Um giro pela capital escocesa

by - domingo, março 21, 2021

Olá, gente! Chegou o dia de compartilhar com vocês como foram meus dias em terras escocesas. Um país tão escondidinho e pouco turístico para os brasileiros, mas rico em cultura e história. Como prometido, estou conseguindo colocar em dia todas as viagens que fiz pela Europa. É um bom momento para matar a saudade de viajar, "viajando aqui comigo"! Espero que gostem :)


O porquê escolhi a Escócia

Já comentei em outros posts que morei mais de um ano na Irlanda, e a Escócia fica super pertinho! Algumas passagens da companhia Ryanair chegam a custar 9,99 euros Dublin (Irlanda)- Edimburgo (Escócia). E, foi justamente o preço que paguei! Quanto gastaria se tivesse viajando do Brasil? Nem preciso comentar mais nada (rs). Ah, e é menos de uma hora de voo.

Fiz essa viagem quando consegui tirar uns dias de folga do trabalho e conheci a Dinamarca também (inclusive clique aqui pra ver como foi o passeio em uma das minhas cidades preferidas do mundo todinho). 

Vamos falar um pouquinho sobre a Escócia?
 
Situada no norte da ilha da Inglaterra, Escócia pertence à Grã- Bretanha, dentro do Reino Unido, junto a Irlanda do Norte e o páis de Gales.
O território escocês destingue-se do resto da Grã-Bretanha pelas montanhas, lagos e rios e, também, pelas numerosas ilhas, entre as que destacam-se Orcadas, Hébridas e Shetlands que conformam algo mais de 78.213 quilômetros quadrados, divididos em trinta e três condados.
Como um do seus especiais atrativos encontra-se o Loch Ness, com o mistério do monstro oculto sob as profundas águas. Também resulta muito atrativo o Lago Tay e os rios rápidos das Terras Altas como o Dee e o Spey.
As cascatas escocêsas oferecem um espetáculo de grande beleza, como as Falls of Rogie, ao oeste de Strathpeffer e em Glem Nevis, com uma queda de água superior aos 300 metros de altitude.

História

Os celtas chegaram no território escocês há cerca de 6.000 anos e o Clã dos Celtas Pictos sobreviveu nas Terras Altas até o século XVIII. Juntos conviveram os Celtas Scots chegados ao norte no século VI e que acabaram fundindo-se com eles.
Os Normandos chegaram na Escócia unindo os clãs sob a dinastia de Canmore, e sua influência foi maior nas Terras Baixas.
As disputas pela sucessão levaram Eduardo I à tentar conquistar o país; as batalhas continuaram até 1328, quando Robert the Bruce foi reconhecido rei e decretou a independência da Escócia.
Em 1503 Jaime IV casou com a filha de Enrique VII da Inglaterra, sendo o primeiro monarca da dinastia Tudor. Em 1542, após a morte de Jaime V chegou ao trono a rainha Maria Estuardo, católica. Durante seu reinado em 1560, o Parlamento escocês legalizou a Igreja Protestante, independente de Roma e, também, do seu monarca.
Em 1707 Inglaterra consegue que o Parlamento escocês vote à favor da adesão da Grã-Bretanha em troca de certos privilégios, como conservar sua Igreja e seu sistema legal. Na atualidade o sistema político escocês segue ligado ao inglês.
 A capital EDIMBURGO


Edimburgo, situada ao norte do país, é a segunda cidade mais turística da Grã-Bretanha. A capital da Escócia tem um animado ambiente universitário e também político, pois a maioria de suas instituções encontram-se nesta encantadora cidade que ostenta a capital, desde o século XI.
É a sede do famoso Festival de Teatro, que celebra-se no verão. Está rodeada por uma rica campina e um litoral formoso. Dominando a cidade, um magnífico castelo. Edimburgo é uma localidade que pode-se visitar em qualquer época do ano e sua oferta de espetáculos e festivais é amplíssima.


Cheguei!!

