Olá gente, tudo bem? Decidi fazer um post específico sobre o Vaticano, não juntá-lo com a Itália. Além do post ficar muito extenso, sabemos que o Vaticano é um país independente da Itália. Embora esteja localizado dentro da cidade de Roma, ele é reconhecido como um estado soberano com sua própria administração, governo e território. Estive duas vezes por lá e vou compartilhar tudo com vocês agora.

Olá gente, tudo bem? Hoje estou aqui para compartilhar um dos destinos mais difíceis de escrever, a Itália.  É um país extremamente turístico e com milhares de posts já feitos por turistas do mundo todo. Foi um desafio iniciar esse post porque queria algo diferente, que trouxesse um conhecimento adicional a tudo o que já temos aqui na internet. Foram três vezes na Itália, prometo tentar. Bora viajar comigo?

Estive na Itália em três momentos da minha vida: o primeiro quando trabalhava e vivia na Colômbia, durante férias na Europa (2022), o segundo quando vivia e trabalhava na Áustria (2023) e o terceiro durante as minhas férias do meu trabalho no Brasil (2025). Foram experiências bem diferentes porque além de fases diferentes da minha vida, foram duas visitas em pleno auge do  verão europeu e uma no auge do inverno. Enfim, acho que realmente tenho bastante informação, dicas e conhecimento para passar para vocês.

Tinha muita vontade de conhecer a Itália porque sempre ouvi dizer que era linda, mas tinha mais vontade ainda de estar lá para comer toneladas de carboidratos (rs). Não sou uma pessoa que viaja pra comer, que sai provando da culinária local, mas a Itália é uma exceção, não tem como ir esse país e não provar uma boa pizza, uma macarronada tradicional ou um vinho/prosecco italianos.

Primeiramente, quero deixar claro que não recomendo de maneira nenhuma uma viagem para a Europa no auge do verão, é terrível, quase impossível de andar nas ruas. Acaba com a viagem, é simplesmente desumano. Acho fundamental escolher muito bem em que mês viajar, uma escolha errada pode estragar a sua viagem. Eu viajei duas vezes no verão porque não tive outra alternativa, mas se pudesse escolher jamais faria. Sofri muito (rs).

A primeira cidade que conheci, que inclusive é a minha preferida da Itália, foi Veneza. E é por ela que irei começar o post de hoje. Gostaria de lembrar que brasileiros não precisam de visto para permanecerem até 90 dias na Europa. 

VENEZA

Passei apenas dois dias em Veneza, mas gostaria de ter ficado mais, pelo menos mais dois. Não foi possível porque eu estava viajando da Hungria para a Suíça por terra e inclui Veneza no meu caminho meio que de repente apenas para encontrar um amigo, e claro, porque eu queria conhecer também. Não dava pra perder essa oportunidade. Peguei dias extremamente gelados, estava quase impossível caminhar nas ruas (por isso eu digo que devemos levar em consideração o clima, o frio intenso também pode prejudicar, o ideal é um equilíbrio).

Antes de contar como foi a minha experiência em Veneza, gostaria de compartilhar um pouquinho da história dessa cidade e algumas curiosidades interessantes sobre ela.

Conhecida pelo seu romantismo e por ser praticamente um museu a céu aberto, Veneza é um dos destinos turísticos mais populares da Europa.  A história de Veneza começou por volta do ano 450 d.C., quando habitantes da região de Veneto, no nordeste italiano, começaram a ocupar um conjunto de mais de cem pequenas ilhas localizadas em uma grande lagoa com mais de 170 canais, à beira do mar Adriático. Seu objetivo era se proteger dos bárbaros, que vinham tomando conta da Europa e eventualmente derrubariam o Império Romano.

Por sua localização estratégica entre Oriente e Ocidente, com o tempo Veneza se tornou uma potência mercantil e naval, com uma das maiores frotas de navios da Europa a partir do século 10. A cidade era ponto de entrada de sedas e especiarias vindas de países do Oriente para a Europa. 

Até hoje, os barcos são o principal meio de transporte que liga as diversas ilhotas, que são conhecidas como os bairros da cidade. Essa importância comercial só foi abalada muito tempo depois, quando uma nova rota para o Oriente, contornando a África, foi descoberta pelos portugueses. Em 1797, a cidade foi conquistada por Napoleão; em 1866, passou a ser território italiano.

Nos últimos cem anos, a cidade afundou cerca de 20 centímetros por causa da elevação do nível das águas, da compressão natural do solo e da estrutura da cidade. 

