Finalmente conheci o Japão!

by - domingo, agosto 03, 2025


Olá gente, tudo bem? Estava muito ansiosa para compartilhar com vocês essa viagem. Era um país que estava no topo da minha "listinha de sonhos". Foram apenas 10 dias, mas o suficiente para amar ainda mais o Japão. Bora viajar comigo para um dois países mais incríveis do mundo?

Há muito tempo queria conhecer o Japão, mas a passagem aérea é um absurdo. Toda vez que pensava em ir desistia porque acho simplesmente um roubo. Só que teve uma hora que não dava mais pra prorrogar, tive que ir (rs). O Japão estava como o país número dois na lista dos países que mais tinha vontade de conhecer. E, apesar de ser extremamente longe e caro valeu a pena demais.

Passei 9 noites/10 dias no Japão, sem contar os trajetos. Foram mais de 30 horas para ir e mais de 30 horas para voltar. Dois voos com uma escala na Carolina do Norte. Não precisei de visto para entrar, brasileiros não precisam e a imigração da ida foi bem chatinha, me levaram para a famosa salinha onde fiquei sem contato com o mundo. Me fizeram poucas perguntas, mas reviraram a minha mala todinha, peça por peça. Foi um processo que durou uma hora e pouco, mas deu tudo certo. Fui sorteada, não tive sorte dessa vez. Imagina viajar mais de trinta horas e ainda passar por isso? Peguei as malas e ainda tive que pegar um trem e mais o metrô e demorei uma hora e meia para chegar no meu hotel.










Os dois voos foram bem cansativos, principalmente o segundo. O que me incomodou bastante também é que no decorrer da viagem o horário ia mudando. Chegou um momento que eu já não sabia que dia era, que horas eram, se eu tinha dormido ou não, literalmente bagunça a cabeça da pessoa. Muito bom para quem tem TOC ou pânico (rs). Tenho que confessar que em alguns momentos fiquei meio tensa porque estava me sentindo super perdida, tive que controlar bem o meu psicológico e as minhas emoções (rs).

É importante ressaltar que quem pegar o voo para o Japão com a escala nos Estados Unidos precisa estar com o visto americano em dia. Durante a escala é necessário apresentar o visto mesmo que não vá sair do aeroporto.

Me hospedei em Akabane, um bairro de Tóquio localizado na região de Kita. Fica cerca de 13 km do centro de Tóquio, mas é um bairro muito agradável, tem muitos comércios, bares e restaurantes. Além disso, o transporte público funciona muito, muito, muito bem. Minha localização era ótima, me ajudou demais. Cheguei exausta, mas muito feliz.







Ah, aproveito para dizer que a melhor coisa que eu fiz foi comprar um chip on line para esses dias que fiquei no Japão. Super recomendo! Quando viajo, na maioria das vezes uso o wifi nas ruas, hoteis e comércios. Mas no Japão quase nenhum local tem wifi disponível e para pegarmos o transporte público é necessário ter internet. 

Foi o dinheiro mais bem gasto da vista (rs). Se não fosse esse chip estava lascada. Comprei o chip da AIRALO e paguei 8,50 dólares por 15 dias. Se acabarem os gigas no meio da viagem, dá pra renovar. Renovei uma vez por mais 4,50 porque eu estava usando muito, usava para posts nas redes sociais, etc. Para instalar esse chip é um pouco chatinho. Na primeira vez apanhei um pouco, mas da última vez que fui para a Itália usei também e foi muito rápido para instalar. Logo que você pisa no país já pode instalar, eu fiz isso no aeroporto assim já pude usar para chegar do aeroporto até o meu hotel.

Antes de continuar compartilhando sobre como foi a minha experiência, gostaria de fazer o que eu faço em todos os posts, contar um pouquinho sobre o Japão e também sobre algumas curiosidades super interessantes.

UM POUQUINHO SOBRE O JAPÃO

O Japão é um arquipélago localizado no Oceano Pacífico, ao leste da Ásia. É formado por cerca de 6.800 ilhas, sendo que as quatro principais são Honshu, Hokkaido, Kyushu e Shikoku. A maior delas é Honshu, onde se encontra a capital do país, Tóquio. Devido à sua localização, o Japão é vulnerável a diversos fenômenos naturais, como terremotos, tsunamis e tufões. De fato, o país é considerado um dos mais sísmicos do mundo.

O Japão exibe uma cultura multifacetada, com tradições milenares. Embora tenha raízes na cultura chinesa, a distância geográfica permitiu ao Japão a construção de um modelo cultural diferenciado e cujas marcas persistem mesmo com a característica dinâmica do povo de adaptar-se à evolução tecnológica.

Os japoneses têm o sincretismo religioso como marca. Suas principais crenças têm raízes no xintoísmo e budismo, mas coexistem com outras religiões, até mesmo com a cristã.

Diferente do que ocorre no Ocidente, no Japão, não há pregações religiosas e a religião não é vista como doutrina, mas um modo de vida. É considerada um código moral, um modo de viver e está tão arraigada, que não se distingue dos valores sociais e culturais da população.

A introspecção também marca a religião no Japão. As orações não são públicas e, menos ainda, integram cerimônias oficiais. A adoração não é comum entre os japoneses. Os rituais de vida (nascimento, casamentos, aniversários) e morte (funerais) são parte comum da vida no Japão.

Nem sempre foi assim, contudo. Até a Segunda Guerra Mundial, o imperador japonês era considerado um verdadeiro deus. O conflito quebrou esse sistema de crenças e, após a recuperação econômica, a religião define a espiritualidade do povo.

Há quatro sistemas de escrita diferentes no Japão: Kanji, de ideogramas de origem chinesa; Katakana e Hiragana, silabários japoneses; e romaji, a escrita da língua japonesa em caracteres do alfabeto latino. Não dá pra entender nada, mas é sensacional caminhar pelas ruas e ver tudo escrito em japonês.







Ouvi falar que o Japão é o 14º país em proficiência na língua inglesa, uma posição significativa, mas tenho que dizer que senti muita dificuldade na comunicação com eles. Pedia informação em inglês e muitas vezes não obtive sucesso. Eles até falam, mas o básico. Posso estar errada, mas me decepcionei com o inglês dos japoneses, esperava que fosse mais comum, que todo mundo falasse (rs).