Antes de mais nada, quero explicar sobre a primeira foto do post. Sim, temos cabines telefônicas vermelhas na Escócia, não somente em Londres! Não errei, não!rs.
Quando vi essas cabines em Edimburgo tenho que confessar que também me surpreendi. E, fui pesquisar um pouquinho da história delas, a qual compartilho com vocês agora:
Com mais de 80 anos de história, os quiosques se transformaram em um ícone da cultura britânica tão famoso quanto os ônibus de dois andares ou os táxis pretos londrinos. Em Londres, raro é o dia em que não se vê um grupo de turistas posando em uma dessas cabines - seja abrindo a porta, seja simulando uma ligação - para imortalizar a visita à capital do Reino Unido em uma foto.

No entanto, o telefone celular condenou as cabines ao desuso e à falta de rentabilidade, algo inaceitável para a British Telecom (BT, companhia telefônica privatizada em 1984), que não consegue cobrir com os ganhos provenientes destes ícones nem as despesas de limpeza nem os consertos por vandalismo. As cabines servem hoje apenas para fazer uma ligação caso o usuário tenha o azar de ver seu celular ficar sem bateria, ou como abrigo perante uma chuva imprevista (algo muito comum na Inglaterra).
A típica cabine vermelha foi projetada em 1924 por Giles Gilbert Scott (1880-1960), arquiteto da imponente central elétrica onde está o londrino museu Tate Modern às margens do rio Tâmisa.

A cabine de Scott, de cor vermelha para facilitar sua localização, era uma singela casinha dotada de um avançado sistema de ventilação, com três paredes formadas por painéis de vidro e uma coroa real situada sobre a palavra "Telephone" na parte superior.
O modelo perdurou até os anos 1980, quando foi substituído pelas comuns cabines de vidro ou plástico transparente que dominam hoje a paisagem urbana das cidades do Reino Unido

Do aeroporto ao hostel

A distância do aeroporto de Edimburgo para o centro não é muito longa, ele está localizado a cerca de 12km da parte central da cidade. Portanto, é uma viagem relativamente rápida.

Comprei pela internet um ticket ida e volta (por 7,50 euros), que me levou do aeroporto pro centro da cidade, próximo ao meu hostel, apenas uma pequena caminhadinha (que quase me matou pq estava muito carregada com roupas pra duas viagens e as ruas eram extremamente íngrimes) rs, mas sobrevivi. Comprei pelo site www.lothianbuses.com e a empresa se chama Airlink.



Amei muito Edimburgo porque tem Wifi free/gratuito nas ruas! Ajuda muito pra quem vai conhecer tudo a pé. Foi muito mais fácil pra conseguir chegar aos meus destinos. Ele falha, mas quase sempre funciona e é muito útil.




O hostel que eu fiquei hospedada é o Kick Ass Hostels. Era muito bom! Grande, limpo, com lanchonete dentro. Não estava cheio, era bem frequentado, cozinha grande e organizada, gostei muito. Conta com uma sala bem confortável com almofadas e mesas para estudar, trabalhar, um bar, uma área de jogos. Não posso reclamar de nada.






Como planejei o meu roteiro

Tive dois dias inteiros para conhecer Edimburgo, não foi tão corrido como em outros países que visitei na Europa nos meus dias de folga. Por isso, ficou mais fácil me organizar. 

Como contei em outros posts, como o da Dinamarca e o da Bélgica (aproveite e clique aqui pra dar uma olhadinha nesse post também), a maioria dos países europeus tem empresas que oferecem city tour gratuitos. A Escócia também oferece, porém, como tinha mais tempo, preferi conhecer tudo sozinha. Adquiri um outro tour gratuito para fazer uma "atividade especial", mas conto daqui a pouco.

Por que alguns escoceses usam saia?



Essa é uma pergunta que eu tinha na minha cabeça sempre que ouvia dizer algo sobre a Escócia rs.Todos sabem que não é comum vermos homens usando saias, afinal este é uma vestimenta feminina, porém na Escócia esse esquema muda um pouquinho, além do mais lá é muito comum pessoas do sexo masculino usarem este tipo de roupa, principalmente se ela for xadrez na cor vermelha e preta.

Essa tal “saia” que os escoceses usam possuem um nome específico: Kilt, que é uma adaptação de uma túnica de lã conhecida como plaid, que inclusive não tem um origem definida. Por volta do final do século 14, o kilt já era utilizado por boa parte do povo gaélico que naquela época vivia na Irlanda. Mas como os escoceses também usam? Bom, com a migração dos gaélicos para a região de Highlands, que fica localizada no norte e no oeste da Escócia, a peça acabou sendo adotada pelo povo daquela região. Por ser uma região úmida e chuvosa, esses kilts acabavam servindo como proteção contra a umidade e o frio a quem usava. Bem interessante, não?