ALGUMAS CURIOSIDADES SOBRE VENEZA

4 – Devido ao formato e construção da ilha o transporte é restrito. Ou se anda de Vaporetto, o ônibus barco, táxi barco, gôndola, ou a pé. Carros e ônibus normais chegam apenas até a uma ilha de estacionamento conhecida por Tronchetto;

5– O Carnaval de Veneza é mundialmente famoso pela beleza das fantasias e das máscaras que os moradores e os turistas utilizam para esconder a sua verdadeira identidade e aproveitar a época. As máscaras e os souvenirs se encontram em várias lojinhas pela ilha. O carnaval, por curiosidade, chegou a ser abolido por Napoleão, mas voltou;

6 – A ilha em si não tem assim tantos habitantes, apenas 54.500 pessoas. Estima-se que cerca de 2.000 a deixem a cada ano que passa por vários motivos: incluindo a especulação imobiliária e a dificuldade de viver num local assim;

7 – Veneza recebe cerca de 15 milhões de turistas por ano;

8 – Pelo menos metade dos postos de trabalho que existem em Veneza estão envolvidos com o turismo;

9 – A religião está muito enraizada em Veneza, tanto que na cidade nasceram seis Papas, sendo eles: Gregório XII, Eugênio IV, Paulo II, Alexandre VIII, Clemente XIII e Pio X;

14 – Pela falta de carros na ilha, o lixo é coletado por barcos de forma seletiva;

15 – Apesar de língua oficial em Veneza ser o italiano, existe uma outra língua bastante falada por lá, chamada de Vêneto. Hoje é considerada dialeto de italiano mas é uma língua romântica que surgiu na região de Vêneto.

HOSPEDAGEM EM VENEZA

Minha dica é reservar com antecedência e pesquisar bastante. É tudo super caro e turistas do mundo todo durante o ano todo. Nunca é vazio. Quem me acompanha sabe que eu gosto de planejar tudo com muita antecedência, mas como estava em Veneza de passagem foi "na loucura". Tive que reservar o que tinha e pagar caro. O hotelzinho que consegui era bem localizado, mas super antigo, quarto minúsculo, não tinha nada incluído e o atendimento não era dos melhores. Mas foi o que deu. É bem difícil se achar em Veneza, passei uns 40 minutos tentando achar a hospedagem andando na chuva e com malas naquelas vielas que parecem labirintos e que muitas vezes o Google Maps fica perdido também (rs).

PONTOS TURÍSTICOS

Antes de comentar sobre os pontos turísticos tenho que ressaltar que uma das coisas mais legais pra se fazer em Veneza é explorar as ruelas da cidade. Mesmo perdidos. É impossível não se perder, é como um labirinto, mas é uma experiência única. Cada canto esconde uma surpresa. Muitas lojas de souvenirs, de grife, locais lindos para tirar fotos, pizzarias, restaurantes, bares. É só ir andando e descobrindo a verdadeira essência da cidade. 

Apesar dos preços salgados vale demais investir em uma boa macarronada, em uma pizza de verdade, em um vinho italiano ou em um prosecco. É tudo muito gostoso.

PASSEIO DE GÔNDOLA

É o mais tradicional de Veneza. É totalmente turístico, mas ao mesmo tempo muito bonito porque te leva pelos canais da cidade em um barco conduzido por um gondoleiro. Geralmente, dura cerca de 25 a 30 minutos, com opções de passeios diurnos e noturnos. 

As gôndolas podem acomodar até cinco pessoas e os preços variam, na época paguei 80 euros e fui em uma gôndola somente com o meu amigo. O passeio foi lindo, mas estava muito frio e ventou muito. Meu amigo é italiano e queria me matar, disse que nunca tinha imaginado entrar em uma gôndola dessa na vida (rs). Para os italianos é algo nada atrativo, super turístico, eles não têm interesse (rs). 

Não é necessário reservar ou comprar ticket, é só encontrar um gondoleiro em um dos pontos de embarque designados, como perto da Basílica de São Marcos ou no Grande Canal. Gostei do passeio, apesar do valor super salgado para quem é brasileiro.

