Boneca de Ferro vivendo em New Jersey

by - domingo, março 04, 2018


Olá, gente! Hoje eu vou compartilhar com vocês como foi morar praticamente um ano nos Estados Unidos! Espero que gostem e consigam esclarecer todas as dúvidas sobre vantagens, desvantagens e ilusões sobre viver na América.


Logo quando cheguei e estava curtindo a neve que não conhecia



Já fiz outros posts muito legais de experiências que tive na América: as duas viagens para a Disney (clique aqui para saberem como foi uma das viagens mais desejadas pelos brasileiros), quando estudei em NYC em 2014 (clique aqui para compartilhar comigo um pouco dessa viagem que foi a realização de um sonho de adolescente) , quando vivi um tempinho em Chicago (clique aqui para conhecerem um pouco mais sobre essa cidade tão linda) , minha visita a Washington D.C (clique aqui e fiquem surpresor como fiquei ao conhecer essa cidade cheia de história) e como foi esquiar na Pensilvânia (clique aqui e vejam as dicas de uma praticante de esqui da primeira viagem ...rs).

Agora vou detalhar um pouco como foi viver lá, sem ideia de quando voltaria ao Brasil. Vou explicar passo a passo o porquê dessa decisão, o que fiz, como foi arrumar emprego, enfim, dar dicas e conselhos do que fazer e não fazer no país, as vantagens e desvantagens de morar na América e tentar desmistificar algumas coisas que os brasileiros falam por aí.


Quais foram os motivos para que eu decisse morar fora do Brasil

Parti para os Estados Unidos dois dias antes da virada do ano 2014/2015. Meu plano inicial era passar seis meses estudando inglês. Sempre tive o sonho de morar um tempo nos Estados Unidos, fazer um intercâmbio e estudar inglês. Tinha que ter feito isso antes, mas não deu, infelizmente. Mas, nunca é tarde para realizar sonhos. Larguei emprego bom, larguei tudo que tinha no Brasil e me joguei. 

Não me arrependo!! Claro, tudo feito com responsabilidade, de uma forma que se eu voltasse ao Brasil não teria que começar tudo do zero. Tem gente que vende casa, carro, pega todo o dinheiro e leva embora. Não sou a favor disso porque se precisar voltar ao Brasil estará somplesmente ferrado. Guardei meu dinheirinho, fiz tudo bem pensado.

Continuando, quando te "aprovam" na imigração, o normal é que seja dado a permissão de seis meses para ficar no país. E foi o que aconteceu comigo, me deram permissão justamente para os seis meses que eu tinha programado para estudar inglês, depois resolveria o que iria fazer, se continava, voltava para o Brasil ou se tirava o visto de estudante.

A cartinha que minha mãe deixou na minha mala quando fui morar em NJ. É fundamental o apoio da família e a minha mãe sempe representou muito bem isso

A saudade da família nunca vai passar, apenas aprendemos a conviver

Poucos minutos antes de entrar no avião para ir aos Estados Unidos, agora em 2018

Como escolhi a cidade para morar e onde me hospedei

Na verdade a minha escolha foi mais pensada no custo benefício do que qualquer outra coisa. Quando passei dois meses em NYC para estudar em 2014 conheci Newark, uma cidade bem próxima (apenas duas estações de trem de NY) e que tem uma comunidade enorme de brasileiros e portugueses. Fica no estado de New Jersey (Nova Jérsia). Fiz algumas amizades, pesquisei escolas e era tudo extremamente mais barato do que outras cidades. Desde comida, aluguel, até escola e meio de transporte. Como conhecia algumas pessoas, um amigo me ajudou a alugar um quarto próximo ao centro e bem pertinho da escola que escolhi estudar.

Pontos positivos e negativos de morar nessa cidade

Não vou dizer que escolher essa cidade foi uma das boas escolhas que fiz na vida. São tantos brasileiros, portugueses e hispanos que vivem no local que fica difícil escutar uma palavra em inglês na rua ou em qualquer estabelecimento comercial. É legal pra que a gente não se sinta deslocado no começo, mas é péssimo para quem quer aprender inglês e realmente se sentir vivendo nos Estados Unidos. 