A origem do nome “Kilt” vem do fato da peça ser presa ao corpo como uma espécie de manto, afinal a tradução deste termo na antiga língua escocesa significa “prender uma roupa no corpo”. Vale lembrar que a cor do Kilt mudava de acordo com o clã de quem o usava. Só no século 18 que a peça em formato de saia começou a ser utilizada pelos escoceses, inclusive esse formato foi criado por eles mesmos.

Moeda, visto e idioma

A moeda local é a libra esterlina e em relação ao visto, entrei somente com o meu RG europeu porque na época a Escócia ainda fazia parte da União Europeia. Hoje, não sei como está funcionando essa entrada para europeus e brasileiros. Pesquisem antes de ir. Li algumas notícias desse ano (2021) que a primeira-ministra escocesa afirmou que o Brexit se deu contra a vontade dos escoceses e que existe a possibilidade do país voltar a fazer parte da UE. Está tudo muito confuso, portanto melhor pesquisar quando a viagem para a Escócia for planejada.
Como é o clima na Escócia?



O clima na Escócia é quase sempre o mesmo: chuvoso. No geral, é muito instável e com padrões climatéricos a alterar-se constantemente, podendo haver grandes diferenças entre locais muito próximos. Eu passei um frio absurdo e peguei dias de bastante chuva!

A melhor altura para visitar o país é no Verão, entre Maio e Setembro. Durante esta época os dias são mais longos, o sol aparece com maior frequência e as temperaturas estão mais amenas. Ainda assim, Julho e Agosto costumam ser meses imprevisíveis. Agosto é o mês dos festivais em Edimburgo, portanto fica mais difícil encontrar um alojamento e as passagens costumam ser mais caras.

No Inverno, é quase sempre frio e chuvoso e os transportes públicos podem ser, ocasionalmente, afectados com cortes de estradas e ferry-boats parados. Fora das grandes cidades, algumas atracções turísticas podem estar fechadas. Nas regiões altas (Highlands) há estâncias de ski e é usual nevar.

Em relação a este assunto, a melhor dica que se pode dar a um viajante é levar na bagagem algo impermeável e quente! 
Culinária escocesa


A gastronomia escocesa é bastante peculiar e apesar de receber influência da gastronomia inglesa, há sim pratos bastante autênticos e alguns pratos, confesso, tem que ter coragem para experimentar! Como tenho uma alimentação meio restrita e não costumo experimentar muitas coisas novas, não sou a melhor pessoa para dar dicas de culinária, porém segue algumas recomendações de amigos e de pratos típicos que vi quando estava por lá:

1 – Scottish Breakfast: é o típico café da manhã escocês: Não só o café da manhã, mas a comida tradicional escocesa no geral, consiste em muita proteína e gordura, talvez por ser um país localizado em uma região em que o inverno é longo, a dieta dos escoceses precisa ser mais farta nesse sentido. O café da manhã típico escocês consiste em ovos, bacon, tomates grelhados, salsichas, feijões, torradas e black pudding (não tem nada a ver com pudim, ele é na verdade uma linguiça feita de sangue de porco, aveia, gordura e especiarias). Ah, e para os vegetarianos, os escoceses também adoram comer cogumelos em seu café da manhã, portanto, provavelmente haverá também essa opção no hotel ou outro local que você for comer.


Depois de um café da manhã desses, você não vai sentir fome tão cedo e é por isso que os escoceses normalmente não comem muito no almoço como nós. Eles normalmente fazem um lanche mais leve no almoço e jantam uma comida mais farta à noite. Esse café deles é bem parecido com o que os irlandeses comem pela manhã, já era velho conhecido por mim e particularmente não como!

2 – Porridge: Ainda se falando em café da manhã, algo muito típico nessa refeição na Escócia é o Porridge. Ele é uma espécie de mingau de aveia, mas não é muito doce. Os escoceses amam!


3 – Fish and Chips: na verdade, esse prato é típico inglês, mas se popularizou por todo o Reino Unido. Ele consiste em peixe a milanesa com batatas fritas.


