Boneca de ferro vivendo em Chicago

by - domingo, dezembro 17, 2017


Olá, gente! Hoje vou contar um pouco de como foi passar uma temporada em Chicago! :)




Passar um tempinho em Chicago foi uma experiência muito interessante. Eu queria muito conhecer porque tinha uma vontade antiga de morar nos Estados Unidos e precisava ter uma ideia de como era. Tenho uma amiga que mora em Chicago há muitos anos e se casou com um americano. Passei dois meses lá na casa deles (como sempre digo, de dois meses em diante já considero morar!rs). 



No aeroporto, prontinha pra mais uma aventura




Nas fotos acima, eu e a Ju, dona da casa e que se tornou minha amiga depois que nos conhercemos dentro do avião durante uma das minhas viagens ao Chile :) Foi depois dessa viagem que tomei a decisão de morar nos Estados Unidos. Depois de ler esse post, clique aqui e saiba tudo de como foi morar um ano por lá!

Chicago é linda e limpa. A maior parte de seus habitantes é descendente de alemães, poloneses, ucranianos, gregos e suecos. É a cidade mais populosa do estado de Illinois. Ainda não é uma das mais procuradas pelos brasileiros, mas encanta a todos que decidem passar alguns dias por lá. Talvez seja pelo frio. No inverno a temperatura passa dos vinte graus negativos. Minha temporada por lá foi em 2012. Enfrentei um frio meio tenso, mas já era início da primavera, então sofri um pouco menos.








Dia a dia em Chicago

Creio que quem vai estudar em Chicago precisa se hospedar mais próximo do centro ou ter pelo menos um carro. A casa da minha amiga Juliana estava localizada em Woodridge, 40 minutos do centro. Bem afastado de tudo, até a pé era difícil de encontrar uma padaria ou um mercado, então a maioria das coisas eu fazia acompanhada dela quando ela chegava do trabalho. Nossos passeios eram feitos durante noite, finais de semana e nos dias de folga da Ju.


Depois de tantos anos sem ir aos Estados Unidos tinha até esquecido de como eram lindos os biquínis/shorts usados pelas americanas (rs).

Diferente daquelas viagens como mochileiras, dessa vez fiquei muito bem hospedada, quarto individual e confortável, podia me arrumar para sair e fazia tudo com a Juliana de carro com uma guia que conhecia tudo em Chicago. Sorte, né? Só era um pouco chato porque não dava para fazer nada a pé, sair explorando a cidade, ficava bem entediada, mas fora isso não posso reclamar de nada.

Pois é, viagem de princesa (rs), diferente de muitas outras ou até mesmo da maioria que eu fiz (rs). O condomínio que ela morava contava com restaurantes como o Buffalo Winds (melhor franguinho empanado da vida) que eu adoro e até um Cinemark. Além disso, consegui manter os meus treinos em dia. Tinha uma academia no local e pude treinar sempre que queria, e que o frio permitia que eu saísse da cama. O frio dos Estados Unidos faz com a gente tenha vontade apenas de comer, comer, comer, tomar vinho e dormir.




Condominío onde fique hospedada







Passeando em Chicago

Selecionei alguns passeios que fiz e gostei bastante:

Riverwalk em Naperville: é um parque lindo e tranquilo, ideal para passar uma tarde de verão ou pelo menos passar por lá no inverno para tirar umas fotos. No dia que fui o tempo até que estava bom e consegui passear bastante. Há diversas esculturas ao ar livre e instalações recreativas. Nos dias de sol vocês com certeza encontrarão pessoas de todas as idades, idosos caminhando, crianças se divertindo e lindas fontes funcionando. Tudo limpinho e organizado, outro mundo.








Dizem que esse bebedouro foi feito pra mim(rs)








Oakbrook Center: fiz alguns passeios “meio de gente nativa”. Quem vive no local conhece muito mais do que o que é oferecido para um turista e é exatamente isso que eu gosto, conhecer um pouco mais da cultura do local, o que eles fazem no dia a dia. Esse shopping é uma ótima opção para quem quer passear, comprar roupas de grife e comer em bons restaurantes. O endereço dele é 100 Oakbrook Center, Oak Brook, IL 60523, EUA.







