Oi gente, tudo bem? Estou aqui pra compartilhar com vocês sobre a realização de um sonho: conhecer a Polônia e é claro, os campos de concentração, maior símbolo do Holocausto perpetrado pelo nazismo durante a Segunda Guerra Mundial. Embarquem nessa aventura comigo porque foi simplesmente uma das experiências mais interessantes que vivi.
Vou dividir o post em duas partes: a primeira compartilharei um pouco sobre a Polônia de uma maneira geral e um pouquinho de Cracóvia, a qual passei cinco dias. No final, vou contar como foi conhecer os campos de concentração.
Quando morei na Europa, em 2019, já tinha o sonho de conhecer esse país, mas por questões logísticas, passagens aéreas meio carinhas e a minha disponibilidade por causa do trabalho, não deu certo. Conheci vários países europeus e não consegui visitar a Polônia. Foi só no final de maio de 2023 que finalmente concretizei esse desejo antigo.
Antes de continuar, vou comentar com pouquinho sobre a Polônia, inclusive sobre algumas curiosidades desse país.
A Polônia está localizada no centro da Europa e é o sétimo maior país do continente. A população é de mais de 38,5 milhões de pessoas. O país faz fronteira com sete países: Alemanha, República Checa, Eslováquia, Ucrânia, Bielorrússia, Lituânia e Rússia.
- O nome “Polônia” (Polska em polonês) carrega um significado histórico e cultural. A palavra “Polska” é derivada da Polanie, uma tribo eslava primitiva que desempenhou um papel crucial na formação do Estado polonês;
- Possui o maior castelo do mundo, Malbork. Construído pelos Cavaleiros Teutônicos no século 13, tem mais de 21 hectares e uma impressionante arquitetura gótica;
- Usar um chapéu dentro de casa é considerado indelicado. Essa norma cultural está enraizada na etiqueta tradicional, onde tirar o chapéu ao entrar em uma casa ou em qualquer espaço interno é um sinal de respeito;
- É considerado inadequado levar um número par de flores para um funeral. Os números ímpares são culturalmente mais adequados, pois simbolizam respeito e solenidade;
- É um dos países mais religiosos da Europa, com a maioria da população se identificando como católica romana. A alta frequência à igreja e a influência das tradições religiosas contribuem para a forte conexão entre fé e vida cotidiana no país;
- A Polônia é o berço da vodka, com uma história que remonta ao início da Idade Média. A produção tradicional envolve a destilação de grãos fermentados ou batatas, tornando a vodka polonesa reconhecida mundialmente por sua qualidade e significado cultural;
- Eles têm uma cerveja quente e temperada. Isso mesmo. Conhecido como “grzane piwo” em polonês, envolve o aquecimento da cerveja com várias especiarias, como cravo e canela. Ela é apreciada durante os meses mais frios, proporcionando uma bebida reconfortante e festiva para as celebrações de inverno;
- O polonês é considerado desafiador devido à sua gramática complexa, fonética diversificada, formação de palavras intrincada e vocabulário único. Aprender polonês pode ser gratificante, mas é um dos idiomas mais difíceis do mundo;
- Não é permitido beber bebidas alcoólicas nas ruas;
- Batata para o povo polonês é como feijão/arroz para o brasileiro, não pode faltar nas refeições diárias;
- A culinária polonesa é rica em temperos e variedade de alimentos. Os mais tradicionais são o pierogi (massa cozida com recheio que pode ser doce ou salgado), bigos (repolho cozido com carne e linguiça), sopas variadas e bistecas de porco empanadas;
- As ruas, em geral, são muito limpas.
- Mercado de Tecidos (Sukiennice): Situado no centro da Praça do Mercado, foi inaugurado no século XIII como uma espécie de shopping formado por barraquinhas que mais tarde se transformariam no edifício que é hoje em dia.
- Basílica de Santa Maria: com uma imponente fachada ladeada por suas torres de diferentes alturas, a Basílica de Santa Maria é um dos principais monumentos da cidade.
- Torre da Antiga Prefeitura: construída no século XIV, esta torre de 70 metros de altura é a única parte que se conserva da antiga Prefeitura da cidade. É possível subir até a parte superior para ver a cidade de cima.
Localizada no centro histórico, é uma das ruas mais movimentadas da Cracóvia, e nela é possível encontrar de tudo: bares de cerveja artesanal, bares para degustar vodca e souvenirs.
Cracóvia é muito conhecida por esse bairro. Por séculos ele foi conhecido como porto seguro por todos os judeus na Europa e teve um papel central na diáspora. Durante a Segunda Guerra Mundial, muitos dos seus moradores foram retirados à força de suas casas. O bairro entrou em declínio com o abandono das casas.
Kazimierz voltou a florescer nos últimos anos para se tornar no coração cultural e artístico de Cracóvia. Hoje não há quem não queira fazer parte da vida vibrante deste lugar inovador com a atmosfera única dos seus “mil” cafés, restaurantes, bares e clubes noturnos, lojinhas de artesanato e galerias de arte.
Atualmente existem 7 sinagogas em Kazimierz, das quais nem todas permanecem abertas, seja para fins religiosos ou para visitação. É necessário se informar se quiser visitar alguma delas.
Há ainda porões onde funcionavam as solitárias, que eram destinadas a prisioneiros que desobedeciam às regras do campo ou que tentavam fugir. E há também os prédios onde funcionavam os experimentos médicos com os prisioneiros. A estrutura foi toda conservada.
0 comments