4 – Haggis: esse é sem dúvida o prato mais popular escocês, mas tem que ter coragem para prová-lo. O prato consiste em miúdos do carneiro (coração, rim e pulmões) temperados com cebola, aveia e especiarias e era cozido antigamente dentro do estômago do carneiro por algumas horas. Hoje em dia, a maioria dos restaurantes colocam o haggis dentro de uma pele parecida com a da linguiça para passar por esse processo de cozimento. E atualmente o Haggis possui também diversas variações e diferentes acompanhamentos, os acompanhamentos mais tradicionais são com purê de batata e purê de rabanete. Como eu não como carne, nem preciso dizer que não experimentei (rs).



Terra do whisky


A Escócia é a terra do whisky. Ninguém sabe exatamente quando a tradição de fazer whisky começou, mas de acordo com os primeiros registros históricos foi por volta de 1495.

Como a Champagne e o vinho Bordeaux, não é qualquer whisky que pode ser chamado de Scotch Whisky e a legislação é bem clara e rigorosa em relação à denominação de origem. Então, o que é um Scotch Whisky? É todo o whisky produzido em uma destilaria na Escócia a partir de água e cevada de malte na qual somente grãos integrais de outros cereais podem ser adicionados. Outro detalhe importante é que somente levedura pode ser utilizada para a fermentação. O whisky deve permanecer em barris de carvalho por pelo menos 3 anos em um armazém na Escócia. O mínimo de volume alcoólico é 40%.

O whisky escocês é famoso mundialmente pela sua qualidade. Cada ano, ele supera seus próprios recordes de exportação. Somente nos primeiros 6 meses de 2011, o equivalente a 569 milhões de garrafas foram exportadas!

As destilarias estão por todas as partes e cada região tem seu próprio aroma e característica. Para aqueles que querem entender mais sobre os aromas de cada tipo de whisky e regiões produtoras é interessante visitar o Scoth Whisky Experience para aprender mais sobre esta arte. Com este conhecimento, é mais fácil decidir qual destilaria visitar entre as tantas opções disponíveis. Aí se encontra a maior coleção de whisky do mundo com 3.500 garrafas! Esta coleção pertenceu a um brasileiro que passou 35 anos colecionando os melhores Scotch whiskies. 

Um passeio de um dia é uma ótima opção para conhecer outras cidades e vilarejos da Escócia e durante o caminho visitar uma destilaria. É possível, por exemplo, pegar um passeio de 1 dia à bonita região chamada Scottish borders (divisa entre Escócia e Inglaterra). O passeio para na capela Rosslyn que ficou famosa pois fez parte da história do Código Da Vinci, e visita a abadia Melrose que foi fundada em 660. Na volta, o passeio também pára na destilaria Glenkincle.

São 118 destilarias responsáveis por produzir tão nobre líquido, que estão espalhadas em cinco regiões escocesas: Campbeltown, Islay, Lowlands, Highlands e Speyside, cada uma delas com suas características. A região de Campbeltown já chegou a ter 30 destilarias, mas hoje há apenas três e produzem um uísque mais oleoso e forte. Ao seu lado fica a ilha de Islay, com oito destilarias que fazem os single malts mais defumados por conta da turfa, solo em decomposição que é usado para defumar a cevada durante a secagem dos grãos.

Pelas ruas não faltam lojinhas para fazer degustação e comprar whiskeys!







Vamos a lista!


Edimburgo é a capital da Escócia e merece todos os turistas que recebe anualmente. A cidade historicamente é muito rica, com seus castelos, parques e museus super completos. Para o turista, Edimburgo é uma cidade bastante compacta, sendo possível visitar grande parte de seus pontos turísticos a pé (foi o que eu fiz). Não deixe de se deslumbrar com suas ruas, principalmente se estiver visitando em um raro dia de sol.

1- Castelo de Edimburgo: se Edimburgo é a cidade mais frequentada pelos turistas, o castelo é a atração mais visitada da Escócia. O castelo encabeça a de pontos turísticos da Escócia devido à sua importância história e às incríveis vistas de toda a cidade de Edimburgo lá do alto.

O Castelo de Edimburgo possui dentro de suas muralhas o edifício mais antigo de Edimburgo, a capela de Santa Margarida, construída no século XVII. Mas, muito antes disto, já havia resquícios de humanos vivendo por ali, com citações históricas e artefatos encontrados no local datando o século II d.C.

