Oi gente, hoje vou compartilhar com vocês como foram os três dias que passei na Suiça. É um outro planeta, né gente? E, sem dúvidas um dos países mais caros da Europa. Apesar disso, é lindo demais, vale muito a pena conhecer!!!!
Há muito tempo queria conhecer a Suíça, mas não sabia quando faria isso. Outros países europeus eram prioridade na minha listinha. Mas, como eu tenho um colega que mora próximo de Zurique e tinha alguns dias de férias na Europa, pensei que poderia ser o momento ideal (isso foi em janeiro/22). Tinha curiosidade para ver como é o inverno suiço e acompanhada de um colega que conhece bastante coisa do país fica mais legal ainda, pela facilidade do transporte, pela companhia, por tudo.
Estava em Veneza e chegar em Zurique foi fácil. Peguei um ônibus na Estação de Trem de Venezia Mestre às 7 da manhã e cheguei em Zurique seis e meia da tarde. Tivemos uma parada em Milão e esperei quase duas horas para trocar de ônibus. A empresa é a Flix Bus, super pontuais e tudo mais, só não gostei que o wifi do ônibus não estava funcionando. Comprei a minha passagem pela internet, com antecedência. Não dá pra comprar em cima da hora porque você pode se lascar. Foram 14 euros, pelo que eu me lembro (rs).
Eu demorei dois meses para fazer o roteiro para essa viagem à Europa. Foram cinco países em menos de duas semanas. Foi corrido, mas consegui aproveitar absurdamente e tudo saiu conforme o esperado. Mas, precisa ter planejamento porque um vacilo que você dá com horários, passagens, etc, pode estragar tudo. No meu caso, saiu perfeito!! Fiquei orgulhosa de mim porque foi a viagem mais bem planejada que eu fiz até hoje, desde passagens, horários,destinos, até malas, roupas, tudo!!
Na fronteira com da Italía com a Suiça, alguns policiais subiram no ônibus, pediram passaporte e certificado de Covid 19 da União Europeia e só. Não tive problemas. Eu fiz o meu certificado europeu pelo governo da Suiça, tudo pela internet. Não consegui fazer o meu no site português, estava dando erro. Pelo que eu pesquisei, a Suiça é o único país que vocês consegue fazer o seu certificado pela internet sendo extrangeiro. Mas, tem que pagar cerca de 180 reais. Você aplica pelo site, paga e eles aprovam ou não. Se não aprovarem você perde o dinheiro, eles não devolvem. rs....
Esse certificado serviu muito para mim porque vale em toda União Europeia por seis meses. Você passa tranquilamente nas imigrações, e entra nos estabelecimentos que quiser. Na Itália, por exemplo, pediram em todos os lugares que eu entrava, foi muito útil mesmo.
Vi que na França também fazem, mas precisa ir pessoalmente em uma farmácia.
O Flix Bus para em Zurique, perto da Estação Central. Como eu sou uma pessoa de sorte, meu colega já estava lá me esperando de carro, foi muito bom poder contar com ele, não estou acostumada com isso, sempre me viro sozinha e estou sozinha. (rs)
Mas, antes de começar a contar sobre a minha viagem, vamos conhecer um pouco sobre a Suiça?
Oficialmente chamado de Confederação Suíça, o país fica na Europa Central e tem área total de 41.285 km², sendo a superfície produtiva (aglomerados urbanos e áreas agrícolas sem águas, montanhas e áreas improdutivas) de 30.753 km².
- Alpes Suíços: cadeia montanhosa que atravessa desde o Sul da Europa até a Europa Central. Cobre dois terços da área total do país;
- Planalto Suíço: chamado de plateau, ocupa um terço da área total e vai desde o lago Leman, na fronteira francesa, atravessa o Centro e termina no Lago de Constança, na fronteira com Alemanha e Áustria;
- Jura: do Lago Leman até o rio Reno, no Norte, essa região ocupa uma décima parte da área total da Suíça e é composta por uma linha de rocha calcária.
