada que vem das montanhas escorre por pequenas valetas, em um complexo sistema que alimenta cada uma destas piscinas.
O controle da água é feita de maneira bem simples: as valetas são abertas e fechadas utilizando pedras mesmo. O sal é extraído através de um processo simples de evaporação. Eles enchem uma piscina e esperam a água evaporar. Este processo é repetido 3 vezes em cada piscina, por um período de 10 meses, e assim conseguem extrair 150 quilos de sal de cada uma. O mais bacana é que este processo está em execução há centenas de anos. Esta salina foi construída por civilizações pré-incas, e o seu modo de funcionamento continua o mesmo.
O controle da água é feita de maneira bem simples: as valetas são abertas e fechadas utilizando pedras mesmo. O sal é extraído através de um processo simples de evaporação. Eles enchem uma piscina e esperam a água evaporar. Este processo é repetido 3 vezes em cada piscina, por um período de 10 meses, e assim conseguem extrair 150 quilos de sal de cada uma. O mais bacana é que este processo está em execução há centenas de anos. Esta salina foi construída por civilizações pré-incas, e o seu modo de funcionamento continua o mesmo.
Depois de extraído, o sal precisa ser iodado para poder ser consumido como alimento. Do contrário, pode causar algumas doenças. As civilizações antigas consumiam este sal sem fazer nenhum tipo de pós-tratamento e não contraíam nenhuma doença provavelmente porque consumiam muita alga marinha, e esta sim era rica em iodo. Uma coisa compensava a outra. As Salineras de Maras estão localizadas a cerca de 40km de Cusco.
4- Ollantaytambo: dá para vocês combinarem diversos passeios em um mesmo dia. Esses quatros citados agora é um exemplo, fiz todos juntos.
Ollantaytambo é uma obra monumental da arquietetura incaica. É a única cidade da era inca no Peru ainda habitada. Em seus palácios vivem os descendentes das casas nobres cusqueñas. Os pátios mantêm sua arquitetura original. Atualmente é um povoado, capital do Distrito de Ollantaytambo, situado na parte sul a cerca de 90 km da cidade de Cuzco. É um dos pontos de partida do caminho a Machu Picchue tem uma altitude de 2.792 metros acima do nível do mar.
Ollantaytambo é uma obra monumental da arquietetura incaica. É a única cidade da era inca no Peru ainda habitada. Em seus palácios vivem os descendentes das casas nobres cusqueñas. Os pátios mantêm sua arquitetura original. Atualmente é um povoado, capital do Distrito de Ollantaytambo, situado na parte sul a cerca de 90 km da cidade de Cuzco. É um dos pontos de partida do caminho a Machu Picchue tem uma altitude de 2.792 metros acima do nível do mar.
Durante o Império Inca, a cidade de Ollantaytambo era a propriedade real do Imperador Pachacuti, formando um complexo militar, administrativo, religioso e agrícola, As imensas pedras trabalhadas manualmente e os muros altíssimos fazem do local uma das grandes preciosidades deixadas pelos incríveis Incas.
Mais alguns sítios arqueológicos
Para um segundo dia, vocês podem se programar para conhecer os outros famosos sítios arqueológicos do Vale Sagrado. São eles: Tipon, Pikillaqta, Pisac, Tambomachay, Puka Pukara, Q’enqo, e Saqsayhuaman. Tenho que confessar que apesar de ser lindo, ter uma história maravilhosa, algumas vezes fiquei cansada de ver "tanta coisa igual". É caminhada que não acaba mais (rs). Por isso, aconselho vocês fazerem uma seleção na hora de escolher para onde vão.1- Tipon: foi construído depois dos Incas se certificarem que ali havia água. Antes de se estabelecerem em qualquer lugar, os Incas inicialmente procuravam água, depois faziam o sistema de irrigação, para então construir uma cidade. Em uma linguagem bem simples, podemos dizer que nesse local os Incas escavaram o morro fazendo degraus e o mais incrível disso tudo é que cada degrau tem uma variação de um grau na temperatura.
Em Tipon podemos ver claramente o complexo sistema de irrigação que se mantém até hoje, sendo abastecido com a neve derretida dos Andes.
Outra informação que me deixou impressionada foi em relação à técnica Inca de construção dos muros. As pedras eram encaixadas umas nas outras, como pecinhas de lego! Além disso, os muros Incas eram inclinados, de forma a possibilitar uma maior estabilidade.
2- Parque Arqueológico de Pikillaqta: foi um dos principais centros administrativos-cultistas da cultura Wari, povos pré-Incas que utilizavam outra técnica de construção. Os muros de Pikillaqta, feitos de pedra, barro e gesso, são retos, diferentemente dos muros inclinados dos Incas. A palavra Pikillaqta vem do quechua “piki” (um tipo de pulga) e “llaqta” (cidade), sendo entendida como a “cidade das pulgas”, sinônimo de cidade pequena.