Está entre os castelos mais importantes do Reino Unido e, tendo sobrevivido a diversos cercos militares ao longo dos séculos, é rotulado, historicamente, como o mais sitiado do Reino Unido e um dos mais atacados do mundo

No Castelo, várias guerras tomaram forma, incluindo as de independência da Escócia, nos séculos XIII e XIV, assim como várias personalidades históricas por ali passaram, como a própria Santa Margarida, cuja capela foi ali construída; o rei Robert the Bruce – contemporâneo ao herói William Wallace, protagonista do famoso filme Coração Valente; e a rainha Maria da Escócia, prima da famosa rainha Elizabeth I.

O Castelo fica situado no centro da cidade e se encontra no topo da Castle Rock, uma rocha de 130 metros de altura. Com uma posição prestigiada dessas, é impossível visitar a cidade e não avistar o castelo, sempre imponente acima de todos. À noite então, ele fica ainda mais impressionante, todo iluminado.

Para chegar até ele é preciso subir a Royal Mile, a rua mais conhecida e uma das mais antigas da cidade. O final (ou começo) dela é na entrada do castelo, mais precisamente, na Esplanada, enorme praça de onde é possível ver toda Edimburgo lá embaixo.

Passando pela entrada do Castelo, logo à direita fica a bilheteria. O preço é um pouco salgado (paguei 19,50 libras na época), principalmente ao converter a libra para o real, mas caso vá visitar outros castelos e atrações históricas na Escócia, vale a pena comprar o “Explorer Pass”, que dá acesso ao Castelo e outras 75 propriedades, economizando assim a cada destino.







2- Visite a Catedral de St Giles: também conhecido como High Kirk de Edimburgo, a Catedral de St Giles data do ano de 1120. Dentro da construção, estão mais de duzentos memoriais homenageando vários escoceses famosos, além de uma coleção incrível de vitrais. Você não pode deixar de conhecer este imponente edifício da Royal Mile, e como é esperado de um lugar espiritual, a entrada é gratuita.






3- A saga Harry Potter: nasceu na capital da Escócia, Edimburgo, cidade cuja parte medieval é inspiração para muita literatura. Para os fãs, há uma rota com lugares na cidade que mostram os passos de JK Rowling para chegar aos personagens dos livros e lugares em que Harry Potter ganhou vida. Desde o café onde ela, que ainda muito pobre tentava virar escritora, finalizou o primeiro à mão, como o cemitério de onde saíram alguns dos nomes dos personagens.

No final de 1993, a inglesa J.K. Rowling mudou-se para Edimburgo, depois de um casamento abusivo em Portugal, história do filme Magia Além das Palavras. Com sua bebê, Rowling dependia da ajuda do governo para viver, enquanto escrevia o primeiro livro à mão em um café, em Edimburgo, o qual visitei e contarei sobre ele logo abaixo.

Café The Elephant House

Foi a segunda cafeteria que Rowling usou para escrever os livros do bruxinho. Oficialmente, ele não nasceu lá, mas na porta pode-se ver a placa como “lugar de nascimento de Harry Potter”. A pequena cafeteria no centro antigo, localizada na ponte George IV Bridge, foi o lugar usado pela escritora para finalizar o primeiro livro. Ela costumava se sentar em uma mesa com vista para o cemitério de Greyfriars, uma de suas inspirações, e para o Castelo de Edimburgo.

O lugar fica lotado, com fila imensa para um café. Mas como tinha pouco tempo, não fiquei. Antes da Elephant House, Rowlling escrevia o livro na cafeteria Nicholson, que mudou o nome para Spoon.

Diagon Alley e lojas de magia Topar com o Diagon Alley, na Old Town, é uma experiência que impressiona, justamente pela semelhança da realidade com a ficção. O Beco Diagonal foi inspirado na Victoria Street.

Casas medievais viraram cafés charmosos, livrarias e lojinhas dedicadas à bruxaria, muitas delas inspiradas em Harry Potter... 










Deixe um tempo para entrar nas lojas, em especial na Museum Context. É possível encontrar varinhas mágicas, caixas de "feijões mágicos de todos os sabores", uniformes, penduricalhos e pelúcias fofas como de Edwiges, a coruja do bruxo. Fãs enlouquecem. Eu como nunca assisti um filme do Harry Potter nem muito menos li um livro não me empolguei, porém foi interessante conhecer.