WillisTower: é o segundo mais alto edifício da América do Norte. Fundado em 1974, tem 108 andares e um observatório (Skydeck) no topo dele. A vista é espetacular e fica bem no centro de Chicago. O Skydeck ainda conta com uma atração um tanto quanto assustadora: uma passarela de vidro que dá a sensação que você está caminhando pelo céu de Chicago. Sim, dá medo, mas vale muito a pena tirar umas fotinhos por lá. Há lojinhas (caras) para comprar lembrancinhas, uma no térreo e a outra no centésimo andar.

Há muitos painéis espalhados pelo observatório que contam com fotos e curiosidades sobre a história de Chicago. Na época paguei 18 dólares o ingresso e creio que não deve fugir muito disso. Minha visita foi durante o dia, mas dizem que no final da tarde é muito mais bonito porque você pode apreciar o lindo pôr do sol. A melhor forma de chegar no edifício é de transporte público ou táxi. Estacionamento no centro de Chicago é caríssimo, tipo NYC!




Bem baixinho (rs)




Aquela pose rápida pra tirar foto, sem olhar pra baixo (rs)



Millenium Park: foi um dos lugares que mais gostei. No dia que fui estava um frio de doer, mas o parque não perde sua beleza por conta disso. Ele fica no centro, na avenida Michigan e foi inaugurado em 2004. É um verdadeiro museu a céu aberto com várias atrações. Selecionei as que eu visitei e mais curti!





Harris Theater for Music and Dance (fica dentro do parque)





É tão maravilhoso ver um ligar limpinho assim! Chicago é simplesmente um exemplo de cidade dos sonhos. Se não fosse o frio que faz lá, seria um local que moraria sem pensar duas vezes!
Crown Fontain: é uma fonte maravilhosa muito usada pelos moradores no verão. No meu caso, não consegui colocar sequer o dedo mindinho na água por causa do frio (rs). É diferente de todas as outras que já tinha visto porque são duas fontes de luz como se fossem telões que revezam imagens de rostos de moradores de Chicago. Elas soltam água que refletem no chão. Muito criativo!


Cloud gate/The bean: A escultura é conhecida popularmente como feijão devido ao seu formato. Imaginei que fosse bonita, mas não pensei que passaria tanto tempo me divertindo com os reflexos dos prédios, da paisagem e de mim mesma. Coitada da minha amiga que já tinha visitado tudo isso umas cem vezes e teve que me aguentar querendo conhecer tudo e ainda teve que tirar duzentas fotos pra mim (rs). A escultura pesa 100 toneladas e é composta por 170 placas de aço que refletem o urbanismo da cidade. Eu amei <3. Há muitas atrações nesse parque, portanto reserve pelo menos três horas do seu dia para ele.






Brookfield Zoo

Quem vai passar menos de cinco dias em Chicago não aconselho conhecer um zoológico, óbvio. É legal e tudo mais, mas há outras prioridades. Quem tem mais tempo e pode fazer esses passeios menos turísticos eu super recomendo. Fui parar nesse local porque na época a minha amiga trabalhava como baby sitter e teve que levar as crianças que ela cuidava para passear. Como amo crianças, adoro passeios que fogem do turismo, tinha tempo e queria conhecer o trabalho dela eu acabei indo. Ele fica no subúrbio de Brookfield, Illinois e abriga cerca de 450 espécies de animais em uma área de 216 hectares. Ele foi o primeiro na América a exibir pandas gigantes










O local é enorme, as crianças amaram... e eu também! A diversidade de animais, variedade de lanchonetes, apresentação de golfinhos, aquário e a limpeza e organização me conquistaram. Parece mais um parque de diversão.


Endereço: 8400 W 31st St, Brookfield, IL 60513, EUA







Tanta fofura que deu vontade de levar embora para o Brasil!


Restaurantes temáticos


Quem acompanha meus posts e/ou minha vida nas redes sociais sabe que sou super chata pra comer. Nada de carne vermelha, nada de quase nada (rs)! Por isso, indicar restaurantes aqui não é meu forte, ao menos que goste muito ou que alguém de confiança me recomende eu coloco no post. Quando viajo costumo escolher um lugar diferente, restaurantes temáticos, algo que não tem no Brasil pra ver como é. Curto tudo que foge do comum, mais a decoração e o ambiente do que a comida propriamente dita (rs). Selecionei três dos que eu mais gostei em Chicago usando esse critério. Um, que o cenário se passa dentro de uma floresta tropical, o segundo que é típico mongolês e o prato é feito de uma forma toda especial e diferente, e o terceiro é um que os garçons maltratam os cliente de propósito! Esse último daria tudo pra ir de novo. Nunca ri tanto!

