Voluntariando com refugiados
Olá, gente! Esse ano (2018) completo dez anos como voluntária. Passei por muitas áreas, por diversas ONGs e Instituições e tive centenas de experiências incríveis na minha vida. Mas, foi no comecinho de 2016 que me encontrei trabalhando com refugiados. Vou contar um pouquinho para vocês de como me achei nessa causa :)
Dia das Boas Ações com o Instituto Adus no parque do Ibirapuera
Mas Alethea, por quê refugiados? Todo mundo me pergunta isso (rs). Na verdade meu sonho decriança sempre foi ser uma jornalista correspondente de guerra. É um tema que me atrai, coisa de paixão mesmo, não dá pra explicar. Fui repórter policial por três anos e amava. Como minha carreira profissional deu uma reviravolta e vi que seria muito complicado chegar a esse objetivo, resolvi procurar meios de poder trabalhar, mesmo que sem remuneração, com algo relacionado ao tema. No Brasil não têm guerras ( pra falar a verdade têm né, pessoal, mas outros tipos) e uma forma que encontrei de me envolver no tema foi "cuidar e integrar" pessoas que estavam vindo da guerra, de perseguições e vítimas de terrorismo. Essas pessoas que chegam ao Brasil também precisam da ajuda e estão extremamente abaladas financeira e psicologicamente.
Quando comecei a trabalhar com refugiados a guerra da Síria estava no auge e chovia imigrantes sírios no Brasil. Procurei ONGs que recebiam e assistiam a essas pessoas e pouco a pouco fui estudando e me especializando no tema. A crise migratória foi ficando cada vez pior, o número de refugiados no Brasil só aumentava e o trabalho dos voluntários foi ficando cada dia mais útil.
Na prática
Comecei a conhecer famílias refugiadas, não somente sírias, mas de várias partes do mundo, conhecer histórias, escrever reportagens (inclusive escrevo até hoje para o site www.migramundo.com), participar, ajudar, me envolver em projetos. Sou apaixonada por crianças e cada momento que vivia tocava meu coração e me fazia uma pessoa melhor. Fui percebendo que ajudar aquelas pessoas estava me ajudando também e a complexidade do tema foi me fascinando. "Me achei", como sempre digo.
Em 2016, comecei a faculdade de Relações Internacionais justamente por isso, mudei a minha vida profissional e hoje tenho inúmeros projetos relacionados ao tema, que com certeza darão certo e compartilharei tudo aqui.
Experiência no Haiti que mudou minha vida
Fiz uma viagem ao Haiti como voluntária (clique aqui para saberem como foi uma das experiências mais maravilhosas da minha vida) e esse trabalho foi a minha certeza que eu estava fazendo "a coisa certa". Haitianos não são considerados por lei como refugiados, mas são tratados como tal aqui no Brasil. Não deixam de ser né, gente?! No mínimo refugiados humanitários. Enfim, essa viagem mudou a minha vida, me fez crescer como mulher e me incentivou a continuar com meus planos. Hoje (março/2018) completo dois anos e três meses nessa jornada e não pretendo parar mais.
Ficaria aqui contando minhas experiências durante horas, mas como não é possível deixo aberto para perguntas e dúvidas de quem tiver interesse sobre o tema ou como ser um voluntário. Deixem comentários! :)
Abaixo compartilho algumas ações dos últimso dois anos. Não dá pra fazer posts e resgatar cada trabalho, seria impossível. Portanto, esses registros são apenas para que vocês conheçam. Prometo, que a partir das próximas ações farei posts completos :)

Recreação com crianças refugiadas africanas no parque do Ibirapuera
Recreação com crianças refugiadas africanas no parque do Ibirapuera
Recreação com crianças refugiadas africanas no parque do Ibirapuera
Curso de culinária que era promovido mensalmente pelo Instituto Adus para ajudar na renda dos refugiados. Na imagem, rfugiados colombianos ensinam aos convidados como fazer arepas e limonada típica
Meus amigos refugiados colombianos após o curso de culinária
Bazar promovido pelo Instituto Adus na Vila Madalena. Na imagem, refugiada africana vende artesanatos típicos para auxiliar na renda da família
Alguns dos voluntários do Instituto Adus
Refugiado paquistanês em em um dos bazares promovidos pelo Instituto Adus vendendo seus quadros e roupas típicas do seu país de origem
Pós- palestra que ministrei sobre meu trabalho voluntário realizado no Haiti em 2016
Recreação com crianças refugiadas promovida pela ONG Oásis Solidário em uma festa árabe

Bebê angolano. A imagem foi tirada em um evento promovido pela Cáritas

Grupo de voluntários que trabalhou em uma das festas de final de ano promovida pela Oásis Solidário para reunir todos os refugiados assistidos pela ONG e arrecadar fundos para a Instituição
Palestras ministradas por especialistas em refúgio e venda de comidas típicas em um event promovido pelo Adus
Palestra que eu ministrei quando voltei do Haiti para contar a minha experiência para voluntários e novos voluntários do Adus
Peça de teatro para crianças refugiadas promovida por voluntários do Adus com a intenção de promover a paz
Essa imagem foi muito tocante para mim. Uma criança refugiada de apenas seis anos desenhou um policial atirando. Isso mostra a realidade onde milhares delas são criadas em meio à guerra e terrorismo
Casal de sírios que perderam tudo na guerra e hoje sobrevivem no Brasil vendendo doces em eventos promovidos por instituições como o nosso Intituto Adus
Palhaços sem fronteiras fazem uma apresentação de teatro relacionado ao tema refúgio para as crianças refugiadas assistidas pela Oásis Solidário
Escola São Judas em parceria com a Oásis Solidário arrecada alimentos e participa da distribuição para as mais de cem famílias assistidas pela ONG
Em um dos bazares do Intituto Adus, fazendo a cobertura do evento para o site e redes sociais da Instituição