É maravilhoso quando você tem vontade de comer uma comidinha brasileira ou dançar um sertanejo (tá cheio de restaurantes e baladas brasileiras), mas, péssimo ao mesmo tempo porque se a intenção é morar na América, por que querer estar o dia todo tendo contato com tudo que se refere a Brasil?? Além disso, me decepcionei demais porque imaginei que em uma comunidade de brasileiros as pessoas eram unidas, ajudavam umas as outras, mas não, a maioria dos brasileiros são super desunidos, ambiciosos, parece que simplesmente o dólar subiu pra cabeça e transformou cada um deles em pessoas que simplesmente não representam meu Brasil. Claro, conheci pessoas bacanas, boas, cultas, educadas, há exceções, mas no geral fiquei bem decepcionada.



Ferry Street (também conhecida como Portugal Avenue), a principal Avenida de Newark, onde há bares, restaurantes e estabelecimentos comerciais



Quando resolvi fazer esse blog foi pra ser bem sincera em relação as coisas boas e ruins que encontrava pelo mundo, então quando precisar “jogar a real”não poderei esconder (rs).

Newark é uma cidade pra você jantar uma comidinha brasileira quando está com saudade, serve pra ir num barzinho e ouvir uma música brasuca, ou estudar inglês porque realmente a escolas são baratas. Mas, para morar sem chance. Ruas sujas demais (parece São Paulo), clima péssimo. Não recomendo, infelizmente. Não posso cuspir no prato que já comi, mas posso ajudar as pessoas para que elas não cometam o mesmo erro que o meu.


Ruas de Newark: isso me deixava muito triste, não me sentia nos Estados Unidos

Ruas de Newark: isso me deixava muito triste, não me sentia nos Estados Unidos


Ruas de Newark: isso me deixava muito triste, não me sentia nos Estados Unidos

Hospedagem

A maioria das casas são assim, e eles alugam cada andar para uma família diferente ou até mesmo alugam quartos para várias pessoas

Em Newark praticamente não existem prédios. As casas são da maioria de propriedade de portugueses que as alugam por andar. Tipo assim, a casa tem três andares, aluga para três famílias diferentes, inclusive o basement (o porão) da casa. É bem estranho porque não temos esse costume no Brasil, mas lá é praticamente tudo dessa maneira. Os quartos giram em torno de 500, 700 dólares, e assim vai. Morei em diferentes lugares, mas sempre compartilhando com outras pessoas.

Experiência de estudar inglês

Pesquisei bastante sobre as escolas e estudei em duas que me deixaram muito satisfeitas, disso eu não posso reclamar.

Estudava todos os dias da semana, três horas por dia e pagava em torno de 150 dólares mensais. Extremamente barato! Quando que se paga isso num cursinho de inglês no Brasil?? Não posso falar nada das duas escolas que estudei (CCLS e HARVEST). Aprendi demais nas duas, os professores eram bons e meu inglês melhorou muito nesse quase um ano que. Mas, o que fez com que meu inglês não estivesse ainda melhor foi o fato de não poder praticar absolutamente nada no dia a dia. Na padaria português, no mercado português. O máximo que pratiquei foi o espanhol, que lá também se ouve o dia todo. Depois ainda acabei me envolvendo com um americano com pais portugueses e dá-le português mais ainda.

Pergunta se me arrependo. Sim, me arrependo demaisssssssssssssssss. Talvez ter estudado em outra cidade e pagado um pouco mais caro, mas que ia me render melhores frutos. Ou estudar em Newark e morar em uma cidade próxima com menos imigrantes. Frequentar a escola é super importante, mas conviver com americanos, praticar, viver o dia a dia em inglês é muito mais.

CCLS, a escola que eu mais gostei de estudar

Haverst, segunda escola que estudei

Turma da escola em um happy hour

Pós-aula no Central Park (NYC)

Minha chileninha Bele, que estudava comigo, foi uma super companheira e é uma amiga grande amiga até hoje

Como trabalhar e a situação do visto nos Estados Unidos

A maioria das pessoas sabe que conseguir visto para viver ou estudar nos Estados Unidos está cada dia mais difícil. Tem tanta gente ilegal que permanece no país, não é novidade pra ninguém. Mas, não foi meu caso, permanecei legal com os seis meses de turista, voltei para o Brasil para ficar quinze dias e voltei novamente para os Estados Unidos com o visto de turista para mais seis. Suuuuuuper arriscado porque eles podem não autorizar a entrada. Podiam pensar que eu queria voltar para o país para ficar de vez e me obrigar a voltar pra minha casinha no Brasil. 