O iene é a moeda oficial do Japão, criada há mais de um século, em 1871. O símbolo para representar a moeda é o ¥. Já o código utilizado para transações internacionais é o JPY. O iene japonês é a terceira moeda mais negociada globalmente, atrás do dólar americano e do euro. A melhor forma de se virar com suas compras e pagamentos de serviços no Japão é ter em mãos a moeda local. Se você tiver em mãos o dólar americano ou euros, é possível realizar a troca em casas de câmbio, mas certamente não será uma cotação vantajosa.




Fui muito feliz porque peguei o fim do outono no Japão. A viagem foi no final de novembro de 2024. As temperaturas estavam entre 12 e 17 graus. Mas peguei mais baixa, cheguei a pegar 4 graus. Minhas últimas viagens tinham sido debaixo de um sol insuportável, estava precisando de um friozinho gostoso. Peguei somente um dia de chuva, mas era uma garoa que logo passou. Peguei friozinho com sol também, algo agradável. Super recomendo ir nesse período porque para turistas não é bom estar muito calor e nem muito frio.



O custo de uma viagem para o Japão depende muito das suas escolhas pessoais, estilo da viagem e tempo de permanência no país. A preferência por acomodações mais simples, alimentação mais popular e passeios gratuitos pode tornar os valores mais econômicos. Meu hotel foi reservado em cima da hora, foi bem caro. As hospedagens já estavam lotadas. Eu queria me hospedar naqueles hoteis que são cápsulas para ter uma experiência nova, mas não consegui nenhuma!!

Ah, tenho que dizer que os banheiros no Japão são incríveis, até os públicos. Além de limpo, são super tecnológicos como ouvimos falar. Não é mito. Eles contam com recursos como assentos aquecidos, jatos de água ajustáveis e sistemas de descarga automáticos. Dá pra se divertir no Japão enquanto usa o banheiro (rs). Os toaletes para PCDs também são incríveis.



FUSO HORÁRIO 
Gostaria de fazer uma observação sobre como fica o nosso corpo e a nossa mente com o fuso: uma bagunça (rs). A adaptação ao fuso horário do Japão, que está 12 horas à frente do Brasil, pode levar de alguns dias a uma semana, dependendo da pessoa. Ou seja, quando comecei a me adaptar já estava na hora de ir embora (rs). 

Nos primeiros três dias foi um sufoco, mas foi melhorando. Não conseguia dormir tarde. Acordava de madrugada e não dormia mais, depois sentia sono cedo. Quando chegava oito horas da noite já estava me arrastando. Outra coisa que me "pegou muito" foi o fato de estar dormindo enquanto todas as pessoas no Brasil estão acordadas, trabalhando, vivendo. Ficava preocupada com a família, não tinha coragem de desligar o celular para dormir e ele ficava vibrando o tempo todo com as mensagens que chegavam. Eu acordava e acabava olhando com medo de ser algo urgente. Que difícil! (rs).

Vou deixar umas dicas para quem quer sofrer um pouco menos com o fuso, mas deixo claro que pode não funcionar completamente. Eu sofri! (rs). Tinha fome na madrugada, queria comer a parede do quarto. Vontade de almoçar de madrugada (rs). Enfim, para minimizar os efeitos do chamado jet lag e tentar acelerar a adaptação:

  1.  Ajustar o relógio biológico antes da viagem: tentar ir dormir e acordar mais cedo nos dias que antecedem a viagem;
  2. Ajustar o relógio durante o voo: durante o voo, ajustar o relógio para o horário do Japão e tentar dormir e acordar de acordo;
  3. Exposição à luz solar: a luz solar ajuda a regular o ciclo circadiano, então procure se expor à luz natural ao chegar no Japão;
  4. Evitar cafeína e álcool: essas substâncias podem interferir no sono e dificultar a adaptação;
  5. Manter uma alimentação regular: comer em horários regulares pode ajudar a regular o relógio biológico;
  6. Se hidratar: beber bastante água é importante para evitar a fadiga e a desidratação.
MAIS SOBRE A MINHA HOSPEDAGEM

Mesmo sendo metódica e super organizada quando se trata de viagem, por alguns questões pessoais não consegui reservar o hotel com antecedência. Comentei isso acima. Acabei reservando um hotel bem caro, sem café da manhã. Achei absurdo. O quartinho era pequeno, bonitinho, mas o pior de tudo era que só tinha quarto para fumantes e eu fiquei em um deles. Acredite, todos os hotéis estavam lotados e os que sobraram não tinham diárias de menos de 1000 reais. Foi um sufoco conseguir algo, estava desesperada.

Imaginei que pegar um quarto para fumantes era igual a um quarto normal, isso nunca me aconteceu. Pensei que bastava não fumar nele que estava tudo bem (rs). Que ingênua. O quarto tinha uma janela pequena que não abria. Ou seja, todos os hóspedes que passaram ali fumaram dentro do quarto com a janela fechada. Sendo assim, tudo no quarto fedia cigarro: cortinas, paredes, carpete. Me lasquei. Era limpo, mas fedia cigarro. Passei dez dias com um spray de "bom ar" lutando contra o cheiro. Não tinha outra opção de quarto, tentei e não deu certo.

Enfim, eu estava tão feliz  por estar no Japão E resolvi não me estressar, apenas vivi. O hotel tinha uma ótima localização, dois quarteirões do metrô, me ajudou bastante principalmente  nos trajetos para o aeroporto com todas as malas que eu estava carregando.
COMO FIZ O MEU ROTEIRO

Minha meta era fazer tudo de transporte público, já que é excelente e econômico. Foi super possível, revezei entre caminhada e metrô. Não usei ônibus, não achei que fosse necessário e era muito difícil de entender. Os pontos turísticos mais famosos de Tóquio fiz sozinha, não fechei passeios. A Disney também fui por conta. Pra quem não sabe, tem uma Disney no Japão, mas vou contar mais daqui a pouco.

Fechei apenas uma excursão pela GetyourGuide para conhecer o Monte Fuji, mas já conto também. Pensei em ir pra Kyoto e outras regiões, mas o tempo era curto. Eu preferi curtir Tóquio, fazer esses passeios e viver a cultura e o dia a dia deles o máximo que pudesse. Não me arrependo, acho que consegui fazer um roteiro o qual foi possível viver todas as minhas vontades. É claro que quero conhecer mais e quem sabe eu volte ao Japão para fazer um segundo roteiro.

MINHA IMPRESSÃO SOBRE OS JAPONESES



Visitar o Japão me possibilitou ver com os próprios olhos como os japoneses são, como agem, como vivem.  Os brasileiros julgam muito, criam padrões que não existem. Sei que cada um tem uma visão e uma opinião e respeito isso. Aqui nesse post darei a minha e contarei o que conclui após viver a cultura deles por dez dias. Sei que é pouco tempo, mas para temas mais simples foi possível ter uma boa ideia de como eles são.