Praça de São Marcos - Piazza San Marco

É a principal praça da cidade. Ela é rodeada de monumentos mundialmente conhecidos e foi construída no século IX em frente à Basílica de São Marcos

A praça de São Marcos foi apelidada por Napoleão Bonaparte de "O Salão Mais Bonito da Europa". Com seus 180 metros de comprimento por 70 de largura, é a única de Veneza nomeada piazza, as outras são chamadas de campos ou piazzale — e apesar de ser o símbolo da República Veneziana, sua maior vitrine é o conjunto arquitetônico construído à sua volta. Ela está cercada por construções belas, cafeterias, restaurantes e lojas. Há séculos é um local de intenso movimento de pessoas, centro de comércio e cultura.

Em um dos extremos da praça, fica localizada a Basílica de São Marcos, uma igreja com uma das arquiteturas mais incríveis da Europa, com cinco cúpulas em estilo Bizantino e milhares de mosaicos que revestem o edifício. A construção foi dedicada ao padroeiro da cidade, São Marcos Evangelista, e lá dentro ficam suas relíquias e restos mortais. Também faz parte do conjunto arquitetônico da Basílica a Torre Campanária da Basílica de São Marcos, que tem uma vista panorâmica linda e está aberta a visitas.

Ainda na praça é possível vermos o Palácio Ducale, uma construção em estilo gótico veneziano e antiga sede do Doge de Veneza, autoridade da antiga República Veneziana. Hoje abriga o Museu do Palácio Ducale.

PONTE RIALTO

A Ponte Rialto é a mais antiga das quatro pontes que cruzam o Grand Canal de Veneza, além de ser a mais conhecida tanto por seu design quanto por sua história. Durante anos foi o centro econômico mais importante da cidade. Ela foi construída entre 1588 e 1591, pelo arquiteto Antonio da Ponte para substituir a anterior ponte de madeira, que já havia caído duas vezes, além de ter sido incendiada. Hoje ela é considerada um ponto turístico de Veneza.

É isso gente, basicamente o que eu consegui fazer e conhecer nesses dois dias. Agora está na hora de "seguirmos viagem". O próximo destino que compartilharei com vocês será Tivoli.

TIVOLI

Visitei Tivoli rapidamente, foi um bate e volta (apenas 36km entre as cidades) de apenas um dia. Estava em Roma (na segunda visita em agosto de 2025) e resolvi passar o dia por lá. Foi bem legal, apesar que o calor insuportável atrapalhou demais. Era quase impossível caminhar, estava quase me arrastando (rs). É uma cidade linda, tranquila e charmosa, ideal pra escapar da agitação de Roma. 

Para chegar em Tivoli, saí da estação Termini (quer era próxima da minha hospedagem), desci na estação Tiburtina e  peguei um ônibus (3 euros) ali mesmo. Desci no ponto final, já em Tivoli (o trajeto de ônibus durou pouco mais de uma hora, talvez 1h20). É possível ir de trem e parece que é bem mais fácil, mas quando fui não havia essa opção por conta de obras.

Do terminal até o primeiro ponto turístico que visitei, a Villa d'Este, foi uma caminhada de pouco menos de 15 minutos. Ruazinhas estreitas, com muitas cafeterias, lojinhas, mas uma calmaria contagiante.

VILLA D'ESTE

Tivoli é lar da famosa Villa d’Este,  e essa foi a principal razão da minha ida pra lá.

A Villa d'Este em Tivoli, com seu palácio e jardim, é uma das ilustrações mais notáveis e abrangentes da cultura renascentista em sua forma mais refinada. Seu design inovador, juntamente com os componentes arquitetônicos do jardim (fontes, e bacias ornamentais) fazem deste um exemplo único de um jardim italiano do século 16. Essa Villa foi um dos primeiros modelos para o desenvolvimento de jardins europeus.

O palácio e os jardins foram projetados por Pirro Ligorio (1500-1583) em nome do cardeal Hipólito II d'Este de Ferrara (1509-1572), que, depois de ser nomeado governador de Tivoli em 1550, desejou a realização de um palácio adequado ao seu novo status. 

O conjunto cobre uma área de cerca de 4,5 hectares. 

A Villa d'Este é um Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2001. Vale a pena o investimento de 15 euros para entrar. O local é lindo, ideal para ter contato com a natureza, pensar na vida, descansar, meditar e tirar boas fotos.

Além da Villa, a Itália tem mais outros 58 locais reconhecidos como patrimônio pela UNESCO, é o país com maior reconhecimentos no mundo.

Para quem estiver fazendo bate a volta para Tivoli, vale a pena também conhecer a Villa Adriana, que é um vasto sítio arqueológico romano que serviu como refúgio para o imperador Adriano. Essa Villa também é um patrimônio Mundial reconhecido pela UNESCO. 