4- Estátua do Bobby: um cachorro da raça Skye Terrier, foi o melhor amigo do policial John Gray até sua morte por tuberculose em 1858. Depois que seu dono foi enterrado no Cemitério Grayfriars, Bobby não saiu do lado da tumba nunca mais (por isso é conhecido como Greyfriars Bobby).

Durante os 14 anos seguintes, Bobby permaneceu ao lado do seu dono enquanto os habitantes da cidade se encantavam com ele e lhe levavam alimentos. Em 1872 Bobby faleceu e finalmente descansou em paz junto à tumba de seu querido dono. 

Bobby se tornou um herói para os cidadãos de Edimburgo e hoje em dia se pode contemplar sua imagem em uma estátua situada ao sul da Ponte George IV, visitar sua tumba no Cemitério de Greyfriars, ver seu prato e sua coleira no Museu de Edimburgo ou então conhecer sua história através de livros e filmes que o escolheram como protagonista.


  


5- Praça Grassmarket:  a praça carrega um ar medieval, uma linda vista para o Castelo de Edimburgo e geralmente há eventos acontecendo ali.



6- Rua Victoria Street: ela é uma ladeira, que preserva muito a característica medieval antiga, mas também há algumas fachadas coloridas lindas se misturando com as antigas de pedra. É puro encanto! Hoje há diversas lojinhas e cafés nela. As lojas que vendem produtos a ver com os filmes de Harry Potter ficam aqui também.



7- A Royal Mile (Milha Real): é a rua mais famosa de Edimburgo. Conecta o Castelo de Edimburgo, a oeste, com o Palácio de Holyroodhouse, a leste. Como curiosidade, seu comprimento, de 1.814,2 metros, dá origem a uma medida um tanto desconhecida: a milha escocesa. Ao longo de toda a rua você encontrará dezenas de vielas (closes) e pátios (courts). Vale a pena entrar em alguns deles para sentir o espírito medieval da cidade. 



High Street é a parte mais conhecida da Royal Mile. Nessa zona está a Catedral de St Giles, a igreja Tron, algumas lojas e uma grande quantidade de restaurantes e pubs que, embora tenham certa vocação turística, também são frequentados pelos locais. 

8- Praça do Parlamento: o complexo do Parlamento Escocês, inaugurado pela Rainha Elizabeth II em 2004, fica em frente ao Arthur's Seat, no final da Royal Mile de Edimburgo. 


9- Museu Nacional da Escócia: Inaugurado em 1998, o moderno edifício do Museu Nacional da Escócia (National Museum of Scotland) abriga mais de 10.000 objetos, entre os quais estão obras de arte, joias e armas, através dos quais se permite ao visitante viajar através da Escócia, desde suas origens geológicas até os nossos dias, sem sair do edifício.

As exposições do Museu Nacional da Escócia estão reunidas por época ao longo dos seis andares do museu: 

  • Primeiros habitantes: As exposições do térreo mostram como aconteceu a formação da paisagem escocesa, além do modo de vida dos primeiros habitantes da Escócia durante a pré-história
  • Reino da Escócia: Desde o ano 900 até 1707. No primeiro e no segundo andar são expostos diferentes objetos que ajudam a entender as origens da Escócia como nação, alguns dos momentos que determinaram sua história e quais foram seus personagens mais importantes e influentes
  • A transformação da Escócia: De 1707 até o século XIX. Ao longo do terceiro andar podemos explorar a Escócia desde a união dos parlamentos inglês e escocês até a chegada da época industrial, que se vê representada por enormes máquinas e motores que estão em funcionamento.
  • Indústria e Império: No quarto e quinto andar, os visitantes podem seguir os passos dos escoceses que deixaram o campo para morar na cidade.
  • Uma nação em processo de mudança: No sexto andar, através de histórias, filmes e alguns dos seus objetos mais simbólicos são expostas a vida de diferentes pessoas desde o fim da I Guerra Mundial até os nossos dias.
  • Rooftop: No sétimo andar, você pode apreciar uma bela vista e aproveitar para fazer algumas fotos.
A entrada é gratuita!






















Antes de continuar, gostaria de compartilhar um pouquinho do fim de tarde em Edimburgo, que, mesmo com todo aquele frio, é lindo demais....