Uma das coisas que mais me chamou a atenção foi o fato deles não serem tão quietinhos como achei que fossem. Desde sempre tive essa ideia, de que os japoneses eram fechados e calados, não interagiam, eram tímidos, não gritavam. Isso é mito (rs), garanto! rs...Eles são mais calados nos transportes públicos, e locais que pedem silêncio (que os brasileiros não respeitam muito). É uma questão cultural, eles têm esse respeito. Mas em restaurantes, bares, etc fazem uma barulheira de deixar a gente surdo. Os jovens então..

A minha primeira noite no Japão foi tensa, estavam fazendo uma festinha no quarto do lado. Uma gritaria na madrugada, música alta. Falavam literalmente gritando, gargalhando e todos bem bêbados. Três moças e dois rapazes, todos japoneses. A diferença entre eles e os brasileiros é que quando bati na porta e pedi silêncio eles pararam na hora. No Brasil a gente tem que pedir 10X e ainda corremos o risco de sermos xingados, de não acatarem o pedido e até arrumarem uma briga. 

Outro ponto: durante dez dias precisei de algumas ajudinhas, na maioria das vezes para informações gerais ou para me ajudar a subir escadas com as malas, etc. Percebi que os japoneses ajudam, são solícitos, mas é necessário perder. Eles não vão se recusar a ajudar, a dar uma informação, mas não vão tomar a iniciativa. Por diversas vezes estava tentando subir escadas com malas e eles passavam reto e fingiam que não estavam vendo, mas se eu pedia recebia a ajuda com boa vontade.  Não sei se não querem ser invasivos, nem imagino o que seja, mas vivenciei isso muitas e muitas vezes. Lugar no metrô também não dão, mesmo que vocês esteja carregado com dez malas e mochilas  e quase caindo para tentar se equilibrar (rs).

Percebi também que eles têm muitos bares e restaurantes que  recebem turistas, que gostam de estrangeiros, que tratam bem, mas também têm aqueles restaurantes 100% japoneses, os quais nenhum garçom fala japonês e turista não é muito bem vindo. Aqueles restaurantes raiz mesmo, sabe? Tentei entrar em 3 e não fui bem recebida, o garçom já fala na hora que não sabe inglês e todos te olham feio quando você chega. Passei em um que queria muito experimentar, para viver esse ambiente mais de pessoas locais mesmo, mas saí na hora, fiquei constrangida (rs). Imagino que eles estejam bem acostumados com turistas, mas que também gostam de ter a privacidade deles, gostam de se reunir entre eles.




Outra observação: os japoneses têm a fama de trabalharem demais. Mas dormem muito também. Não sei como funciona na casa de cada um, só que no transporte público todo mundo dorme (rs). Não é que nem no Brasil que vemos um ou outro dormindo, no Japão dá pra contar nos dedos quem não tá dormindo. Tem gente dormindo em pé. Achei  muito engraçado. Em um dos meus trajetos de Metrô pedi uma informação para um senhor que dormiu enquanto esclarecia a minha dúvida (rs). Eles também dormem nas praças, nos bancos dos parques. Fiquei curiosa pra saber se isso era coisa da minha cabeça.



É claro que eu fui no google e coloquei: "Por que os japoneses dormem tanto?" e percebi que não estava tão errada. Dentre As reportagens dizem que se trata de uma questão fisiológica. Eles cochilam à luz do dia porque dormem mal em casa. Um estudo patrocinado pelo governo mostrou que quatro em cada dez japoneses dorme menos de de seis horas por noite. São o povo com menos horas de sono. 

O ato de cochilar em público durante o dia tem até um nome: inemuri. O termo quer dizer “dormir na presença dos outros”. Quem pratica inemuri deve seguir algumas regras, entre elas a de ser compacto. Não pode invadir o espaço alheio, colocar o pé na mesa, deitar no banco ou fazer barulho demais. Também não se pode preparar o lugar. É preciso cair no sono de surpresa, como se estivesse lutando até o último minuto contra ele. Nas reuniões de trabalho, por exemplo, basta abaixar a cabeça. Que loucura ....rs.
 
MINHA OPINIÃO SOBRE A CULINÁRIA JAPONESA

Sim, é comum brasileiros se decepcionarem com a comida japonesa no Japão porque ela pode ser bem diferente da comida japonesa que se encontra no Brasil, especialmente em relação a adaptações e ingredientes. Muitos restaurantes brasileiros adicionam ingredientes como cream cheese, frutas e outros itens que não são tradicionais no Japão. Eu fiquei chocada, não tem nada a ver mesmo (rs). 

A apresentação dos pratos também pode ser diferente, com restaurantes brasileiros muitas vezes buscando uma estética mais sofisticada e inovadora, enquanto no Japão a apresentação tende a ser bem mais tradicional.

Durante uma excursão ao Monte Fuji fui em um restaurante tradicional que estava incluso no pacote. Pedi a opção vegetariana. Tudo horrível. Não gostei de nada, nem da sopa, nem do tofu, nem dos legumes cozidos. Literalmente passei fome. Infelizmente não me adaptei aos restaurantes tradicionais japoneses.


UM AMOR CHAMADO SEVEN ELEVEN

Me julguem, mas tenho que dizer que não como peixe! E sim, gosto da comida japonesa e sempre frequento restaurantes japoneses no Brasil. O que eu como? Tudo, menos peixe. Amo temakis vegetarianos, uniguiri, etc.

Sigo alguns influenciadores brasileiros que vivem no Japão e falavam muito da Seven Eleven. E, foi lá que me encontrei. não me adaptei aos restaurantes japoneses, tudo vinha peixe e os pratos vegetarianos com tofu, etc eu não gostei. Não gostava da aparência, so cheiro. Só quem vai ao Japão consegue entender que a comida deles não tem absolutamente nada ver com a comida japonesa que criamos no Brasi, acreditem.

A Selen Eleven é tipo uma loja de conveniência que tem em cada esquina de Tóquio. E, não são caras como as do Brasil, tem preços super acessíveis e muitas opções. Me acabava na variedade de pães, de uniguiris com diversos recheios maravilhosos, Tudo diferente, cada coisa muito gostosa e pronta que você já pega e come,. 