A população total é de oito milhões de pessoas. A distribuição populacional não é feita por igual, já que os Alpes ocupam a maior parte do território, mas por lá vive apenas 10% da população. Cerca de dois terços dos habitantes vivem no Planalto Suíço.
A Suíça foi originalmente habitada pelos helvéticos e pela área que constitui o país atual, que se tornou parte do Império Romano no primeiro século A.C. Quando o Império Romano começou a declinar, a Suíça foi invadida por várias tribos alemãs. Em 800, a Suíça tornou-se parte do Império de Carlos Magno. Pouco depois, o controle do país foi passado pelos imperadores do Sacro Império Romano.
No século 13, novas rotas comerciais através dos Alpes foram abertas e os vales montanhosos da Suíça tornaram-se importantes e receberam alguma independência como cantões. Em 1291, o Sacro Imperador Romano morreu e, de acordo com o Departamento de Estado dos Estados Unidos, as famílias governantes de várias comunidades montanhosas assinaram uma carta para manter a paz e o governo independente.
De 1315 a 1388, os confederados suíços estiveram envolvidos em vários conflitos com os Habsburgos e suas fronteiras foram expandidas. Em 1499, os confederados suíços ganharam independência do Sacro Império Romano. Após sua independência e uma derrota para os franceses e venezianos em 1515, a Suíça encerrou sua política de expansão.
Ao longo de 1600, houve vários conflitos europeus, mas os suíços permaneceram neutros. De 1797 a 1798, Napoleão anexou parte da Confederação Suíça e um estado governado centralmente foi estabelecido. Em 1815, o Congresso de Viena preservou o status do país como um estado neutro com armas permanentes. Em 1848, uma curta guerra civil entre protestantes e católicos levou à formação de um estado federal nos moldes dos Estados Unidos. A Constituição suíça foi então elaborada e emendada em 1874 para garantir a independência cantonal e a democracia.
No século 19, a Suíça passou pela industrialização e permaneceu neutra durante a Primeira Guerra Mundial. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Suíça também permaneceu neutra, apesar da pressão dos países vizinhos. Após a guerra, a Suíça começou a expandir sua economia. Só aderiu ao Conselho da Europa em 1963 e ainda não faz parte da União Europeia. Em 2002, a Suíça tornou-se membro das Nações Unidas.
Hoje, o governo da Suíça é formalmente uma confederação, mas é mais semelhante em estrutura a uma república federal. Tem um Poder Executivo com um Chefe de Estado, um Chefe de Governo que é preenchido pelo Presidente, uma Assembleia Federal bicameral com o Conselho de Estados e o Conselho Nacional para o seu Poder Legislativo. O Poder Judiciário da Suíça é composto por um Supremo Tribunal Federal.
Qual a moeda usada na Suiça?
A Suíça não faz parte da União Europeia e manteve a sua moeda própria depois do início da circulação do euro. A sua moeda oficial é o franco suíço (CHF). O franco suíço tem mantido um valor muito próximo do euro ao longo dos últimos anos.
Por se tratar de país europeu que faz fronteira com vários países em que a moeda é o euro, vários estabelecimentos aceitam pagamentos em euros (aceitam um por um). Se está viajando pela Europa e tiver absoluta necessidade de gastar dinheiro em euros, a Suíça tem tradição de aceitar esta forma de pagamento.
Idiomas falados na Suiça
Alemão (63.5 %)
- Algumas leis da Suíça são bastante controversas, principalmente para quem vive em países conservadores. O porte de armas é permitido e, embora isso não seja exatamente uma novidade, você vai ficar surpreso em saber que o consumo de drogas injetáveis (como heroína) é permitido em prédios públicos sob o cuidado de médicos e enfermeiros. Isso faz parte de uma política não agressiva para tirar as pessoas da rua e que trata a questão das drogas como saúde pública.