Quando voltei pra New Jersey fiquei parada na imigração cerca de duas horas, me encheram de perguntas (inclusive se eu tinha a intenção de fazer programa no país). Foi extremamente humilhante, Pegaram a senha no meu celular olharam a minha vida inteira, Aquele tipo de coisa que ninguém é obrigada a passar. Mas, acabei conseguindo entrar, acho que por pouco.

Podia ter tirado o visto de estudante, era uma opção. Mas, era muito gasto e preferi arriscar. Além disso, tinha um relacionamento e existia a possibilidade de acabar casando, já morávamos junto e tudo mais. Mas, acabou não dando certo e como eu já estava de saco cheio daquela cidade, não me adaptei ao clima, etc, resolvi voltar para o Brasil.

As únicas opções para ficar legal nos Estados Unidos são essas: visto de estudante, de turista (que pode ser prorrogado por mais seis meses depois de vencido), ou casando (rs). Outros tipos de visto como o de trabalho são extremamente difíceis, ou melhor, quase impossíveis.

Mas, e para trabalhar?

Bom, quem está com visto de turista, de estudante ou até mesmo ilegal no país não pode trabalhar!! Não é permitido por lei, mas conheço poucas pessoas que respeitam isso (rs). Claro, se vocês estiverem sendo “bancados” por alguém no Brasil tudo bem, mas viver sem trabalhar é quase impossível. Aí é hora de encontrar aqueles famosos empregos que a gente já ouviu falar ou até mesmo já experimentou: babá, faxina, bar, construção, restaurante e afins. É o que tem, porque outros tipos, como em empresas, não aceitam. Até para realizar trabalhos voluntários é difícil se não tiver o ID (RG deles). Tentei me candidatar para ser voluntária da Cruz Vermelha e eles não me aceitaram por falta de documentos (rs).

A ilusão de todo brasileiro X realidade

Muitas pessoas acham que qualquer emprego nos Estados Unidos dá dinheiro. Não é assim. Uma manicure cobra 30 dólares para fazer a mão e vejo pessoas no Brasil falando, “nossa, vou para lá pra ganhar 120 reais em uma unha”’. Gente, as pessoas ganham em dólar e gastam em dólar, não existe essa conversão. O salário aqui é praticamente igual ao Brasil, a diferença é o custo de vida que é barato!! Sobra dinheiro!! Dá pra viver com pouco. Mas, trabalhar nesses serviços que citei acima são extremamente desgastantes, depende muito do que vocês queren pra suas vidas. Juntar dinheiro? Viver ilegal no país para ganhar dólar e não poder nunca mais ver a família e visitar o Brasil? É questão de escolha, de prioridades. Não caiam na ilusão que nos Estados Unidos se ganha rios de dinheiro trabalhando pouco, que se paga muito melhor do que no Brasil, que vale a pena ficar ilegal..não é bem por aí!

Mas, acho bem válido que se a pessoa está passando um tempo estudando, legal no país, ela aproveite pra trabalhar, sim. É ilegal, mas todo mundo permite, o governo "finge que não permite", mas aproveita a mão de obra barata, É um troca, um jogo de interesses. Tirar um dinheirinho honestamente quando está morando fora pra poder se manter não acho errado, e claro, eu também trabalhei.



Como era o meu trabalho nos Estados Unidos

Quando cheguei nos Estados Unidos, entrei no país com algum dinheiro, suficiente pra me manter mais ou menos dois meses, tempo suficiente para arrumar qualquer bico pra começar. Em menos de quinze dias arrumei trabalho em um jornal brasileiro (Brazilian Press) para escrever algumas coisinhas, mas, apenas como colaboradora, sem ganhar nada. Aceitei porque seria um plus no meu currículo como jornalista, uma experiência como essa e não me atrapalharia, podia fazer em casa e conciliar com um serviço remunenado.