Alguns deles tem o microondas e local para comer na própria loja. Tem chocolates bem diferentões, sorvetes e doces em geral. Tem até pratos quentes, ótimas opções para refeições rápidas e saborosas. É possível encontrar saladas e sanduíches diversos também. Virou literalmente a minha segunda casa. Ah, foi o Seven Eleven que me apresentou o famoso Matcha, o queridinho dos japoneses.
















O MATCHA

Para quem não sabe, o matcha é um tipo de chá verde em pó, finamente moído, tradicionalmente utilizado na cerimônia do chá japonesa (chanoyu). Ele é feito a partir das folhas da planta Camellia sinensis, a mesma que dá origem ao chá verde e ao chá preto. 
Nunca vi tanto mancha na minha vida, ele é usado e praticamente tudo (rs). É um ingrediente popular em doces, sobremesas, biscoitos, bebidas e até mesmo produtos de beleza. Vi pizza de marcha, KitKat, sabonetes, tudo que vocês podem imaginar. 





Não sou super fã de alguns alimentos com matcha, mas o Matcha Latte ganhou o meu coração. Tomava todos os dias e quando cheguei no Brasil fui pesquisar onde conseguia encontrá-lo. Encontrei no bairro da Liberdade, em São Paulo e em um local perto da minha casa. Mas super caro! No Japão os produtos com matcha são super acessíveis.
O Matcha Latte nada mais é que o matcha em pó com leite vaporizado. É bom demais. Pode ser servido quente ou frio, eu gosto frio, com bastante gelo.
Mais curiosidades CULINÁRIAS:
  1. Aproximadamente 24 bilhões de pares de hashis são usados no Japão todos os anos. Os japoneses consideram falta de educação se você usar os utensílios de forma errônea, como, por exemplo, espetar a sua comida com eles;
  2. Produtores agrícolas japoneses inventaram a melancia quadrada para facilitar o transporte e armazenamento e elas são cultivadas assim há mais de 30 anos. Para isso, os japoneses as colocam em caixas de vidro, assim recebem a luz do sol e são moldadas no formato quadrado. A ideia proliferou e agora existem até melancias no formado de coração, que são substancialmente mais caras, entre US$ 15 a US$ 20;
  3. Há mais de 70 sabores de Fanta no Japão, desde sabores menos peculiares, como abacaxi, laranja com Coca-Cola, pêssego, ponche de frutas, maçã verde e morango, até outros bem “diferentes”, inclusive greapfruit, lichia, kiwi, fruta misteriosa, hip hop, ameixa-japonesa (sumomo) e Vitamina-C;
  4. Carne de cavalo crua é popular no Japão. Em japonês, ela é chamada de sakura ou sakuraninki, que significa “carne de flor de cerejeira” por causa da sua cor rosada. Normalmente, ela é servida crua como sashimis, em fatias bem finas, para serem molhadas no shoyu (molho de soja), mas também pode ser temperada com gengibre e cebola (e passa a ser chamada basashi).
  5. Comer e mastigar ruidosamente no Japão não é falta de educação. Pelo contrário, isto indica que você achou a comida deliciosa. Até mesmo na hora de comer a sopa, aquele barulhinho de sorver o líquido considerado mal-educado aqui no Brasil é muito comum e um sinal de que a sopa está boa;
  6. No Japão, é comum comer arroz com todas as refeições, inclusive no café da manhã. De fato, a única indústria ainda autossuficiente do Japão é a do arroz.
CURIOSIDADES GERAIS:
  • A maior comunidade de japoneses fora do Japão é a do BRASIL, aproximadamente 1,5 milhão de descendentes. Em português, eles são chamados de nipo-brasileiros. A imigração japonesa no Brasil teve início no século 20 com a vinda de lavradores para trabalhar em fazendas do interior de São Paulo. Ainda hoje, a maior parte da comunidade japonesa vive no estado paulista e também no Paraná;
  • Os animes são muito populares e estão presentes em diversos lugares do Japão, tanto na mídia quanto na cultura popular. Eu nunca gostei, nem quando era criança, mas pra quem gosta se sentirá no paraíso. Os animes são exibidos diariamente em horários diversos, incluindo programas para famílias e adultos. Os animes frequentemente adaptam mangás, que são as histórias em quadrinhos japonesas. Existem diversos eventos e convenções de anime no Japão, onde fãs se reúnem para celebrar a cultura do anime;


  • No geral, as famílias japonesas têm mais bichos de estimação do que crianças. Em 2017, o Japão registrou a sua pior taxa de natalidade desde 1899, com 944 mil bebês, e o número de mortes já tem superado o de nascimentos. Se o ritmo continuar assim, o Japão não terá mais crianças até 3011, segundo estudo da Universidade de Tohoku; 
  •  Apesar de não entender nada, me diverti vendo a TV japonesa. Os programas são engraçados, coloridos, um estilo único e muitas vezes meio absurdos. Parecem confusos de tão poluídos, com umas letras enormes, cores. Dá pra notar que são focados em humor, um estilo mais infantilizado e com muitos desenhos e animações;



  • No Japão, 90% dos celulares são a prova d’água para que as pessoas possam usá-los no banho. O vício em aparelhos celulares e em tecnologia no geral é um assunto muito sério no Japão, percebi isso claramente.
  • No Japão, as chances de ser morto por uma arma é a mesma de um americano morrer atingido por um raio. O número de crimes no Japão caiu de 2,85 milhões em 2002 para 915.111 em 2017 no país todo, graças às medidas do governo para aumentar o número de polícias em serviço e ampliar o sistema de câmeras de segurança;
  • Estima-se que as bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki tenham matado entre 129.000 e 246.000 pessoas, de acordo com a Wikipédia e outras fontes. Em Hiroshima, entre 90.000 e 166.000 pessoas morreram, enquanto em Nagasaki, o número de vítimas fatais ficou entre 60.000 e 80.000;
  • Você vai cansar de ver lojas lotadas de máquinas para pegar bichinhos de pelúcia e outros brinquedos. Aquelas cápsulas com bonequinhos dentro também são uma febre no Japão; 







  • É comum ver crianças andando sozinhas no metrô e pelas ruas de Tóquio desde muito pequenas, geralmente a partir dos seis anos de idade. Isso faz parte da cultura japonesa, que valoriza a independência e a autonomia das crianças desde cedo;


  • Tóquio continua a ser um exemplo de como uma cidade pode prosperar enquanto mantém baixos índices de criminalidade;
  • Muitas pessoas em Tóquio utilizam a bicicleta como transporte. Apesar do eficiente sistema de transporte público, o uso da bicicleta é comum devido à sua conveniência e rapidez. Estima-se que cerca de dois terços dos habitantes de Tóquio utilizem bicicleta em seu dia a dia, de acordo com um relatório do Governo Metropolitano de Tóquio. Ah, é super `comum vermos policiais trabalham de bicicleta também.