FLORENÇA/ FIRENZE

Conhecer Florença foi uma surpresa na minha vida. Tinha a intenção de conhecer vários lugares da Itália, mas só planejei ir a Florença quando estava em Roma pela segunda vez e percebi que já tinha conhecido o suficiente e que tinha tempo de conhecer uma outra cidade. Infelizmente também foi um bate e volta assim como Tivoli, mas valeu super a pena. Florença é linda demais, e apesar do sofrimento que foi andar o dia todo debaixo de um calor insuportável, o passeio foi incrível.

Há algumas maneiras de chegar em Florença a partir de Roma. No meu caso utilizei o trem bala, os famosos trens de alta velocidade. Tinha um "pequeno trauma" por não ter conseguido experimentar o trem bala no Japão e queria viver isso pela primeira vez. O trajeto levou pouco menos de duas horas e o trem chegou a 260 km por hora.

A maior vantagem de utilizar um trem desses é economizar tempo porque não é algo emocionante como eu imaginava que fosse.  Vale a pena lembrar que os preços são extremamente salgados se compararmos com ônibus ou trens comuns.

UM POUQUINHO SOBRE FLORENÇA

É uma cidade renascentista fica no coração da Toscana e está repleta de riquezas de história, cultura e arte. Seus museus e galerias abrigam algumas das obras de arte mais preciosas do mundo e suas muralhas medievais foram o lar de artistas como Michelangelo, Leonardo Da Vinci e Botticelli, além de escritores e políticos como Dante Alighieri e os Medici.

Florença é um lugar muito especial, mas acho que para realmente aproveitá-la do jeito que ela merece, seria bacana estar uns dois ou três dias.

Algumas curiosidades:

1. Florença é chamada de Capital das Artes. 60% das obras de arte mais importantes do mundo estão localizadas na Itália e aproximadamente metade delas estão em Florença;

2. Florença já foi cercada por uma muralha defensiva. A maior parte foi destruída ao longo do tempo, mas ainda existem seções do muro e portões que permanecem até hoje. O portão mais bem preservado é a Porta San Miniato;

3. Na Idade Média, Florença tinha mais de 100 torres maciças construídas pelas famílias rivais. Quando Florença se tornou uma cidade livre no século 13 e uma república foi fundada, todas as torres foram encurtadas para significar que a era dos clãs e das guerras civis havia acabado. As pedras das torres foram usadas para construir casas;

4. A catedral de Florença, Santa Marie del Fiori ou Il Duomo, é a 11ª maior igreja do mundo e tem a maior cúpula de alvenaria do mundo. Mais de 4 milhões de tijolos compõem esta obra de arte. É do tamanho de um campo de futebol e pesa 28.000 toneladas;

5. A catedral de Florença (Il Duomo) levou 140 anos para ser construída. A construção começou em 1296 e terminou em 1436;

6. A América tem o nome de um florentino. Américo Vespúcio (de quem a América recebeu o nome) nasceu em 9 de março de 1451, em Florença;

7. A história de Pinóquio nasceu em Florença. O escritor florentino Carlo Collodi escreveu As Aventuras de Pinóquio (Le Avventure di Pinocchio) no início da década de 1880;

8. O piano nasceu em Florença, criado por Bartolomeo Cristofori por volta do ano 1700;

9. O gelato foi inventado em Florença. Esta famosa sobremesa italiana foi inventada por Bernardo Buontalenti e servida pela primeira vez em 1500, em um banquete organizado para o rei espanhol pela família Medici;

10. A famosa marca de moda de luxo Gucci foi fundada em Florença por Guccio Gucci em 1921;

O QUE CONHECI EM FLORENÇA

Se realmente o tempo for curto, sugiro um pequeno itinerário onde será super possível conhecer os monumentos mais famosos mergulhando na atmosfera florentina.  Florença é o lar de vários museus, incluindo a Galleria di Uffizi, que está entre os mais importantes do mundo e que conserva preciosas pinturas dos grandes mestres florentinos, mas se a visita é limitada a um único dia, melhor não dedicá-la a museus. É um ponto de vista meu. Não visitei museus, apenas andei muito pela cidade, comi, tomei uma cerveja, um sorvetinho e passei por alguns pontos turísticos.