- Outro fato que levanta discussões é o suicídio assistido. A eutanásia, permitida no país desde 1942, fez com que mais de mil estrangeiros migrassem para o país em 2015 para usufruir desse direito.
- Os suíços são conhecidos pelas leis que protegem os animais. Entre elas, está a de adotar porquinhos-da-índia, papagaios, cacatuas e periquitos em pares, pois são animais muito sociáveis, e atordoar as lagostas e crustáceos antes do cozimento.
- O país chega a produzir 180 mil toneladas de chocolate por ano.
- Na Suiça estão localizadas as fábricas mais luxuosas de relógios do mundo: Rolex, Audemars Piguet, Baume et Mercier, Breitling, Chopard, Franck Muller, Jaeger-LeCoultre, Longines, Patek Philippe, Piaget, Rado, TAG Heuer, Tissot e Vacheron Constantin.
- Em 2012 foi publicado um estudo que diz que a Suíça é o país com a 2ª maior expectativa de vida no mundo, atrás do Japão.
- O país possui uma das leis mais brandas do mundo quando o assunto é armas. Existem cerca de 2,3–4,5 milhões de armas por lá, em uma população de 8 milhões de pessoas.
- 7 bilhões de barras de chocolate Toblerone são fabricadas todo ano na cidade de Berna.
- A Suíça é um dos únicos países do mundo que que possuem Democracia Direta, onde qualquer cidadão pode propor modificações nas leis e na constituição do país.
- Há mais bancos do que dentistas.
- É possível alugar uma vaca na Suíça. Durante o período de aluguel você tem direito de consumir todo o queijo produzido com o leite dela.
- Existe um partido politico chamado de “Anti-PowerPoint”, que luta contra o uso excessivo do software em apresentações empresariais e do governo.
- Existem cerca de 1.224 fontes d’água em Zurich.
- Negar a existência do Holocausto é crime.
- A linha de pobreza da Suíça é de mais ou menos 2,200 francos por mês. Isso dá quase 9 mil reais por mês. Mas é melhor não converter por que o pessoal aqui ganha em Francos.
- A Suíça foi um país em boa parte neutro na segunda guerra mundial, mas não deixou de se preparar. Hoje existem mais de 30.000 (abrigos) nucleares em todo país. Como o perigo já passou, muitos deles estão sendo usados para outros fins, como moradia, hostelaria, restaurantes, envelhecer queijos e vinhos.
1- Fondue: é super típico na Suiça e estava louca pra provar, mas queria maneirar um pouco porque já tinha comido muito chocolate. Além disso, meu colega não gosta, então não comemos.
A receita tradicional é produzida com uma mistura de queijos típicos do país (imagina que delícia!!), vinho branco e especiarias. Tradicionalmente, o prato é acompanhado de batatas e pães, mas nas versões mais modernas os acompanhamentos podem variar um pouco.
O fondue é encontrado em todas as regiões do país. E, ainda que a versão de queijo seja a mais consumida também há a opção doce, com base de chocolate. Este fondue é acompanhado de diversas frutas, geralmente as da época.
2- Raclette: assim como o fondue, tem como base o queijo. O nome do prato deriva de um verbo que significa “raspar” e em tese é isso mesmo o que acontece. Na receita, derrete-se o queijo e ele é servido no prato, na verdade, raspado nos pratos.
No geral, o prato de raclette é acompanhado de alguns legumes da época, salames e batatas. É um prato que remete ao coletivo, a “comunhão”. Por isso, raramente um suíço come raclette sozinho, este é um prato para ser compartilhado.
3-Queijos: além de ser base para a maioria das receitas do país, o queijo em si também é um prato típico da Suíça. São diversas as variações e estilos.