  • No Japão utiliza-se a mão inglesa, ou seja, os veículos circulam pela esquerda e o volante fica do lado direitoApesar de não ter sido colonizado pelo Reino Unido, o Japão adotou a mão inglesa devido à influência da construção de suas ferrovias, que foram projetadas por engenheiros britânicos;
  • Boa parte dos caixas no Japão são totalmente automatizados e a maioria das lojas usa bandeja ou recipiente para receber dinheiro, dá uma ideia de que os japoneses não gostam de tocar no dinheiro;
  • Os japoneses fumam muito, mas em locais designados. Apesar da proibição de fumar em muitas áreas públicas, especialmente em ruas e parques, Tóquio tem locais específicos para fumantes, como "smoking areas" ou "smoking corners", onde é permitido fumar. Estão sempre cheios, mesmo com frio e chuva;

PONTOS TURÍSTICOS QUE CONHECI POR CONTA
COMEÇO PELA DISNEY
Não sou aquela pessoa viciada em Disney como muitos brasileiros. Mas eu achei que seria legal conhecer a Disney do Japão, tudo no Japão é incrível. Para chegar nos parques é bem tranquilo, é só usar o transporte público não tem erro.
Para comprar o ingresso é só entrar no site oficial: https://www.tokyodisneyresort.jp/en/ticket/index.html. Tudo bem tranquilo e fácil de achar. Você escolhe a data, o horário, pra quantos dias quer o ticket e se quer visitar um ou dois parques. Aos finais de semana os ingressos costumam ser mais caros. Como eu tinha uma certa flexibilidade com horários e datas acabei indo em uma terça-feira que era mais barato.
Há duas opções: o Tokyo Disneyland e o Tokyo DisneySea. O primeiro é o mais tradicional, com a temática clássica da Disney, incluindo o castelo da Cinderela. Já o DisneySea é o único do mundo, com uma temática náutica e áreas e outras atrações bem diferentes das convencionais.
Decidi ir apenas um dia, e obviamente escolhi o DisneySea para conhecer algo diferente. Já conheço a Disney de Orlando e a de Paris. Queria algo novo. Como escolhi apenas um parque, paguei cerca de 370 reais. Salgadinho, mas valeu o passeio.
A maneira mais comum e mais barata para chegar ao parque é descer na estação Maihama. Depois, é necessário pegar o trem para chegar até a estação do Disney Sea. É um monotrilho todo decorado com o tema da Disney, tudo muito lindo.






Eu fui bem cedo e recomendo ir cedo. Mesmo assim peguei uma super fila pra entrar e filas enormes para acessar os brinquedos e atrações. Essa é parte da Disney que eu menos gosto, filas e horas de espera. Deixei de visitar várias atrações por conta das filas, não tenho paciência.

Achei a DisneyTokyo bem legal porque tem mais "cara de adulto", várias atrações também para adultos. O parque é dividido por 7 áreas temáticas, denominadas “Ports of Call”, que introduzem visões diferentes de portos e marinas, proporcionando a imersão do visitante com o lugar. São eles:
Mediterranean Harbor: também servindo de entrada para o parque, teve seu design inspirado para parecer um porto italiano, que remete fortemente à arquitetura da cidade de Veneza, com canais e passeios de gôndola. Os prédios em volta desta área formam o Tokyo DisneySea Hotel MiraCosta. É lindo demais, muito parecida com a Veneza original. Eu amei!








American Waterfront: esta parte do parque representa a costa nordeste dos Estados Unidos dos anos 20, com áreas portuárias como a Nova York Harbor e a Cape Cod Village.
Port Discovery: nesta região se encontram uma baía e uma marina em estilo retro futurista. 

Mysterious Island: é encontrada dentro de um vulcão no centro do parque. Também conhecida como Vulcanica Island, esta área lembra o livro de mesmo nome, e mistura outras obras, como 20 mil léguas submarinas e Viagem ao centro da terra. Além disso, o vulcão é “ativo”, soltando fogo do topo em momentos aleatórios.
Lost River Delta: este local foi construído para parecer como um porto em meio às ruínas de um templo asteca que se encontra no meio da selva da América Central. As atrações seguem uma temática aventureira e incluem um brinquedo temático do Indiana Jones e uma montanha russa que se passam em meio a um local de escavação de deuses antigos. 
Mermaid Lagoon: Esta parte do parque é voltada para as crianças. Ariel abre as portas de seu reino submerso para todos os visitantes do parque. Com a aparência do castelo do rei Tritão, o local é uma atração quase completamente coberta, mas que não falha em passar a sensação de estar no fundo do mar
Arabian Coast: tem uma temática próxima das mil e uma noites e do filme Aladdin. Esta área do parque conta com diversas atrações, e também com personagens próprios do parque, que encontraram a lâmpada do gênio, e ajudam a desvendar a história recorrente deste porto. 








Eu gostei bastante e mesmo com o friozinho que estava fazendo consegui aproveitar. O sol saiu em alguns momentos. 




Ah, em relação aos valores de comidas, bebidas, brinquedos e acessórios da Disney tudo é extremamente caro como nos outros parques da Disney pelo mundo, uma verdadeira facada.


Visitar os parques da Disney é sempre cansativo, é bater perna o dia todo. Mas eu gostei bastante, acho que valeu a pena ainda mais porque é o único parque da Disney nesse estilo no mundo. Os japoneses fazem tudo com muita perfeição. Valeu o investimento e o tempo.



Como comentei anteriormente, bati perna no Japão por dez dias seguidos, sempre usando o metrô, com exceção da excursão ao Monte Fuji, que logo contarei. Além de explorar Tóquio, explorei regiões próximas, como o próprio bairro onde estava hospedada. Entrei em dezenas de lojas da Daiso (são imperdíveis e com quase tudo por 1 dólar), em cada mercado, cada lojinha de muambas. Queria ver tudo o que tinha de diferente, os japoneses são muito criativos. Cada lugar que eu entrava achava algo interessante, criativo e exótico. Na Daiso é tudo baratinho sim, mas me decepcionei muito com os preços de outros lugares, caríssimo. A 25 de março é muito mais barata (rs). Há uma rede de lojas chamada Don Quijote que é incrível, tem de tudo o que você pode imaginar. Vale a pena a visita, mas os preços não são tão convidativos.