3- Andahuaylillas: a sua maior atração é a Iglesia de San Pedro Apóstol de Andahuaylillas, considerada a “Capela Sistina da América”. Pertencente à Rota Barroco Andina, promovida pela Companhia de Jesus, a igreja de Andahuaylillas é realmente uma obra de arte, imperdível para aqueles que gostam de visitar igrejas e apreciam a arte sacra. Na época, a entrada custava cerca de quinze soles por pessoa.
4- Complexo Arqueológico de Pisac: concentra não só ruínas Incas e pré-Incas, mas também um mercado de artesanato muito famoso. O que impressiona em Pisac é a sua localização: 3.448 metros acima do nível do mar, local estratégico para defesa contra possíveis invasões. No aspecto religioso, os Incas acreditavam que, quanto mais alto, mais perto de Deus eles estariam. Em Pisac, eles estavam quase chegando lá.
O dia que descobrimos que existe vida no Acre
5- Tambomachay: sítio situado a 3.765 metros de altitude. Haja saúde! Tambomachay vem da palavra quechua “Tampumachay”, que significa “lugar de descanso”, destinado ao culto à água. Não é a toa que há um incrível sistema hidráulico desenvolvido pelos Incas.
6- Puka Pukara: são muralhas de uma fortaleza militar conhecida como a “fortaleza vermelha”, denominação que vem do quechua “puka”, que significa vermelho, e “pukara”, fortaleza.
7- Q’enqo: é um sítio formado por pedras onde eram realizados sacrifícios religiosos. Ele é formado por um anfiteatro semi-circular e algumas galerias subterrâneas. Um dado curioso é que pelo labirinto há uma espécie de caverna que conserva a mesma temperatura todos os dias, não sofrendo interferência dos raios solares.
8- Sacsayhuaman: é um dos mais importantes sítios do Vale Sagrado. Foi construído com pedras enormes, cuidadosamente polidas pelos milhares de “trabalhadores” que ajudaram a edificá-lo. O grande enigma é saber como os Incas tiveram a capacidade de transportar e polir pedras que pesavam toneladas. Os muros de Saqsayhuaman são feitos de rochas muito e perfeitamente encaixadas.
Plaza de Armas
Sente em algum banco da praça, assista ao agito dos turistas, vendedores ambulantes, veja situações inusitadas do dia a dia da cidade, tire fotos disso tudo.
San Blás
San Blás é um pitoresco bairro de Cusco, que tem nas suas ruas estreitas e na arquitetura as suas principais atrações. Inicie sua caminhada pela Plaza de Armas, caminhando pelas ruas cheias de lojas de artesanatos e chegando ao final à praça onde está localizada a igreja mais antiga de Cusco, construída em 1563. Entrem nas ruazinhas e passeiem pelas ladeiras. De San Blás certamente sairão algumas das fotos mais bonitas de sua viagem.
Qorikancha
Esse templo foi o mais importante do império Inca, dedicado ao Deus Sol. Assim como fizeram na maioria dos templos Incas de Cusco, os espanhóis construiram uma igreja sobre o templo de Qorikancha. A sobreposição da arquitetura Inca e colonial é evidente e talvez esse seja o lugar que melhor ilustra esse contraste. Hoje em dia, além de possuir algumas ruinas da época Inca, funcionam no complexo a Igreja e o Convento de Santo Domingo.
Visitem a cervejaria que fabrica a famosa Cusqueña
Inegavelmente o sabor é bom. Uma bebida gostosa, que tive a oportunidade de tomar muito quando vive no Peru. E eles não costumam tomar a cerveja geladinha como no Brasil. E até "quente" é maravilhosa, acreditem!
A história da cerveja Cusqueña começou no dia 1 de outubro de 1908 quando Ernesto Günther e um grupo de homens empreendedores fundou, na cidade de Cusco, a Cervejaria Alemana, que lançou a Cerveja Cusqueña. A nova bebida foi bem aceita pelos consumidores. Este fato se explica porque no mundo andino, a “chicha” (uma espécie de cerveja de milho), foi o centro da das atividades diárias, gastronômicas e religiosas da população. Por muito tempo a “chicha” foi a única bebida para todas as ocasiões (casamentos, festerês em geral, bebedeira com os amigos, etc…), por este fato a cerveja se tornou uma grande novidade na época.
Em 1939 a Cervejaria Alemana trocou de nome e passou a se chamar “Compañía Cervecera del Sur” (Cervesur), incrementou sua produção e com ela ganhou a preferência do público consumidor. Com o passar dos anos a fábrica se modernizou e foi melhorando seus equipamentos de fermentação, os quais hoje são de última geração. Não lembro quanto pagamos, mas fizemos uma visita bem bacana na cervejaria que fica em Cusco. Não sei se hoje em dia ainda está aberta para visitações, mas se tiver, vale a pena a visita.