Se precisar escolher um, opte pelo Gruyère, principalmente pelo fato de que você pode ter a oportunidade de conhecer uma das 100 fábricas desse produto. Além deste queijo, há muitas outras opções por todo o país. Estima que existam cerca de 400 tipos diferentes em toda a Suíça.
Ah, não deixe de provar a CHASCHUECHLI! É uma tortinha de queijo super baratinha que vende até mesmo em mercados e é deliciosa. Comi duas vezes...rs.
4- Chocolate suíço: não poderia ficar de fora da lista. Assim como o queijo, ele é reconhecido mundialmente pela qualidade. Por conta disso, o chocolate é mais que um item da gastronomia local, é uma atração à parte. Há diversas marcas com sabores bastante variados com lojas e fábricas distribuídas ao longo do território.
Antes de continuar com as dicas, queria contar um pouquinho do porquê a Suiça tem tanta tradição quando falamos sobre chocolate. Eu também tinha essa curiosidade e fui pesquisar. Achei interessante e compartilho com vocês agora!
A história do chocolate suíço
Por incrível que pareça, os suíços não descobriram a “bebida dos deuses”, não levaram para a Europa e nem foram os primeiros a transformar o líquido em barra para ser consumido e comercializado. O crédito cabe aos ingleses que no século XIX criaram o método de adicionar açúcar e manteiga de cacau ao pó torrado e moído das sementes, criando, dessa forma, barras para serem consumidas.
Mas, apesar de não ter tido esse papel, claro que o chocolate suíço em algum momento trouxe contribuição para a produção do doce. Tamanha fama não ocorre sem motivo.
Em 1919, surgiu a primeira fábrica por meio do Sr. François Louis Cailler. Essa fábrica foi uma das primeiras a produzir chocolate de forma mecanizada, o que explica a popularidade da marca na Suíça, por ter sido pioneira em tal produção no seu país.
O fato que ajudou o chocolate suíço a romper fronteiras foi em 1875, quando houve a inovação de adicionar leite na fabricação do produto. A primeira barra de chocolate ao leite a ser lançada foi em 1879.
O produto foi lançado para ser consumido como sobremesa. Ajudou também que, se a Suíça não foi pioneira na produção mecanizada, certamente foi à primeira em termos de grande concentração de fábricas nesse molde. Isso sem dúvida ajudou o país na sua capacidade de produção e de exportação de chocolate mundo afora.
5- Schnitzel: é feito com um bife bem fino empanado com farinhas, ovo e pão, e depois frito, ou seja, um “bife à milanesa”. Mas, diferentemente dos encontrados no Brasil, a receita tradicional suíça é produzida com carne de vitelo ou carne de porco.
6- Glühwein: é um vino que eu tomei quando estava em Zurique, mas descobri que não é típico suiço, e sim da Alemanha. De qualquer maneira, deixo a dica aqui porque pelo que vi é costume em vários países do norte da Europa.
É um vinho doce picante e quente, muito quente. É fortinho, mas como só tomei um copo não fiquei alterada! rs...
Curiosidades sobre a culinária suíça
- A culinária suíça tem muito sabor e é um dos pontos mais interessantes para as descobertas da viagem. No entanto, fique ciente de alguns detalhes: para os suíços é importante ingerir alimentos que tenham certa qualidade nutricional. Por isso, a maioria dos produtos possui poucos corantes, a Fanta Laranja, por exemplo, tem uma cor muito diferente da vendida no Brasil. Além disso, a quantidade de açúcar utilizada no preparo do itens costuma ser baixa. Iogurtes, sorvetes, cereais, em diversos itens o adocicado chega a ser imperceptível.
- Em relação às frutas, usadas no fondue de chocolate, prepare-se para consumir produtos diferentes. É que como o clima da Suíça é bastante distinto do brasileiro o preço das frutas costuma divergir bastante do que encontra-se no Brasil. Uma manga grande, por exemplo, pode chegar perto de R$ 50, enquanto para blueberrys, o valor é quase insignificante.
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