Evento da Hamburgada do Bem em parceria com o Instituto Adus com o intuito de ajudar famílias refugiadas. No local ofereceram comida, bebida e recreação para crianças refugiado
Curso de empreendedorismo promovido pelo Adus em que refugiados puderam saber mais sobre toda a burocracia para abrir o próprio negócio
Evento do estilista Ronaldo Fraga que desenhou e confeccionou camisetas com o tema refúgio que foram vendidas aos convidados. A renda foi revertida para a Instituição
Chá de bebê organizado pelos voluntários da Oásis Solidário para as mães refugiadas que estacam grávidas ou que possuíam crianás pequenas. Foram arrecadados e doados centenas de produtos, incluindo enxovais e oito carrinhos
Grupo de alunos de psicologia, oftalmologia e odonto passaram um dia na sede da Oásis para atender gratuitamente famílias refugiadas assistidas pela Instituição
Em um dos bazares do Instituto Adus, no museu Ema Klabin, com a Hanan, a pequena síria que transportou a tocha olímpica nas Olímpiadas do Rio e se tornou uma grande amiga minha
Apaixonada pelos turbantes que minha amiga nigeriana vende nos bazares do Adus. Cada dia saio com um diferente dos eventos
Baby from Angola
Estudante de odontologia passam um dia na sede da Oásis atendendo crianças refugiadas gratuitamente
Babies from Síria que hoje são como minha família
Longos dias de arrecadação
Apresentação de tango em um dos bazares promovido pela Adus
Em uma ocupação localizada no bairro Liberdade. Nós da Oásis levamos os Palhaços sem fronteiras para apresentar uma peça de teatro e divertir as crianças refugiadas
Gravação de um institucional para o Adus com um dos refugiados assistidos pela Instituição
Quase uma africana!
Haitiano em um dos eventos do Adus vendendo seus produtos
Curso de designer de sobrancelhas que idealizei juntamente com a minha amiga Neide, que tem um salão na zona leste de São Paulo. Em parceria com a Oásis conseguimos reunir refugiadas que fizeram o curso sem custo nenhum e ainda receberam certificado
Jornalista sírio que participa dos eventos do Adus vendendo produtos típicos e se tornou um grande amigo
Mais sobre o curso de designer de sobrancelhas
Dia de recreação dos volunt;arios da Oásis com crianças da ocupação localizada no bairro Liberdade
Evento em um shopping na Avenida Paulista em parceria com o Adus em que refugiados tiveram a oportunidade de venderem seus produtos. Na foto estou entrevistando um refugiado vindo do Togo
Babe from Síria
Eu e a Neuza, uma das voluntárias da Oásis. Na imagem estamos visitando uma criança refugiada síria que possue deficiência visual e motora. Na ocasião fiz uma matéria para contar a história de luta dela e de toda a família
Trabalhando como voluntária em uma Festival Árabe
Março de 2017, quando comecei a preparar o projeto que poucos meses depois levaria para a Grécia e desenvolveria com crianças refugiadas
Alethea em árabe e um café árabe também
Palestra que ministrei para voluntários do Instituto Adus sobre o trabalho que realizei em campos de refugiados na Grécia
Festa junina/bazar do Adus para auxiliar na renda dos refugiados
Voluntários na festa junina
Copa dos Refufiados 2017. Tive o prazer de ser madrinha do time da Nigéria, que inclusive foi o campeão!
Final da Copa no Pacaembu
Eu e a Hanan, que mostrei na foto lá em cima e disse que tinha transportado a tocha olímpica e que se tornou uma grande amiga :)
Pós-entrevista com o cantor Daniel em um evento do Adus no Clube Homs em São Paulo
Parte da equipe de comunicação do Instituto Adus
Kiko Zambianch - pós-entrevista em evento do Adus
Cobrindo para o site MigraMundo a estreia do documentário em que meus amigos refugiados são protagonistas
Dia mundial do voluntariado, No evento do Adus com minhas amiguinhas nigeriana e colombiana
4 comments
Alethea, parabéns pelo seu trabalho. Tenho certeza que é recompensador.
ResponderExcluirQue Deus te abençoe sempre. E que você possa continuar realizando essa missão linda.
Vejo suas fotos pelo facebook e instagtram, e resolvi conhecer o seu site rsrsrs
Mais uma vez parabéns.
Beijos.
Parabéns pelo trabalho amiga.
ResponderExcluirVocê é uma pessoa muito especial por cruzar o caminho dessas famílias!
Beijinhos, miguita :)
Alethea....el amor en movimiento...porque va y viene como la danza del viento....solidaria Brisa que arrastra el velo....de arena sobre ojos de sufrimiento...como Angelita protectora y alegre ....caída del cielo.
ResponderExcluir:-)
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