Eu tinha uma ideia fixa de que ir ao Japão era sinônimo de comprar "muambas"(rs) a preço de banana. Acho que confundi com a China (rs). Na verdade, o que vale a pena comprar  Japão são os eletrônicos e artigos relacionados.




Um ponto turístico impossível de não visitar é o cruzamento mais famoso do mundo, o Shibuya Crossing, um dos símbolos de Tóquio. A experiência de atravessar com centenas de pessoas ao mesmo tempo, em diversas direções é imperdível. Para ter uma visão privilegiada, uma dica é subir em algum prédio próximo. Eu subi em um Starbucks e consegui boas fotos e vídeos.

Outro ponto bem famoso, mas que decidi não ir e de qualquer maneira deixo as informações para que vocês façam a escolha de ir ou não é a a Tokyo Tower. Com aproximadamente 333 metros de altura, a estrutura tem vista panorâmica da capital. Não achei que valeria a pena pagar e como enfrentei dias nublados não achei que a vista estaria suficientemente bonita.

Outra estrutura muito famosa é a Tokyo Skytree, com 634 metros de altura, praticamente o dobro em relação à torre que comentei acima. O local é considerado a segunda maior estrutura do mundo, ficando atrás apenas do Burj Khalifa, em Dubai. Precisa pagar também. Não fui. Até pensei em subir nessa, mas acabei desistindo.

Mais uma dica é conhecer a Estação Tóquio do metrô. É um verdadeiro ponto turístico. Certamente você vai passar por lá várias vezes durante a viagem, mas tem que dar uma atenção especial a ela. Me perdi duzentas vezes ali, com certeza é uma das estações de metrô maiores do mundo, mas tem uma infinidade de lojas interessantes, além de bares e restaurantes. É tudo meio carinho, mas dá pra bater perna por horas e ver muita coisa diferente.









Sobre souvenirs, há por Tóquio todo. Alguns lugares mais em conta, outros com preços absurdos. Eu acabei encontrando uma coisinha em cada lugar, preferencialmente em barquinhas e loja de rua.





Não posso deixar de comentar e recomendar o Templo Sensō-ji, não tem como perder! Ele é considerado o mais antigo e um dos mais icônicos de Tóquio.

Localizado no bairro histórico de Asakusa, foi fundado no ano de 645 e é um importante ponto de conexão entre a tradição e a espiritualidade japonesa. A entrada é gratuita.

  • Kaminarimon (Portão do Trovão): É o ponto de partida, com um enorme “lanternão” vermelho, símbolo de Tóquio.
  • Rua Nakamise: Um corredor vibrante cheio de lojinhas que vendem lembranças, doces e lanches tradicionais, como senbei (biscoito de arroz) e ningyo-yaki (bolinho recheado com doce de feijão vermelho). 
  • Salão Principal: É o “grande destaque”, onde os visitantes podem rezar, fazer pedidos ou simplesmente apreciar a arquitetura. O espaço funciona das 6h às 17h.
  • Pagode de Cinco Andares: Um símbolo impressionante da tradição japonesa, ideal para fotos.
  • Omikuji (Oráculos): Aqui, é necessário pagar uma pequena taxa de 100 ienes (aproximadamente R$ 3,50) para tirar um papel da sorte. Se o resultado for positivo, guarde-o; caso negativo, o amarre no templo para afastar o azar.
  • Jardins e templos menores: Explore os arredores e descubra pequenos santuários, além de um jardim tradicional.



















O local é enorme, dá pra passar horas caminhando por ela, admirando, fuçando em todas as lojinhas de artesanatos e souvenires. Tem muita comida típica também, roupas e lugares pra tirar lindas fotos. Estava lotado.














Passear por Akihabara também é um dos passeios mais sensacionais de Tóquio, passei por lá no mínimo umas três vezes. Akihabara é um bairro fascinantes, conhecido mundialmente por ser o centro da cultura pop japonesa, especialmente para os otakus (fãs de animes, mangas e jogos), geeks e entusiastas de eletrônicos. Há uma infinidade de lojas de eletrônicos, roupas, souvenires, comidas exóticas, cafés temáticos, etc. Vale a pena bater perna por lá.

Ah, não deixem de explorar a pequena Takeshita Street. É uma  rua com aproximadamente 400 metros. Concentra bons cafés, restaurantes descolados com gastronomia local e lojas bem diferentonas de roupas e acessórios.

Não sei até que ponto vale a pena a visita, mas resolvi ir atrás do famoso gatinho 3D de Tóquio, estava curiosa. É uma atração popular localizada em um outdoor digital na estação de Shinjuku


O gato aparece em um painel LED curvo, criando um efeito 3D realista que chama a atenção de quem passa. O gatinho interage com o público, miando, bocejando e até dorme, depende do horário e do dia. Tem que ficar parado na frente do telão esperando que ele apareça por alguns segundos. É interessante, mas nada de mais (rs). Demorei pra achar esse gato, não sei se o procuraria novamente (rs).

Acho que valeu mais a pena conhecer a história e a estátua do cãozinho mais famoso do Japão, o Hachiko. ele era um cachorro da raça Akita e era o animal de estimação do professor Hidesaburo Ueno, da Universidade de Tóquio. Todos os dias, Hachikō saía de casa sozinho e ia até a estação de Shibuya para esperar o seu dono retornar do trabalho. 

O tradicional cotidiano foi interrompido quando Hidesaburo teve um derrame e veio a falecer, enquanto trabalhava na universidade. E foi aí que o fato marcante ocorreu. Após a morte de seu dono em 1925, Hachikō retornou à estação de trem de Shibuya no dia seguinte, como de costume, e todos os dias depois disso pelos anos seguintes, até sua morte em março de 1935. A estátua que existe hoje em Shibuya foi construída em 1948 e já é uma segunda versão, já que a primeira foi derretida durante a Segunda Guerra Mundial para que o material fosse usado na construção de armas.

Bem depois de sua morte, Hachikō continua a ser lembrado na cultura popular mundial, com estátuas, filmes, livros e produtos diversos. Foi bem emocionante. Eu me emociono demais com histórias que envolvem animais. 

Ainda sobre animais, o Japão tem a tradição de oferecer aos turistas uma variedade de cafés e restaurantes temáticos, onde se pode interagir com diferentes animais, como gatos e coelhos, para satisfazer o desejo de quem não pode ter animais de estimação em casa ou têm a curiosidade de conhecer e ter contato com algum animal. 