Rainforest Café: fica no centro de Chicago. Como eu disse, o cenário se passa em uma floresta. Ele é bem famoso, principalmente as unidades que tem dentro da Disney. Possui uma loja e bares com vários aquários. Caso tenha que esperar na fila para conseguir uma mesa, não falta distração. Há também várias estátuas de animais selvagens espalhados pelo restaurante e você pode escutar o canto dos pássaros enquanto come. É método a la carte e o cardápio me pareceu bem variado. A comida é boa, mas a decoração é o que mais vale a pena. 






Mongolian Barbecue Grill Naperville: é um restaurante com comida típica mongolesa, com uma grande variedade de carnes e pescados. Tinha até um franguinho pra mim, já que não como carne vermelha e nem peixe (rs)! A decoração é super bacana e o cliente tem a oportunidade de escolher cada ingrediente, inclusive os temperos e ainda vê o Chef preparar (com toda sua habilidade) tudo em uma chapa que fica localizada no meio do restaurante. Tudo muito bom!






Ed Debevic’s: um americano/mexicano que conheci lá mesmo, me levou nesse restaurante e jamais imaginei que os garçons brincavam de tratar mal os clientes. Caí que nem uma boba na pegadinha, desde quando estava olhando o cardápio para fazer o pedido e o garçom me disse: “vai demorar muito?”. Depois pedi um canudo e ele atirou pra mim de onde estava, do outro lado do restaurante. Até comecei a ficar meio irritada, mas me dei conta que era brincadeira quando, no meio do atendimento, todos eles largaram as bandejas, subiram nas mesas e cadeiras e começaram a dançar. Me matei de rir e meu acompanhante me contou a verdade (rs)! 

O forte do restaurante são os lanches, muito bons e não tão caros. Os garçons com certeza são atores porque maltratam os clientes sem sorrir uma única vez, além de vestirem trajes chamativos. Servem grandes hambúrgueres, cachorros-quentes, pimentão caseiro, batatas fritas, etc. Mas, não espere um "por favor" ou "obrigado, senhor" nesse lugar (rs). Depois que fiquei sabendo da brincadeira passei a reparar nas mesas do lado e foi demais. “Tá aprovada a comida? Porque se não tiver o problema é seu, você que vai pagar”, “Dá pra assinar o comprovante do pagamento com um pouco mais de rapidez?”, “Vai gastar todos os guardanapos da casa?”. Olha, foi uma noite megaaaaaa divertida. Adoro esses lugares que fogem do padrão e levam alegria para as pessoas até mesmo na hora das refeições. 





Luiz, uma pessoa muito especial que conheci durante a viagem. Foi meu companheiro em diversos passeios e até hoje é um grande amigo


Obs: Que triste! Acabei de entrar na página deles e diz que o restaurante está fechado temporariamente, mas pretendem reabrir ainda esse ano. Portanto, antes de visitarem Chicago vejam se ele já está de volta! :(


Vida noturna em Chicago

Como a minha amiga era casada e trabalhava cedo todos os dias não curti muito a noitada em Chicago, apesar de ter ouvido por aí que não faltam baladinhas e pubs pra quem gosta de agitação. Não tinha carro e como estava afastada do centro e o transporte público era meio complicado por lá, quase não saía sem ela.

Meu propósito na cidade também não era curtir a noitada e o frio também não ajudava. Minhas noites eram em casa colocando as fofocas em dia, cinema, shopping e restaurante. Saí duas vezes para dançar, mas como acabei conhecendo um amigo meio americano, meio mexicano, ele me levou em um bar latino, com muita salsa e drinks típicos.

Lalo’s Restaurant: É muito bacana, ainda mais para uma pessoa como eu que amaaaa dançar música latina. Me acabei. É um espaço bonito, que serve comida mexicana e quase nada turístico. A maioria dos frequentadores moram em Chicago, mas são latinos.


Passeando em Navy Pier




Essa viagem a Chicago foi uma das únicas vezes que não preparei um roteiro, só dei uma pesquisada de leve na internet. Minha amiga disse “deixa comigo”, eu confiei e deu super certo porque já sabia que ela era uma pessoa super viajada e que morava lá há anos e conhecia de tudo. 