Acabei ficando no jornal em torno de três meses porque o dono do jornal começou a me prometer coisas e não cumprir, me assediar e vi que isso não era pra mim. Algumas pessoas aproveitam dos brasileiros (brasileiros mesmo, que deveriam se unir e ajudar quem está chegando) que chegam no país para explorar, assediar, fazer chantagens e propostinhas indecentes. Ca;i fora assim que me dei conta disso.




Mais pra frente consegui um trabalho em outro jornal, o Brazilian Voice, que aí sim é um jornal sério e com pessoa íntegras, e passei a escrever uma coluna semanal de celebridades brasileiras. Escrevo até hoje. Em outubroo de 2018 completo três anos colaborando para esse jornal. Para mim foi bem importante para o meu currículo e experiência profissional. Quem quiser conhecer o jornal e ler a minha coluna que geralmente sai toda quarta-feira: www.brazilianvoice.com. Para acessar a minha coluna é só clicar em "social".



Outros trabalhos na área de jornalismo

Quem me acompanha ou já leu um pouquinho sobre minha vida sabe que estou terminando a graduação de Relações Internacionais e sou jornada em jornalismo desde 2008. Meu último emprego antes de viajar aos Estados Unidos foi repórter policial da Record Tv e Tv Band.

Para trabalhar em uma TV nos Estados Unidos é necessário GreenCard, ter um inglês perfeito sem sotaque (isso é praticamente impossível). Ninguém aceita um turista ou estudante de inglês. Então, apesar de ter tentado muito acabei desistindo da ideia até um dia que eu conseguisse meus documentos. Mas, acabei conhecendo a TV SIC Portuguesa, que tem um pequeno escritório em Newark e eles me ofereceram fazer um piloto de programa brasileiro juntamente com um cinegrafista brasileiro deles, onde cobriríamos shows de cantores brasileiros que estivesse em turnê internacional nos Estados Unidos e matérias contando histórias de brasileiros que deram certo nos Estados Unidos. Ah, o programa também teria um quadro de culinária brasileira.

Achei o pilotinho do programa no YouTube, clique aqui para assistir :)


Eu e meu cinegra brasuca Márcio, nos divertíamos muito
Gravando em NYC

Credencial americana de imprensa

Apenas dois programas foram ao ar. Não tinham verba, não tinham recursos suficientes. A ideia era bacana, o programa muito legal, mas a TV alegava que tínhamos que conseguir patrocínio próprio, etc e não deu nada certo. Não questionaram meu status de turista, era tudo uma bagunça. Mas, foi bem legal. Gravamos muitas entrevistas, fiz matéria com diversos cantores sertanejos que estavam na América, foi uma experiência bacana. A SIC Portuguesa é uma TV grande em Portugal, super tradicional, e nos Estados Unidos tem esse escritório que apenas recebe conteúdo de fora pra transmitir no país. Não tem produção própria, então sem verba realmente fica muito difícil.


Entrevista com o cantor sertanejo Eduardo Costa

Entrevista com o cantor sertanejo Léo Nascimento

Post no Instagram do cantor sertanejo Rick após a nossa entrevista

No estúdio da Sic Portuguesa, prepardos para gravar


Entrevista com a brasileira que vive nos Estados Unidos e tem um canal no Youtube 

Entrevista com os cantores Henrique e Juliano

Outros empregos

Depois disso, passei a procurar outras coisas para tirar um dinheirinho e pelo menos conseguir me manter. Trabalhei como baby sitter (eu adoro crianças e na minha opinião é o chamado "subemprego" mais legal e menos cansativo para uma mulher), arrisquei um dia na faxina (desisti porque é pesado demais). Para encarar trabalhar fazendo faxina pra quem tem uma formação acadêmica, pra quem não tem preparo físico, etc é muito difícil, mexe com sua vaidade, psicológico, corpo, tudo! Precisa estar muito disposto e com uma grande ambição de ganhar dólar. Não era  meu caso, não consegui encarar e admiro pessoas que se submetem, realmente não é fácil.

Não me arrisquei trabalhar em bar, mesmo porque meu namorado não gostava que trabalhava na noite, etc. Mas, muita gente trabalha em bares e restaurantes e não se ganha mal, apesar de trabalhar demais e não ter quase nenhum final de semana livre.