São muitas as opções de animais como: coelhos, aves, corujas, porcos, capivaras, cachorros, gatos e até cobras. A opinião das pessoas sobre esses locais são relativas, algumas  concordam, outras discordam e acreditam que os animais são expostos e que espécies exóticas são proibidas por leis internacionais. 

Muita gente visita e acredita que os animais são bem tratados e que não há problemas nisso. Respeito todas as opiniões e não posso dar uma opinião concreta sobre, não tenho esse conhecimento e nem presenciei algo. Por curiosidade e por gostar  de cobras, resolvi ir em um café bastante famoso. Pesquisei bastante e escolhi o Tokyo Snake Center. É o primeiro e mais tradicional café dedicado a cobras e está localizado em Harajuku. Fiz uma reserva pelo site, tem horários de funcionamento e regras bem especifícas.




Esse café oferece a oportunidade de ver, tocar e interagir com cobras, com mais de 100 delas e mais de 20 espécies disponíveis. A entrada geralmente inclui uma bebida e o acesso às cobras. 




















Há um custo adicional para interagir com as cobras. O local é limpíssimo, o atendimento é ótimo e as pessoas que trabalham no local nos passa muita segurança. Não vou mentir que deu um medinho. Apesar de estarmos ao lado de profissionais, animal é animal, nunca sabemos o que pode acontecer. Eu gostei da experiência.

Restaurantes com garçons robôs


Não poderia deixar de visitar os restaurantes onde os atendimentos são feitos com robôs, ao invés de garçons. Depois de muitas pesquisas escolhi o restaurante Pepper Parlor para viver essa experiência incrível. Ele fica em Shibuya, dentro de um centro comercial. São muitos robôs, que primeiramente guiam os seus clientes até os seus lugares e depois passam o tempo interagindo com eles, criando um ambiente futurista e interativo. os robôs se comunicam em inglês, japonês e chinês. É possível fazer o robô dançar, cantar, trocar de roupa. Tem um chat para interagir com eles também através de mensagens de texto. É bem legal, uma experiência incomum e que mostra o quanto os japoneses estão avançados em relação ao resto do mundo.

O menu é pequeno, não me atraiu muito. Mas valeu a experiência. Não fiz reserva e nem enfrentei fila de espera, no dia estava bem vazio.









Excursão ao Monte Fuji

Apesar de ter optado por não viajar para fora de Tóquio para poder explorar o máximo que podia, não quis deixar de fora a visita ao Monte Fuji. E, por ser longe e de difícil acesso com transporte público acabei comprando uma excursão de um dia pelo app da GetyourGuide. Valeu muito a pena porque saí cedinho (eles determinam um ponto de encontro próximo a um metrô) e cheguei quase 23 horas no hotel. Um dia todo de passeio e paguei cerca de 47 dólares, com direito aos passeios, guia, transporte e almoço. Minha memória está péssima, mas acredito que tenha sido em torno disso mesmo.

O grupo era grande, pessoas de todas as partes do mundo. A guia falava em inglês, era uma chinesa bem qualificada, simpática e que mora no Japão há quase três anos.

Antes de mais continuar contando como foi a experiência, tenho que alertá-los que comprar uma excursão ao Monte Fuji não é garantia nenhuma que você vai vê-lo. É isso mesmo, tem que ter sorte para conseguir essa proeza. Quando comprei a excursão vi vários comentários de pessoas revoltadas que não conseguiram ver nada. Mas isso não é culpa do passeio e sim do clima. A visibilidade tende a ficar melhor no inverno, mas não é nada garantido. Eu fui na sorte e sabia que poderia me frustrar.

UM POUQUINHO SOBRE O MONTE FUJI

A 3.776 metros, o Monte Fuji é o pico mais alto do Japão, resultado da atividade vulcânica que iniciou há aproximadamente cem mil anos. Atualmente, o Monte Fuji e seu entorno são um destino recreativo popular para caminhar, acampar e relaxar. 

Ao longo dos séculos, os japoneses criaram um vínculo espiritual com essa montanha. Reza a lenda que Hasegawa Kakugyo (1541-1646) subiu a montanha mais de 100 vezes. Seus feitos levaram à formação de Fuji-ko, um grupo de adoradores do Monte Fuji com crenças semelhantes. A seita construiu santuários, criou monumentos rochosos e jejuou para mostrar sua dedicação. Seu fanatismo eventualmente levou o Xogunato de Tokugawa a proibir a religião, mas, apesar disso, a longa tradição de adoração da montanha do Japão fez com que ela continue sendo reverenciada e respeitada como um local de importância espiritual.

O Monte Fuji se tornou um local de peregrinação. Cerca de 200.000 a pessoas escalam a montanha todo verão. As pessoas geralmente começam a escalada no dia anterior e passam a noite em um alojamento na montanha. Depois, voltam a escalar cedo na manhã seguinte para ver o sol nascer no horizonte. 

A última erupção do Monte Fuji ocorreu em 1707 e durou 16 dias, quando as cinzas vulcânicas alcançaram Tóquio. A atividade vulcânica também é responsável pela formação do Hoeizan (um dos picos secundários do Fuji), dos cinco lagos na base da montanha e das diversas cavernas perto da Floresta Aokigahara. A área também foi abençoada com muitas fontes termais ricas em minerais, tornando a região um paraíso para a recreação ao ar livre e o descanso.

O QUE VISITEI DURANTE ESSA EXCURSÃO


A primeira parada que fizemos foi em uma cidadezinha para vermos o Monte Fuji de longe e nos levaram em uma loja de relógios antigos. Eu esqueci o nome da cidade e não consegui char o roteiro. De qualquer maneira achei bem "nada a ver" essa parada e ninguém se interessou pela loja de relógios. Simplesmente aquelas parcerias que agências fazem com lojas, etc. É um dos motivos que evito excursões(rs). 





Durante esse trajeto já começamos a ver o Monte Fuji... e limpinho! Comecei a acreditar que ia dar tudo certo e íamos conseguir vê-lo durante a nossa parada oficial. Não estava nublado, estava frio com sol e o tempo bem aberto. A sorte sempre caminhando comigo.

A segunda parada foi para o almoço, em um restaurante bem tradicional, ainda no caminho para vermos o Monte Fuji de perto. Gostei muito da experiência por ser um restaurante onde as pessoas sentam no chão, com uma decoração super típica, mas odiei a comida (comentei sobre esse restaurante mais acima). Pedi a opção vegetariana e era tudo ruim e fedido (rs).