Pub crawl




O termo Pub Crawl se refere a um fenômeno social generalizado em todo o mundo e na Escócia via placas sobre isso em todos os cantos. Não conhecia isso antes de ver por lá. Trata-se simplesmente de um tour por bares ou baladas. Assim, um grupo de amigos se diverte fazendo um percurso por diferentes lugares, sendo que em cada um deles é realizada uma parada para beber algo alcoólico. Como norma geral, trata-se de uma atividade noturna, própria do clima e da demanda que caracterizam este espaço de tempo.

Esta forma de entretenimento pode ser feita de forma moderada ou então como um roteiro destinado à embriaguez. Para alguns, é uma forma de evasão que serve para estabelecer relações sociais e passar algumas horas agradáveis com os amigos. Seus adeptos afirmam que o álcool e a diversão estão ligados historicamente e que não devemos nos escandalizar por isso. Outros acreditam que se trata de um fenômeno social que gera conflitos e problemas sociais. Em primeiro lugar, o consumo de álcool pode afetar a saúde e produzir acidentes de trânsito. Por outro lado, estas rotas de embriaguez geram conflitos com os vizinhos das áreas afetadas, pois estes não conseguem dormir em paz. Neste sentido, em certos locais turísticos o pub crawl se tornou um problema social relacionado à segurança dos cidadãos, devido a isso foi levantada a hipótese de proibir este tipo de modalidade.

Curiosidade: no México, esta atividade de beber de bar em bar é chamada de "salir de reventón" ou "salir de revén". Para os peruanos se diz "parrendear", para os chilenos e argentinos costuma-se dizer "uma previa".

Quis experimentar o Pub Crawl, que incluia entrada gratuita em 6 bares e clubes, 5 doses, 1 bomba Jager, descontos em todos os bares que visitasse, salto na fila e muita diversão. Vida noturna de Edimburgo no seu melhor. Por apenas £ 7! Mas, fiquei esperando em frente ao bar combinado e ninguém apareceu. Simplesmente não teve por falta de pessoas. Como estava sozinha, acredito que naquele dia ninguém tava afim de beber ou fecharam o tal Pub Crawl em outro canto. Peguei o dinheiro de volta e fui embora sem experimentar o famoso Pub Crawl.
Sobre o que falei no comeco do post


Quando cheguei em Edimburgo peguei um flyer que dizia: "Tour Assombrado nas Galerias Subterrâneas de Edimburgo. Curta uma caminhada noturna por Edimburgo e prepare-se para ter a noite mais assustadora de sua vida. Visite o cemitério mais assombrado da cidade e siga o seu guia até as Galerias Subterrâneas, onde todo tipo de coisas estranhas acontecem ao anoitecer". Não entendi nada, mas logo me interessei, adoro coisas diferentes, adoro me aventurar. Fui procurar saber do que se tratava rs.




Não é mentira que Edimburgo, a capital da Escócia, é sombria e verdadeiramente cinzenta, e é exatamente isso que a torna interessante. Aliás devo dizer que a Escócia, terra de William Wallace e do Whiskey, é conhecida como um tanto mística. 

A cidade de Edimburgo é basicamente dividida em New Town e Old Town. Se a cidade nova, New Town, data do século 18, imagine o quão antiga é Old Town, a cidade velha. Esta é a cidade medieval, muito bem preservada e declarada patrimônio mundial da UNESCO. O cartão postal da cidade é o sombrio Castelo de Edimburgo, erguido sobre um vulcão extinto, em uma das extremidades da Royal Mile. O Castelo, visitado por milhares de turistas anualmente, é considerado mal assombrado, assim como muitas outras áreas da cidade. Mal assombrado só não, esse caselo costuma aparecer nos top 10 lugares mais mal assombrados do MUNDO!

Ao caminhar pelas ruas e vielas de Old Town não é raro esbarrar com placas ou memoriais que sinalizam antigos locais utilizados para execução de pessoas, nos fazendo lembrar que esta era uma prática comum nos tempos medievais. Um destes pontos fica na região de Grassmarket, situada logo abaixo do Castelo. Naqueles tempos, nessa área também funcionava um mercado ao ar livre, onde feirantes negociavam gado, madeiras, ferro e um monte de outras coisas necessárias para o povo da época. Hoje Grassmarket tem lojinhas, restaurante, pubs e hotéis e almas penadas. 