Fiz alguns trabalhos passeando com cachorros. Me inscrevi em uma agência e eles chamavam esporadicamente. Tem que tomar cuidado porque esses empregos que são divulgados na internet podem ser golpes. Eles pedem um cheque seu para garantir o emprego, etc. Quase cai nessa!!!

Enfim, fui me mantendo e focando nos meus estudos até voltar ao Brasil. emprego não falta pra quem quer trabalhar. Dá pra trabalhar fazendo de tudo, desde os serviços mais leves até os mais pesados. Quer se manter nos Estados Unidos sem gastar seus reais? É possível, basta ter bastante disposição e correr atrás.

Como enfrentar o clima?


O vento é sempre o pior inimigo

O clima é um dos fatores que me levou a desistir dos Estados Unidos. Na região que morei são quase oito meses de inverno. E, o verão é horrível!! Quase não dá pra sair de casa de tanto calor! É um calor insuportável e a umidade é fora do comum. Ou seja, nenhuma estação do ano nesse lugar me agradava. Muita neve no inverno e pra quem não tem carro, que era meu caso, fica muito difícil viver bem. 

Caminhar na rua no inverno é difícil demais. Sofri, peguei mais de dez graus negativos, não era fácil. Acordar quase todos os dias do ano vendo um céu cinza, triste, me deprimia muito!! Vi uma reportagem em um jornal de lá que dizia que o índice de suicídios por conta da depressão causada pelo clima é bem grande! E deprime mesmo!!! Viver nos Estados Unidos hoje com esse clima, só se eu tivesse uma vida mais confortável, documentos para trabalhar com o que eu gosto e um carro,sem carro não dá.

Morar em outro estado seria melhor, mais qualidade de vida. Miami, California, Orlando, Texas, onde o clima é mais parecido com o do Brasil. Eu adoro um friozinho, mas não o inverno daquele jeito e sem ter nenhuma comodidade para amenizar a situação.

Uma dica: se vocês pretendem morar nos Estados Unidos estudem bem pra onde vocês querem ir! O clima influencia muito no seu humor, para encontrar trabalho, pra estudar, pra fazer turismo, pra tudo! Ganhar dólar é legal, estudar também, mas tem que se sentir feliz! Conheço muita gente que vive na América, mas é infeliz por causa do clima! Pesquise sobre isso, estou falando por experiência própria. 


Neve na Ferry Street

Neve ne Ferry Street

Por outro lado, quem não liga pra isso e vai viajar para um local que realmente faz frio como Newark, precisa tomar bastante cuidado até o corpo se adaptar. Se agasalhem bem, usem protetor para as orelhas, cachecol. O vento é o pior inimigo. Muitas vezes não vai estar tanto frio, mas o vento é tão forte que corta a pele, congela o corpo da pessoa! O nariz pode sangrar e pode faltar ar. Saiam na rua prevenidos porque dentro de casa vocês não passarão frio. Há aquecimento central (heater) em praticamente todas as casas e estabelecimentos comerciais.


O pós-neve, quando ela fica suja e escorregadia



Quem vive no frio ou se adapta e tenta curtir a vida, ou foge! Antes de fugir, tentei viver um vida normal. Passar oito meses dentro de casa por causa de frio não é legal, né amores? Não posso dizer que não colecionei momentos especiais também.


Patinar no gelo pode ser um dos principais lazeres

Quem nunca teve essa vontade?


 Eu e a minha amiga Rose, duas jornalistas loucas enfrentando o frio de Newark



A gente tenta aproveitar o melhor do frio (NYC)

o vinho sempre foi o meu companheiro no inverno, em especial esse vinho do porto  que pra mim é o melhor de todos e custa apenas 13 dólares

Turismo em Newark

Pra falar a verdade não considero essa cidade turística. É legal conhecer os bares,  frequentar shows brasileiros, restaurantes e baladinhas brasileiras. Por que não? De resto, não lembro de algo muito interessante. Aproveite pra comer comidinhas brasileiras, portugueses e hispanas, as comidas são top!