A terceira parada foi no Oshino Hakkai, que é  uma vila localizada no sopé nordeste do Monte Fuji. A região é conhecida pela abundância de água de nascente do Monte. Possui oito belos lagos de água de nascente e foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade como parte das propriedades constituintes do Monte Fuji. Fiquei muito feliz porque consegui ver a montanha perfeitamente! Sem neblina! Sou muito sortuda mesmo, Deus sempre comigo.

O local é bem agradável e estava bem cheio de turistas. Há locais pra comer, pra comprar souvenires e apresenta casas tradicionais japonesas ao redor dos lagos, incluindo casas históricas. 













Na última parada foi para ver o Lago Kawaguchi, mas já estava bastante frio, quase congelei. Não consegui desfrutar tanto porque só queria ficar dentro da loja de souvenires escondida (rs). O lago é lindo, mas tivemos apenas um tempinho para tirar fotos e já seguimos viagem de volta para Tóquio.












Só de ter conseguido ver o Monte Fuji já valeu a viagem. Foi um dia muito diferente, uma imersão na natureza pra fugir um pouco da loucura de Tóquio. Valeu a pena.

PARQUE UENO

É um parque imperdível. Um dos mais importantes de Tokyo e um dos primeiros parques públicos do Japão, estabelecido em 1973. Na área onde está localizado o parque, ficava o templo Toeizan Kaneiji, que foi desconstruído com batalhas entre os japoneses e convertido no belo parque que hoje é.

O local conta com várias atrações, entre elas: um zoológico, o Tokyo National Museum, o National Science Museum e o Tokyo Metropolitan Art Museum, que são bons passeios para quem procura uma atração cultural para visitar. 

Além disso, o Ueno Park é um dos endereços mais populares do Japão durante a primavera, quando acontece o Cherry Blossom Festival. Milhares de cerejeiras ficam floridas no local, o que faz com que a quantidade de visitantes no local seja enorme. O parque fica simplesmente incrível e lotado de flores.


Infelizmente não consegui vê-lo tão florido assim. Haviam cerejeiras floridas, mas bem poucas. De qualquer maneira vale a visita! O parque está localizado no bairro de Ueno, no distrito de Tanto, em Tóquio. Especificamente, ele está ao lado da estação de trem e metrô de Ueno, com fácil acesso através da saída do parque na estação.

Aos arredores do parque encontrei algumas lojas de roupas com preços ótimos, não é comum roupas baratas em Tóquio. Me animei, comprei duas jaquetas lindas e esqueci a sacola dentro do metrô! Estava no Japão, tinha certeza que ia encontrá-la, mas não encontrei nada. Procurei, fui na central de achados e perdidos, infelizmente alguém pegou. Até no Japão tem "bicho ruim"! (rs)










                      EXPERIMENTANDO O QUIMONO

Quis fazer essa experiência de turistinha, sim. Queria me ver vestida com um quimono no Japão e ver como era andar pelas ruas com ele. É legal, vai? (rs). Pra falar a verdade, é raríssimo ver japoneses no dia a dia usando quimonos, são considerados trajes formais e usados principalmente em ocasiões especiais como casamentos, formaturas, cerimônias do chá ou festivais de verão. No entanto, turistas frequentemente alugam e usam quimonos, especialmente em áreas turísticas e históricas, sem problemas com os locais. Onde os quimonos são mais comuns.

Há diversos locais por Tóquio que você pode alugar um quimono. Dá pra comprar também. Eu preferi alugar porque eu nunca mais ia usar um quimono na minha vida. Os preços variam muito, depende da cor, do modelo, do lugar que você está alugando. Eu fui atrás de um bonito e baratinho. Paguei em torno de 120 reais, para um dia todo. Mas ninguém vai aguentar ficar com um Quimono andando por aí o dia todo. Eu dei umas voltinhas, tirei umas fotos legais e logo devolvi. Estava bastante frio nesse dia, então logo devolvi (rs). Ah, esqueci de comentar que no próprio local onde se aluga as roupas as atendentes japonesas nos ajuda a se vestir, fazem o nosso penteado, é bem bacana.









Fiquei bem surpresa porque não sabia que vestir um quimono era tão complexo!(rs). É um processo que envolve diversas camadas, técnicas específicas e a utilização de acessórios como o obi (uma faixa). Não conseguiria vestir sozinha.

Eu resolvi alugá-lo bem próximo ao Templo Sensoji, quando estava voltando da visita. Asakusa é uma área bem recomendada com várias ruas ideais pra passear com o quimono alugado e com muitos bares, lojas e restaurantes. 





Estava sozinha, então a minha sessão de fotos foi bem básica, tirei minhas próprias fotos. 



AMEYOKO MARKET 

É simplesmente o maior mercado de rua do Japão. Parece uma 25 de março, tem de tudo: lojas de roupas, restaurante, barracas de frutas, de peixes, de produtos de beleza, chás, tem até alguns pequenos templos por lá. òtimo lugar pra encontrar pechinchas e souvenirs. Eu amo ver, fuçar, entrar em lojas e  bater fotos de comidas e coisinhas exóticas, eu adorei passar umas horinhas por lá. Pra quem gosta da comida japonesa, dá pra experimentar diversos produtos diferentes, comidas rápidas, etc. Encontrei restaurantes árabes e tailandeses nesse mercado, e me julguem, comi comida árabe!(rs).


















Tóquio é uma cidade cara, mas na Ameyoko, é possível pechinchar para quase tudo. Essa experiência permite muita interação dinâmica, algo não muito típico no varejo do Japão. Aproveite.











Tão pouco tempo, mas quão intensa foi essa viagem ao Japão. Um sonho, algo inexplicável. Acho que a única coisa que não consegui fazer foi assistir a uma luta de sumô, não era temporada de lutas. Tem os campeonatos, com datas e lugares específicos. Assistir bastante pela televisão, acho bem interessante (rs). Há algumas excursões que você pode ver os atletas treinando, mas achei muito "montado", algo feito só pra atrair turistas. Não quis. Além disso achei os preços caríssimos.

Enfim, tive que fazer uma mágica para resumir a experiência no Japão e para que esse post não se tornasse um livro (rs)! Foram mais de 1300 fotos, imagina o sacrifício para selecioná-las. Espero que tenha conseguido fazer com que vocês viajassem um pouquinho comigo para esse país que mais parece outro planeta. Um grande beijo e até o próximo post!












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