Em Edimburgo há muitas lendas urbanas relacionadas aos becos e vielas subterrâneas que existem há mais de 400 anos, conhecidos como closes. São muitas as histórias relacionadas à assombrações e assassinatos ocorridos nesses espaços. Reza a lenda que durante a epidemia da Peste Negra que assolou Edimburgo em 1645, muitos doentes foram trancados nos becos até morrerem. E nesta época metade da população foi dizimada pela peste.

O Mary King´s Close é certamente o beco mais famoso e mal assombrado da cidade velha. Naquela época esta era um das áreas mais infectadas pela peste e para conter a infecção os becos foram fechados com tijolos e as pessoas que ali moravam ficaram encarceradas até a sua morte. O Mary King´s Close é hoje uma das principais atrações da cidade e o fantasma mais famoso dizem ser uma criança de cinco anos chamada Annie. Então se você quiser ver a Annie, não deixe de visitar este beco, mas não esqueça de levar um presente, pois dizem que ela está até hoje procurando sua boneca favorita, razão pela qual os turistas costumam deixar presentinhos para ela.

Um outro ponto “interessante”, que acabei não visitando, são as caves de Edimburgo, também conhecidas como South Bridge Vaults. As caves são um sistema de câmaras e túneis subterrâneos formadas nos arcos que sustentam a South Bridge, construídos em 1785. Durante as décadas que se passaram, este mundo subterrâneo foi habitado por pessoas bem pobres. A sujeira e a violência tomaram conta destes locais insalubres que abrigaram de refugiados à traficantes. Em 1828, dois imigrantes irlandeses, serial killers, assassinaram 16 pessoas e guardaram os corpos nestas caves para posteriormente vendê-los a um famoso professor que os utilizou em suas aulas de anatomia… e eles não foram os únicos a guardar corpos por lá. Por isso, não é de se espantar que tantas almas penadas ainda estejam por ali. Então se for visitar as caves, visite durante a noite. Você certamente não estará sozinho…

Diante de toda essa fama é incrível (rs), comecei a entender o porquê oferecem esse tipo de tour. 

Bom, pra resumir, reservei minha vaga pela internet e uma das empresas que fazem esse tour gratuito. Começava äs 18 horas. Era um grande grupo. Quando você faz a reserva pode escolher que o guia fale inglês ou espanhol. Fiz em inglês. Basicamente é uma volta pela cidade a pé e o guia vai parando e contando histórias sobre assassinatos, fantasmas, torturas, execuções. É bem bizarro. E, tudo no escuro e em locais meio tenebrosos, inclusive dentro de um cemitério rs. Algumas pessoas se divertem, acham engraçado, outras sentem um pouco de medo, mas nã achei muito assustador. Achei mais bizarro do que assustador rs. Só deu um medinho quando estávamos dentro do cemitério, ao lado das covas no escuro e o cara contando umas histórias estranhas (rs). Também né, imagina a cena: tudo escuro, você dentro de um cemitério rodeado de mortos e uma pessoa falando um monte de coisas na sua orelha. Não tem como achar 100% engraçado. (rs). Enfim, esse foi o tour que durou mais ou menos uma hora e meia. Foi interessante, algo bem diferente de todos os tours que eu já fiz. Valeu! 





Depois dessa experiência incrível pela Escócia, de volta a Irlanda para o trabalho. Amei meus dias em Edimburgo. Foi pouco tempo, mas aproveitei demais. Nunca imaginei que teria a oportunidade de conhecer esse país até ter tido a oportunidade de morar na Europa e tão pertinho dele. Só gratidão por ter vivido tantas coisas maravilhosas nesse continente incrível.

Ah, já ia esquecendo! Há centenas de lojinhas para comprar lembrancinhas, mas por ser libras fica tudo um pouco carinho!












Gostaram do post? Deixem seus comentários e sugestões! Beijos e até a próxima viagem!








DescriçãTraduzido do inglês-Um rastreamento de pub é o ato de beber em vários pubs ou bares em uma única no

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comments

  1. Maravilhoso, gente, que vontade de viajar para a Escócia e ver tudo isso. Usar todas as dicas, ficar nos mesmos lugares! Muito legal!!! Parabéns!

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