Show do Israel Novaes na virada do ano




Uma das diversas padarias brasileiras que têm em Newark

Sou viciada em pão de queijo e em Newark tem em todo lugar, na maioria deles 4 por um dólar esão deliciosos

Festa brasileira em Newark durante a Copa do Mundo de 2014 (nessa época eu vivia em NYC)
Dia de Portugal, uma festa típica que acontece em Newark todos os anos e dura três dias

Show do Art Popular em Newark


Jogo Brasil e Costa Rica, no estádio em Newark

Altas horas, lanchonete brasileira muito boa, com o melhor pão de queijo recheado com catupiry que comi na minha vida

Melhor pão de queijo recheado do universo

Casa Nova Grill. restaurante brasileiro muito bom também

Todos os pratos são muito bem servidos e a maioria deles muito baratos se formos comparar com o Brasil

Na minha opinião, o restaurante brasileiro mais gostoso da cidade!


Mas, há várias cidades lindas e próximas que é possível conhecer de trem! As minhas duas preferidas são: Nova Iorque e Hoboken. Nova Iorque já fiz um post grande quando eu morei um tempinho por lá, então não vou falar muito sobre ela. O acesso para Nova Iorque de Newark é super fácil. Newark tem uma estação de trem (Newark Penn Station). É só pegar o trem que custa 5,25 dólares e descer na segunda estação. Já está na cidade que não dorme. Essa também é uma das vantagens de estar em Newark. Quem não gostaria de ter NYC como vizinha?




Aqui vocês conseguem acompanhar os horários dos trens


Agora, vou compartilhar com vocês sobre Hoboken, uma das minha cidades preferidas no mundo! :)

                                                       A linda e charmosa Hoboken



Hoboken é uma cidade do Estado de New Jersey e fica separada de Manhattan (NYC) pelo rio Hudson. Ela é a cidade natal do Cantor Frank Sinatra. A maioria dos turistas vai pra NYC, nem sabe que essa cidade existe e acaba perdendo a oportunidade de conhecê-la. Eu mesma só fui conhecer quando morei nos Estados Unidos, antes nem tinha ouvido falar sobre ela. Para ir de Newark até Hoboken a melhor maneira é o trem. As passagens custam 2,75 dólares e o trajeto gira em torno de meia hora/quarenta minutos.

Essa cidade linda é considerada um subúrbio pacato e sofisticado. Quem visita Hoboken minha dica é passar pelo calçadão da Frank SInatra, construído após a passagem do furacão Sandy em 2013,  No pier A Park, há um gramado gigante. É uma das principais atrações no verão. Já o River Waterfront Walkway é uma passarela de madeira que avança sobre o rio com espaços ideais para observar a cidade vizinha Novq Iorque. Há parquinhos também para as crianças.


Na estação, a caminho de Hoboken




Pier A Park

Rosangela (minha amiga desde 2005) e eu, agora em 2018. Estudamos jornalismo juntas e hoje ela vive na mesma cidade em que vivi


River Waterfront Walkway

Bem próximo há a Washington Street, que é considerado o coração da cidade. São 14  quateirões de lojas, restaurantes das mais variadas especialidades e bares para todos os gostos. Quem gosta de comer um docinho, há uma filial da doceria Carlo`s Bakery, do famoso Buddy Valastro.





É uma cidade limpa, agradável, para quem quer ter contato e frequentar lugares americanos de verdade. É um local calmo, com bastante verde e construções lindas. Super agradável para passar uma tarde, caminhar, comer algo e tirar fotos incríveis. Recomendo muito!

                     Dicas do que é barato e vale a pena comprar em New Jersey


Muitas pessoas viajam para os Estados Unidos para fazer compras: roupas de marca, bolsas, perfumes, calçados, celulares etc, isso não é nenhuma novidade. As dicas que vou dar agora são para quem pensa em morar em New Jersey (em especial Newark) para ter uma ideia do que é caro ou barato. Coisinhas do dia a dia, sabe? Vou escrever baseada no que vivi em NJ, não posso falar pelos outros Estados, mas acredito que não foge muito disso e dá pra ter uma boa noção de como as coisas funcionam. São pequenas informações que fizeram toda diferença pra mim,

1- Academia: vale a pena treinar porque as academias são boas e baratas. Não conheço nenhuma que seja mais de 60 dólares! E têm todos os aparelhos, são muito boas, oferecem vários tipos de aula. Quando vivia em NYC pagava 19 dólares na minha! De graça. né? Então quem gosta de treinar, vai mudar de país e continuar treinando sem precisar se preocupar. A única desvantagem é que a maioria das academias não têm professores. Tem que se virar ou pagar um personal.