Finalmente Machu Picchu!
Como sou jornalista, tenho mania de visitar Tvs nos locais que eu vou. Visitei umas das Tvs locais de Cusco e conheci alguns jornalistas que me convidaram para fazer esse passeio. claro, já estava nos meus planos (não tem como ir a Cusco sem visitar esse lugar), mas acabei indo com eles e foi muito bacana porque além de não pagar (rs), tive companhia.
É possível visitar Machu Picchu na caminhada que leva de 2 a quatro dias, fazendo trilhas. Mas, fomos da maneira mais fácil e rápida, de trem. Talvez pela altura nem conseguiria fazer uma caminhada. Dá pra ir de ônibus também. Vocês vao até Ollantaytambo (1h30 de viagem) e tomam um trem (mais duas horinhas) que custa cerca de 60 doláres.
É possível visitar Machu Picchu na caminhada que leva de 2 a quatro dias, fazendo trilhas. Mas, fomos da maneira mais fácil e rápida, de trem. Talvez pela altura nem conseguiria fazer uma caminhada. Dá pra ir de ônibus também. Vocês vao até Ollantaytambo (1h30 de viagem) e tomam um trem (mais duas horinhas) que custa cerca de 60 doláres.
Tv que conheci em Cusco
Amigos jornalistas que foram meus companheiros de viagem para Machu Picchu
Alguns turistas compram pacotes e dormem por lá, mas acho desnecessário. Dá pra conhecer tudo em um dia. A cidade de Águas Calientes, que fica do ladinho é sempre vendida pelas agências como parte do passeio, mas é um lugar sujo, pouco interessante e se eu não tivesse conhecido não teria me arrependido. Enfim, vale a pena pesquisar e escolher o que mais agrada cada um.
O trem deixa a gente em Águas Caliente, por isso já dá pra dar uma passadinha pra conhecer as águas termales. Vocês podem pagar para entrar nessas águas, mas achei tudo muito sujo e acabei não entrando. Depois pegamos um ônibus que fica na estação e que nos levou para Machu Picchu (cerca de 30 minutos de viagem).
Machu Picchu é sem dúvidas um dos locais com a melhor energia do mundo! Sim, dá pra sentir a energia desse local. Uma das 7 maravilhas do mundo, e provavelmente o principal destino turístico na América do Sul, Machu Picchu é fascinante tanto pela beleza cultural quanto pela natureza que a rodeia. Machu Picchu (do quechua: “velha montanha”) é uma antiga cidade Inca, e o que a torna tão impressionante é o seu excelente estado de conservação: mais de 500 anos se passaram desde que os espanhóis puseram os pés na América, e a cidade segue em pé (ainda que grande parte tenha sido restaurada).
O avanço do turismo na região preocupa, e todo ano surge a lenda de que vão fechar Machu Picchu. Não acreditamos que isso vá acontecer, mas é possível que imponham mais restrições para a visitação.
O avanço do turismo na região preocupa, e todo ano surge a lenda de que vão fechar Machu Picchu. Não acreditamos que isso vá acontecer, mas é possível que imponham mais restrições para a visitação.
Há várias explicações sobre qual seria a função de Machu Picchu, sendo a mais aceita de que a cidade serviria como uma base administrativa e também um esconderijo para o soberano Inca no caso de um ataque.
O ingresso para a entrada em Machu Picchu gira em torno de 70 dólares e pode ser comprado em Cusco ou em sites especializados.Caso queiram subir a montanha Huayna Picchu o preço sobre para 86 dólares.
Algumas dicas para quem pretende visitar esse lugar espetacular:
- Leve bastante água – pelo menos 1 litro por pessoa. Lá em cima vende, mas é caríssimo.
- Leve um tênis confortável (de preferência uma bota). Os caminhos são irregulares, portanto caminhe com cuidado. Minha falta de maturidade fez com que eu fosse com uma bota de plataforma gigante e, apesar de estar acostumada, me senti exausta no final do passeio.
- Leve protetor solar. Repelente também pode ser interessante.
- Tente subir cedo para lá, assim poderá desfrutar da cidade com poucos turistas.
Hora de voltar pra casa
Espanhol mais afiado, novas amizades (algumas delas permacessem na minha vida até hoje), perrengues, dificuldades. Tudo me fez crescer muito como mulher e descobrir o vrdadeiro significado da palavra viajar. Voltei pra casa, mas depois de uma semana voltei pra Cusco para mais quase seis meses. Sim, é isso mesmo. E tudo está registrado no Peru parte 2. Clique aqui para saber como foi a minha volta e saber tudo o que aconteceu por lá.
Gostaram do post? Dúvidas? Deixem comentários! Beijinhos :)
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