CAMINHAR PELA PONTE VECCHIO

A Ponte Vecchio, traduzida como “Ponte Velha”, é um dos marcos mais icônicos de Florença. É uma ponte de pedra medieval que atravessa a parte mais estreita do rio Arno e resistiu ao teste do tempo desde sua primeira construção na época romana. A estrutura atual, projetada por Taddeo Gaddi, remonta a 1345.

Notavelmente, a ponte sobreviveu à Segunda Guerra Mundial e à devastadora enchente de 1966, demonstrando sua resiliência e construção robusta. Hoje, a Ponte Vecchio serve como um movimentado mercado e uma atração turística significativa, oferecendo vistas rio Arno e de Florença. 

Ao longo do trajeto pela ponte é possível encontrar várias joalherias e muitas lojas nobres do centro histórico da cidade. É muito bacana passear pelos estabelecimentos, ver a paisagem de cima da ponte e fazer fotos.

DUOMO DE FLORENÇA

Oficialmente chamado de Catedral de Santa Maria del Fiore, é um complexo que inclui a catedral, o Batistério de São João, o Campanário de Giotto, a Cúpula de Brunelleschi, o Museu dell'Opera del Duomo e as ruínas de Santa Reparata. A entrada na catedral é gratuita, mas subir à cúpula e visitar o museu requer ingressos. O complexo está na praça do Duomo, a principal da cidade e com certeza a mais linda.

A parte externa da Catedral me deixou apaixonada, uma das mais lindas que já vi na minha vida, uma verdadeira obra de arte.

Só de conhecer os locais citados acima, tenho certeza que vocês já entenderam que valeu a pena a visita, mesmo que tenha sido apenas um bate e volta. Estou muito feliz por ter conhecido Florença.

FINALMENTE ROMA

Escrever sobre a Itália de uma maneira geral já é algo difícil, muito turística, milhares de posts pela internet. Escrever sobre Roma parece uma tarefa mais difícil ainda. Espero que possa fazer um relato diferenciado, e que traga conhecimento e dicas importantes para quem planeja uma viagem pra lá.

Como comentei no começo do post, estive em Roma duas vezes, porém no auge de dois verões (rs). Repito para que não esqueçam, que jamais recomendo viajar para a Itália nesse período, é quase impossível de andar nas ruas de tão quente. É desumano, de verdade. Se puderem escolher, não optem pelo auge do verão e nem pelo auge do inverno. 

HOSPEDAGEM EM ROMA

A hospedagem em Roma é considerada cara, especialmente no centro histórico ou durante períodos de alta temporada. No entanto, é possível encontrar opções mais econômicas se pesquisar com antecedência e considerar alternativas como hostels, apartamentos alugados ou hotéis fora do centro turístico. 

Na minha primeira ida a Roma fiquei em um Airbnb, mas me decepcionei totalmente. O anfitrião era um iraniano super porco e que deu em cima de mim. O quarto era minúsculo e ele tinha um gato que ficava no banheiro e fazia as necessidades no banheiro também. Achei um absurdo. Adoro animais, mas em caso de Airbnb o anfitrião precisa ter o mínimo de noção. Na minha segunda vez em Roma já fiquei em um hotelzinho melhor, bem próximo da estação Termini, localização excelente. Apesar do preço bem salgado e de ser um quarto sem qualquer luxo, tinha café da manhã, AC e internet boa. Foi excelente, atendeu todas as minhas necessidades. 

Foram três dias em Roma durante a primeira visita e seis dias durante a segunda. Deu pra curtir bastante e conhecer até mais do que eu pensava e queria. Na primeira visita foquei mais nos pontos turísticos mais tradicionais e aqueles lugares que maus me interessavam. Já da segunda vez foquei mais em locais mais frequentados por italianos, bares, restaurantes e desfrutar mais da culinária local.

O transporte público em Roma é considerado bom, especialmente o metrô, o trem e os ônibus. Eu usei os dois, mas o metrô é mais fácil pra entender. Quando não usava o transporte público era a pé, batia perna o dia todo. Táxi em Roma é caríssimo, não vale a pena. Usei o trem para ir do aeroporto até a minha hospedagem e foi a melhor opção. Cheguei a cotar um uber só para ter uma ideia e estava saindo 88 euros o trajeto.

Pra ficar mais fácil e claro, vou juntar os passeios que fiz nas minhas duas visitas, não vou separá-los. Já vou contando, dando dicas e fazendo as minhas observações para tudo que consegui conhecer.