2- Supermercado: Fazer comprar é uma delícia porque é tudo muito mais barato do que no Brasil, nem tem comparação. Se come muito bem e gastando pouco. E tirem da cabeça aquela ideia que americano só come hambúrguer. Se vocês quiserem não faltarão lanches em mercados e restaurantes, mas em contrapartida vai encontrar todos os tipos de comida, desde porcarias até as coisas mais fit do mundo. Dá pra se alimentar da maneira que preferirem, inclusive com muito mais variedade do que no Brasil.

Como um produto brasileiro pode ser mais barato do que no Brasil?

Preciso compartilhar um dos meus vícios nos Estados Unidos (rs)





No Brasil não encontramos um pacotinho desse por menos de 10 reais


Por incrível que pareça, até cozinhar umas coisinhas diferentes estava aprendendo quando morei fora do Brasil

3- Planos de celular e internet: quem não tem documento no país fica meio impossível ter um plano pós pago no país, porém há planos pré pagos super baratos, com internet e ligações ilimitadas, Na época que morei lá tinha um plano que pagava 30 dólares por mês com internet e ligação ilimitadas, inclusive ligação internacional! Ligava para o Brasil todo dia (rs)! E a internet é boa, viu?!

4- As famosas lojas de um dólar: tentem encontrá-las, têm muitas espalhadas por todo canto dos EStados Unidos. E essas lojas não são como aquelas do Brasil que supostamente seria tudo por 1,99 reais e quando a gente entra não tem nada nesse valor. Essas lojas de um dólar são realmente um dólar! E lá dá pra encontrar de tudo: produtos de limpeza, alimentos, materiais escolares, produtos de higiene pessoal, muambas (rs), tudo que a gente necessita! Elas semore foram pra mim uma "mão na roda", amo muito!














5- Umas gordices para os dias offs de dieta: se vocês são viciados em Md Donalds, Pizza Hut e Dominos, aproveitem!! São super baratos, não são um roubo como no Brasil Coma mesmo porque vale a pena (rs)! 






6- Taxi: Vou falar por Newark, não sei como é em outros lugares. Mas, lá o preço é padrão, seis dólares para qualquer lugar da cidade. Cidades próximas pagava em torno de 10...
É barato se formos comparar ao Brasil e muitas vezes devido ao frio, caso vocês não tenham carro, será necessário.

7- Acessórios para o frio: Pelo menos em NJ são muito baratos (NYC São caros!). Luvas, protetor para orelhas, tocas, gorros,lenços, você encontra a preço de banana. Não vale a pena trazer do Brasil. Esses acessórios não passam de cinco dólares! A maioria deles 1, 2...3...máximo! Mesmo que vocês levem reais, ainda vale muito a pena! Já casacos, jaquetas, etc, se forem pagos em reais sairá bem salgado, mas talvez seja necessário comprar alguma coisa lá porque os casacos brasileiros não são próprios para o frio da América.




Algumas das minhas dezenas de coisinhas compradas nos Estados unidos a preço de banana

A experiência de morar nos Estados Unidos sempre vai ser incrível. Talvez não tenha escolhido a cidade correta, porém aprendi demais em relação a tudo: me tornei mais independente, convivi com um frio que não conhecia, vi neve, conheci pessoas novas, melhorei muito o inglês, pratiquei bastante o espanhol, aprendi a conviver com a saudade, me relacionei, me virei na cozinha, tive experiências profissionais internacionais, colecionei momentos e fotos para a vida toda. Passei por várias dificuldades, mas que me fizeram mais forte. Na minha opinião todas as pessoas que tiverem a oportunidade de saírem dos seus países para viverem uma experiência como essa, mesmo que temporária, devem fazer sem pensar duas vezes. Eu voltei ao Brasil totalmente diferente, com a mente aberta, enxergando a vida de outra maneira.

Depois dessa experiência ainda voltei duas vezes para NJ, no ano novo de 2016 e em março de 2018. Alíás, estou escrevendo exatamente em março de 2018, voltei de lá há poucos dias. :)

Gostaram do post? Dúvidas? Deixem comentários! Beijinhos :)




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