O Navy Pier é sem dúvida nenhuma um dos lugares mais conhecidos de Chicago que fica na costa, na Avenida Michigan. Foi criado em 1916. Fiquei sabendo que a ideia original era de que o pier servisse de apoio para carga e descarga, mas também oferecesse entretenimento para quem estivesse por ali. Na década de 90, depois de vários altos e baixos, o pier ganhou um novo controlador, que reformou toda a estrutura, colocando lojas, cinemas e restaurantes no local.







O que fazer por lá?

Andar sem rumo: conhecer, observar e ir parando para registrar os momentos, fazer comprinhas, beber e comer. Um dos melhores momentos da minha viagem a Chicago foi justamente sentar em um dos bancos do Navy Pier e observar os belos prédios da cidade e o contraste com o rio de um azul incrível. Só por isso já teria valido a pena.

O Navy Pier possui muitas outras atrações como uma roda-gigante, literalmente gigante (rs). Para comer, o local também é uma boa opção. A mais famosa é uma filial da rede Bubba Gump, inspirado no filme Forrest Gump e com um cardápio de frutos do mar, além de restaurantes com massas e sanduiches. Fui com a minha amiga e o marido e eles passaram horas nesse restaurante se deliciando com os frutos do mar, que no caso, eu não como (rs).








Uma dica importante para quem não for no verão: além do frio, lá venta muito! Portanto, não esqueça de levar um casaco. Outra coisa legal é que no Navy Pier há muitas lojinhas que vendem imãs e artesanato para levar de lembrancinha da viagem. Passaria dias escrevendo tudo que conheci em Chicago, mas procurei fazer uma seleção de tudo que mais gostei. Fiz um bate e volta no Parque Indiana Dunes e finalizarei meu post contando como foi. Antes vai algumas DICAS para não passar grandes perrengues em Chicago.

1- Chicago no inverno passa dos vinte graus negativos, portanto leve roupas apropriadas! As roupas de inverno do Brasil não servem para esse tipo de clima então leve um dinheirinho a mais para comprar lá! 

2- Conheça as “Dollar Tree da vida”. Há muitas espalhadas por Chicago onde tudo tem o preço de um dólar. Dá pra comprar muitas coisinhas bacanas que no Brasil são dez vezes mais caras!
3- Se não tiver carro não fique longe do centro da cidade. O transporte público não é tão acessível assim. Sofri bastante com isso o tempo que vivi lá.

4- Se sua intenção for curtir o frio então vá no inverno, apesar de que todos dizem que as atrações de Chicago são mais próprias para o verão


Bate e volta em Indiana Dunes National Lakeshore






Conheci a Cássia, mais uma brasileira que vivia em Chicago através da Juliana e elas tiveram a ideia de me levar até esse parque para passar o dia. 


Eu e a Cássia, que hoje vive com o marido na Flórida

Esse lugar lindo fica a 80 km do centro de Chicago. Fomos de carro e apesar do friozinho, fez sol e conseguimos desfrutar das dunas, caminhar e relaxar. O Indiana Dunes National Lakeshore oferece acesso a belas paisagens e uma grande variedade de atividades de lazer. Dá caminhar, pescar, nadar e até mesmo andar a cavalo e acampar. Planejar uma viagem para Indiana é sinônimo de relaxar com a família e amigos na natureza. A atração principal são os 24km da praia ao longo da ponta do sul do lago Michigan. Há muitos pontos de acesso diferentes para a praia e cada um tem uma paisagem única.




Fotos com celular? Não, com a minha companheira Cyber Shot Pink (rs) 

Quem curte caminhar o local conta com 50 quilômetros de trilhas sobre dunas acidentadas. Caminhamos pouco e logo encontramos uma partezinha calma para tirar os sapatos, sentar, dar uma relaxada e jogar conversa fora. Mesmo assim, andar pelas dunas é certeza de dores nas pernas no dia seguinte.

O parque é limpo, cheio de pássaros, dá gosto de ver. Segundo informações do site deles, a medida que as estações mudam, o mesmo ocorre com as oportunidades de lazer, as horas de funcionamento das instalações do parque e os fechamentos e preocupações com a segurança, então vale a pena dar uma consultadinha na página para planejar tudo isso antes de ir. Passamos umas três horas por lá, que foi o suficiente para sentir vontade de voltar.



Gostaram do post? Dúvidas? Deixem comentários! Beijinhos :)

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