Começo pela culinária. Não sou uma blogueira que dá boas dicas de culinária, não sou de experimentar muitas coisas novas, mas tenho que comentar, mais uma vez, que na Itália   foi diferente. Eu amo todos os carboidratos (rs), pistache e outras coisinhas que tive que experimentar. 

Queria uma pizza de verdade, um pão italiano de verdade, um macarrão de verdade. Queria um vinho italiano, um prosecco italiano. Não tinha como ser diferente. Aproveitei para experimentar tudo o que eu tinha vontade. 

Os mercados também viraram ponto turístico para mim. Sempre gostei de entrar em mercados em outros países para ver os produtos diferentes, exóticos, as marcas, mas na Itália além de ver queria comprar tudo (rs).

Não vivi só de pizza nos meus dias em Roma, comi até flores! Isso mesmo, flor de abobrinha. Vi uma bandejinha de flores no mercado e fiquei curiosa, não sabia que era comum comer esse tipo de flor na Itália. Cheguei em um restaurante e pedi uma porção para experimentar. Não é a comida mais deliciosa do mundo, mas também não é ruim. Valeu a experiência (rs).

FONTANA DE TREVI

Visitar o Fórum Romano e o Palatino é uma viagem no tempo. No Império Romano, o Fórum era o coração pulsante da cidade, onde acontecia a vida pública e religiosa do povo. Após o declínio do Império, o local foi caindo no esquecimento e só foi redescoberto no século XX após diversas escavações. Em suas ruínas, há diversos templos, como o de Saturno e Vênus, a Via Sacra, o Arco de Tito, o impressionante Senado Romano e muito mais. Não dá pra deixar de imaginar os romanos andando por ali, discutindo política e fazendo negócios.

O Monte Palatino fica bem ali do lado. Dizem que é onde a cidade de Roma foi fundada, pois segundo a mitologia romana, Luperca (a loba que cuidou de Rômulo e Remo) vivia no Monte Palatino. Durante o período republicano, o monte também foi residência da nobreza.

A vista é espetacular e rende fotos maravilhosas de Roma. De lá de cima dá pra ver o Fórum, o Coliseu e até uma boa parte da cidade moderna de Roma. O valor é salgadinho, 24 euros.

TRANSTEVERE: MEU CANTINHO PREFERIDO EM ROMA

Alguns lugares ganham o nosso coração e nem sabemos o porquê. Trastevere foi um deles. Acredito em encontros, encontros meus com lugares, países. Energia. Sinto muito isso quando estou em um lugar. Sinto a energia boa do lugar que me faz bem, difícil explicar.

Trastevere fica do lado oposto do rio das principais atrações turísticas de Roma, tais como Coliseu, museus, Panteão, Fontana Di Trevi ou Praça de Espanha. Em latim, Trastevere significa além do Tévere ( ou além do Tibre). Em outras palavras, além do mais conhecido rio que atravessa a Roma, o Rio Tibre. Além disso, a Ponte Sisto é a principal ponte de pedestres que cruza o rio para chegar a esse bairro boêmio de Roma.

h

Na minha segunda visita em Trastevere estava tendo um evento de verão às margens do Rio. Muito legal! Ao ar livre e gratuiro, com barraquinhas de artesanato, tendas de comida e bares. Ideal para um fim de tarde.

A BOCA DA VERDADE

La Bocca della Verità ou A Boca da Verdade é uma imagem esculpida em mármore pavonazzo de uma face humanoide que fica no pórtico de Santa Maria in Cosmedin.

Acredita-se que a escultura tenha sido parte de uma fonte romana antiga ou, talvez, um tampão de bueiro, e retrate um entre vários possíveis deuses romanos provavelmente. A maior parte dos romanos acredita que a Bocca representa o antigo deus fluvial do rio Tibre.

A mais famosa característica da Bocca é seu papel como detector de mentiras. Desde a Idade Média, acredita-se que se alguém contar uma mentira com a mão na boca da escultura, ela se fecharia "mordendo" a mão do mentiroso. Existe ainda uma antiga lenda medieval, que se atribui incorretamente ao poeta romano Virgílio, de uma imperatriz romana que teria conseguido enganar o marido durante um julgamento usando a Bocca.

É óbvio que conheci o Vaticano. Não tem como ir pra Roma e não visitá-lo, independente da religião. Mas, como esse post ficou bastante grande e o Vaticano é considerado um país independente, teremos um post separado :)

Gostaram do post? Um beijo e até a próxima!